NACIONAL
DIMINUÍRAM OS CRIMES GRAVES E VIOLENTOS
A criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%, anunciou hoje o Governo.
A criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%, anunciou hoje o Governo.
Numa conferência de imprensa realizada após a reunião do Conselho Superior de segurança Interna, na qual foi apreciado o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2017, o ministro Eduardo Cabrita destacou “a consolidação de uma tendência de redução” da criminalidade violenta e grave “que se vem verificando na última década”.
O aumento da criminalidade geral em 3,3% no ano de 2017, deveu-se a terem sido cometidos mais crimes de moeda falsa, incêndio florestal e burlas.
O ministro da Administração Interna explicou que o crime que mais cresceu no ano passado foi o de moeda falsa (mais 246%), mas “por meras razões estatísticas”, uma vez que a Polícia Judiciária “registou em 2017 um conjunto de processos relativos a vários anos”.
“Isso determina um crescimento de 246%, o que não corresponde a nenhum fenómeno generalizado de crescimento de circulação de moeda falsa no país”, disse, adiantando que outro tipo de crime “com crescimento significativo” foi o de incêndio florestal, que aumentou mais de 27%.
Segundo Eduardo Cabrita, este aumento decorre “da situação dramática” vivida em Portugal no ano passado, mas também “da correspondente intensificação da atuação das forças e serviço de segurança relativamente à fiscalização” no que toca aos incêndios florestais.
O ministro afirmou que cresceu também o crime de burla, nomeadamente no que diz respeito a burlas em vendas e no arrendamento de habitações sobretudo através da internet.
Na conferência de imprensa, o ministro realçou igualmente que até outubro do ano passado se registou uma “justa preocupação” com os crimes relacionados com os assaltos a caixas de multibanco (ATM), que aumentaram 73% face a 2016.
“Teve o seu ponto mais alto em outubro de 2017”, disse, sublinhando que as medidas adotadas levaram “a uma significativa redução” em novembro e dezembro de 2017 e nos primeiros meses de 2018 aos assaltos às caixas de multibanco.
Sobre a “criminalidade que mais afeta as populações”, o governante destacou as reduções dos furtos em residência (menos 14%), em veículo motorizado (-11%), das ocorrências em meio escolar (-6,4) e da criminalidade grupal (-8.8%).
Eduardo Cabrita frisou também “pela positiva” que, em 2017, se verificou uma redução dos roubos na via pública e por esticão em transportes públicos.
O ministro disse ainda que, ao longo dos últimos meses, Portugal tem sido sistematicamente considerando em várias avaliações internacionais como “um dos países mais seguro do mundo”, o que “é fundamental” para a qualidade de vida dos portugueses, mas também para o turismo e para o investimento no país.
“A evolução na área de segurança interna é decisiva para a qualidade de vida, mas também a evolução da economia portuguesa”, sustentou.
O RASI é entregue na quinta-feira à Assembleia da República.
LUSA
NACIONAL
PORTUGAL DEVE PREPARAR-SE PARA OS PIORES FENÓMENOS CLIMÁTICOS EXTREMOS
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse hoje à Lusa que, devido às mudanças climáticas, Portugal deve preparar-se para mais e piores fenómenos extremos como que o causou inundações em Lisboa na quinta-feira.
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse hoje à Lusa que, devido às mudanças climáticas, Portugal deve preparar-se para mais e piores fenómenos extremos como que o causou inundações em Lisboa na quinta-feira.
A região da Grande Lisboa registou 197 ocorrências na quinta-feira devido ao mau tempo, incluindo quedas de árvore, inundações e quedas de estruturas, tendo-se ainda registado um fenómeno extremo de vento na bacia do Tejo.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera está a analisar o fenómeno, pois poderá configurar do ponto de vista técnico um tornado.
“Sempre houve inundações, mas nos anos mais recentes há uma frequência e uma maior severidade”, disse José Carlos Pimenta Machado, à margem do Fórum e exposição internacional de cooperação ambiental de Macau 2024.
O vice-presidente da APA recordou que, entre o final de outubro e o início de novembro, “em 15 dias choveu mais no [rio] Lima do que chove em dois anos no Algarve”.
“O risco aumentou, por isso temos que viver com o risco e aumentar os projetos de proteção”, sublinhou Pimenta Machado. “Prevenção e muito ordenamento do território, é mesmo a nossa grande aposta”, acrescentou.
“Temos que preparar as cidades, territórios e infraestruturas para esta nova realidade, para viver com picos de precipitação, longos períodos de seca e ondas de calor”, disse o dirigente.
Pimenta Machado defendeu que Lisboa “está a fazer o seu caminho e bem”, dando como exemplo a implementação do plano geral de drenagem, que vai “drenar as zonas de mais vulnerabilidade”.
O plano, no valor 130 milhões de euros, prevê a construção de dois túneis de drenagem do excesso de água das chuvas para o rio Tejo, um com cinco quilómetros entre Campolide e Santa Apolónia e outro de um quilómetro, de Chelas ao Beato.
O dirigente sublinhou ainda a importância de “criar mais zonas verdes para aumentar a infiltração, aumentar as bacias de retenção”, e deu como exemplo a Praça de Espanha, que “já foi testada este ano e funcionou muito bem”.
Pimenta Machado mencionou também o plano para construir a barragem de Girabolhos, em Seia, para “permitir minimizar as cheias” na zona do Baixo Mondego.
Pelo contrário, sublinhou o vice-presidente da APA, o Algarve continua a atravessar “a pior seca de sempre”, apesar das recentes chuvas.
Pimenta Machado referiu também que Portugal já perdeu para o mar uma área de 12,2 quilómetros quadrados — “equivalente a 1.700 campos de futebol” — e que 20% da costa, 180 quilómetros, estão em risco de erosão costeira.
“Esta guerra entre a terra e o mar sempre existiu, mas é atualmente potenciada pelas mudanças climáticas”, alertou o dirigente.
Pimenta Machado defendeu a necessidade de “não aumentar as construções na costa” e de apostar em “colocar areia nas praias” em vez de, como no passado, em “muitas obras pesadas, esporões e quebra-mares”.
NACIONAL
LISTA OFICIAL DOS 17 MINISTROS DO GOVERNO DE LUÍS MONTENEGRO
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para dois dias depois.
A lista de nomes propostos por Luís Montenegro para ministros do XXIII Governo Constitucional é a seguinte:
Primeiro-ministro
Luís Montenegro
Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel
Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento
Ministro da Presidência
António Leitão Amaro
Ministro Adjunto e da Coesão Territorial
Manuel Castro Alemida
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Pedro Duarte
Ministro da Defesa Nacional
Nuno Melo
Ministra da Justiça
Rita Júdice
Ministra da Administração Interna
Margarida Blasco
Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Alexandre
Ministra da Saúde
Ana Paula Martins
Ministra das Infraestruturas e Habitação
Miguel Pinto Luz
Ministro da Economia
Pedro Reis
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Carvalho
Ministra da Juventude e Modernização
Margarida Balseiro Lopes
Ministro da Agricultura e Pescas
José Manuel Fernandes
Ministra da Cultura
Dalila Rodrigues
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