ECONOMIA & FINANÇAS
80% DAS ESCOLAS COM FALTA DE FUNCIONÁRIOS
Oito em cada dez diretores escolares queixam-se da falta de assistentes operacionais, segundo um estudo, que revela também que quase metade destes funcionários tem mais de cinquenta anos e apenas 1% ganha mais de 650 euros.
Oito em cada dez diretores escolares queixam-se da falta de assistentes operacionais, segundo um estudo, que revela também que quase metade destes funcionários tem mais de cinquenta anos e apenas 1% ganha mais de 650 euros.
A grande maioria dos diretores escolares (82%) depara-se diariamente com a falta de funcionários, segundo um inquérito realizado durante o mês de abril pelo blogue ComRegras com o apoio da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), ao qual responderam 176 diretores.
Para muitos, este é um problema antigo: há escolas que têm falta de funcionários há mais de dez anos, uma queixa feita por 17,6% dos inquiridos.
Um em cada três diretores (34,7%) vive este problema há mais de cinco anos, mas há menos de dez.
“Este inquérito vem confirmar o que há muitos anos os diretores têm vindo a queixar-se, que é a escassez de funcionários. As escolas estão à míngua”, sublinhou Filinto Lima, presidente da ANDAEP, acrescentando que atualmente “esta é a principal queixa” de quem tem de gerir diariamente uma escola.
Filinto Lima lembra que, muitas vezes, a ligação dos encarregados de educação com a escola é feita através dos assistentes operacionais, “em especial no caso das crianças do primeiro ciclo, em que os pais contactam diariamente com eles”.
Os assistentes operacionais estão na portaria, nos recreios, nas cantinas e bares, na biblioteca, nos ginásios.
Muitos trabalham nas escolas há mais de 20 anos e recebem o salário mínimo: 41,5% ganham 580 euros, 57,4% levam para casa entre 581 e 650 euros e apenas 1,1% tem um vencimento superior a 650 euros, segundo o inquérito.
“São uma peça essencial nas escolas e ganham uma miséria. Eles fazem tudo para que a escola funcione bem, mas é gente já com alguma idade”, lamenta Filinto Lima.
Quase metade (45,5%) tem entre os 50 e os 60 anos e os casos de auxiliares com menos de 30 anos reduzem-se a menos de 1% do total.
As baixas médicas são a causa mais apontada para a falta de assistentes operacionais, uma situação que é agravada pela dificuldade em conseguir substituir os funcionários em falta, segundo a maioria dos diretores.
Outro dos problemas revelados pelo estudo hoje divulgado prende-se com a falta de formação: No último ano, 46,6% não teve qualquer formação.
Os trabalhadores não docentes da rede pública têm uma greve marcada para sexta-feira.
Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, a greve visa “a integração de todos os trabalhadores precários, a alteração da nova portaria de rácios, a dotação dos mapas de pessoal com número de trabalhadores efetivamente necessário que garanta a criação da carreira especial e o fim da municipalização”.
LUSA
ECONOMIA & FINANÇAS
MEDIA CAPITAL: DEPOIS DE PREJUÍZOS VOLTA AOS LUCROS EM 2023
A Media Capital registou um lucro de 319 mil euros no ano passado, o que compara com prejuízos de 12,1 milhões de euros em 2022, divulgou hoje a dona da TVI.
A Media Capital registou um lucro de 319 mil euros no ano passado, o que compara com prejuízos de 12,1 milhões de euros em 2022, divulgou hoje a dona da TVI.
“No ano de 2023, o grupo Media Capital atingiu um resultado líquido positivo de 0,3 milhões de euros, representando uma franca recuperação face aos resultados negativos registados nos anos anteriores e em particular em 2022, de 12,1 milhões de euros”, refere a Media Capital, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Corrigido do efeito das provisões, imparidades de direitos e reestruturações, o resultado líquido ajustado atingiu 1,5 milhões de euros, representando um aumento de 5,6 milhões de euros face a 2022”, lê-se no documento.
Os rendimentos operacionais da dona da TVI ascenderam a 150,9 milhões de euros no ano passado, “cerca de 1% acima do registado” em 2022, impulsionado “essencialmente pelo desempenho do segmento de produção audiovisual, no qual se verificou um acréscimo de 25%”.
Já os rendimentos de publicidade sofreram uma queda de 4% “para 98,7 milhões de euros, decorrente da redução registada no mercado publicitário na televisão de canal aberto”, enquanto se registou “um crescimento nos rendimentos de publicidade” nos canais pagos (‘pay-tv’), “que atingiram um crescimento de 30%, fruto também dos bons resultados de audiência”, lê-se no comunicado.
Os outros rendimentos operacionais subiram 11% para 522 milhões de euros, “resultado do desempenho no segmento de produção audiovisual e na venda de conteúdos”.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado ajustado de gastos líquidos com provisões e reestruturações atingiu 10,4 milhões de euros, mais 75% que um ano antes.
“Este crescimento é o reflexo do contributo positivo dado por todos os segmentos de negócio”, refere a Media Capital.
ECONOMIA & FINANÇAS
NÚMERO DE DESEMPREGADOS INSCRITOS SOBE 6% EM MARÇO PARA 324.616
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No fim de março, estavam registados 324.616 desempregados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, mais 18.459 (6,0%) do que no mesmo mês do ano anterior, mas menos 6.392 (-1,9%) em comparação com fevereiro, indica o IEFP.
Para o aumento homólogo global, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (19.204) nos centros de emprego, os que procuram um novo emprego (17.029) e os detentores do ensino secundário (16.365).
A nível regional, em março, com exceção dos Açores (-11,0%) e da Madeira (-20,3%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Algarve (+14,4).
Já face mês anterior, o IEFP indica que, com exceção da região de Lisboa e Vale do Tejo, “a tendência é de redução do desemprego com a maior variação a acontecer na região do Algarve (-18,5%)”.
Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no continente, o IEFP destaca os “trabalhadores não qualificados” (27,5%), os “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,3%), o “pessoal administrativo”(11,9%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,2%).
Relativamente ao mês homólogo, “observa-se um acréscimo no desemprego, na maioria dos grupos profissionais, com destaque para os “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+11,8%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (9,7%).
O IEFP salienta, por sua vez, a redução do desemprego nos “agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca e floresta” (-3,3%).
Ao longo do mês de março inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 44.387 desempregados, menos 7,8% em termos homólogos e uma redução de 8,3% face a fevereiro.
As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês totalizaram 11.087 em todo o país, um número inferior ao do mês homólogo em 24,8% e superior face ao mês anterior em 22,2%.
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo de março no continente, foram as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (24,1%), o “alojamento, restauração e similares” (18,7%), o “comércio por grosso e a retalho” (11,2%) e a “administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social”(7,2%).
As colocações realizadas em março totalizaram 8.312 em todo o país, menos 8% face ao mesmo mês do ano passado e mais 23,4% em cadeia.
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