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MAU TEMPO: AGRICULTORES DE CASTELO BRANCO REIVINDICAM DECLARAÇÃO DE CALAMIDADE

A Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco (ADACB) reivindicou hoje a declaração de estado de calamidade pública e exigiu a adoção de medidas urgentes de apoio aos agricultores afetados pelo mau tempo que se registou no domingo na região.

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A Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco (ADACB) reivindicou hoje a declaração de estado de calamidade pública e exigiu a adoção de medidas urgentes de apoio aos agricultores afetados pelo mau tempo que se registou no domingo na região.

“É necessário que o Ministério da Agricultura avalie a situação e que seja declarado estado de calamidade pública para a adoção de medidas urgentes que ajudem os agricultores nesta tragédia”, refere em comunicado enviado à agência Lusa esta estrutura com sede no Fundão, distrito de Castelo Branco.

Os agricultores frisam que se registou uma tempestade, “como não há memória nesta época do ano”, que fustigou a região e destruiu a produção agrícola.

“Vento, chuva e granizo intensos dizimaram as culturas de primavera/verão deste ano, nomeadamente os pomares (cereja, pêssego, pereira, macieira, ameixeira, damasqueiro, figueiras) olival, vinha e hortas. As culturas de outono/inverno, como aveia, azevém, trigo e feno, e os cereais de primavera/verão (milho e sorgo) foram também seriamente afetados”, apontam.

A informação salienta que “a violência do temporal foi tão grande” que “os pomares, olival e vinha serão afetados na produção do próximo ano”.

A ADACB exige a intervenção das entidades competentes e defende que o Governo deve “alocar verbas adequadas às necessidades da situação”, criando uma linha de crédito a longo prazo sem juros e apoios a fundo perdido para os agricultores afetados.

No documento, que foi enviado à Direção Regional de Agricultura da Região Centro e às autarquias de Belmonte, Covilhã e Fundão, é igualmente sublinhado que “o atual sistema de seguros agrícolas não está adequado” à realidade, “porque tem prémios caros e uma cobertura de risco desadequada, pelo que são poucos os agricultores que aderiram a este sistema”.

Os presidentes das Câmaras do Fundão e da Covilhã, Paulo Fernandes e Vítor Pereira, respetivamente, também já apelaram publicamente ao Governo para que adote medidas de apoio aos agricultores.

No concelho do Fundão, um dos mais afetados pela forte tempestade, a produção de cereja está praticamente toda destruída e as restantes fileiras produtivas também registam “danos estruturais graves”, sendo que o primeiro balanço da autarquia aponta para prejuízos de “pelo menos 20 milhões de euros”, como apontou Paulo Fernandes.

Por seu turno, Vítor Pereira fala numa “situação de calamidade” que no concelho afetou a produção de forma diferente, com prejuízos globais a rondar os 30 a 40%, mas com casos em que as perdas ultrapassam os 90%.

Entretanto, o autarca da Covilhã já falou telefonicamente com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, a quem deu conta dos “graves problemas”. Apresentou ainda um pedido formal de reunião, tendo sugerido um encontro conjunto com os autarcas da Cova da Beira.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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