ECONOMIA & FINANÇAS
“BREXIT” AFECTA TURISMO
Os britânicos representam cerca de 30% dos turistas no Algarve e mais de metade das entradas no aeroporto de Faro. A desvalorização da libra é a principal preocupação a curto-prazo. “Resta prepararmo-nos para o impacto”. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Os empresários do turismo no Algarve mostram-se “muito preocupados” com a decisão do Reino Unido em abandonar a União Europeia. A nacionalidade representa cerca de 30% do total de turistas na região, um peso semelhante ao dos portugueses.
A curto prazo, a desvalorização da libra é a principal preocupação. “Quanto mais forte a libra, mais a economia na região do Algarve floresce”, ilustra ao Negócios Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve.
Numa altura em que a procura britânica pela região regista uma subida homóloga de quase 20%, o voto no Brexit pode inverter a tendência. Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), teme que os britânicos passem a viajar mais para a área da bacia do Mediterrâneo, mesmo com a instabilidade política naquela zona.
“O dinheiro é que conta”, resume perante a desvalorização da libra e o menor poder de compra face ao euro. Neste momento, a entrada de britânicos representa 55% das entradas de turistas no aeroporto de Faro, com várias rotas cobertas por companhias “low cost”.
Caso se venha a verificar uma fuga massiva de britânicos do Algarve, a estratégia tem de ser redefinida. “Temos de continuar a ter um Algarve mais diferenciador”, posiciona Desidério Silva. Por isso mesmo, um maior investimento na promoção e diversificação dos mercados emissores é esperado.
Holanda, Bélgica, Luxemburgo ou França estão já na mira da região, uma vez que também têm registado crescimentos “assinaláveis”. “Resta prepararmo-nos para o impacto” e procurar mais apoios junto do Turismo de Portugal e da Secretaria de Estado do Turismo, aponta o responsável.
Já Elidérico Viegas conclui que é necessário “investir mais em campanhas promocionais”, até porque o Reino Unido é um mercado “prioritário” para o Algarve. “Qualquer convulsão económica e social no Reino Unido tem reflexo no Algarve”, lamenta ao Negócios.
Por ano, a região recebe cerca de 1,7 milhões de turistas desta nacionalidade
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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