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TERRORISMO … OUTRA VEZ !

Um dia de festa, terminou em mais um massacre em França. 84 mortos e 19 feridos graves ate ao presente. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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TERRORISMO ... OUTRAVEZ !

Em Nice, muitos passeavam pela avenida Promenade des Anglais, junto à costa, quando o pior aconteceu. Um camião branco, descontrolado, embateu contra uma multidão de pessoas que ali caminhava. O que por momentos se pensou tratar de um acidente, rapidamente se viria a confirmar o pior: a França fora novamente alvo de um ataque, que as autoridades confiam tratar-se da autoria do Estado Islâmico.

Centenas de pessoas foram abalroadas e atropeladas pela viatura, que era guiada por um homem de 31 anos, franco-tunisino, nascido na Tunísia e residente na cidade de Nice. Depois do atropelamento, o homem terá ainda disparado contra a multidão. No total matou, pelo menos 84 pessoas, e fez mais de uma centena de feridos.

O suspeito, que transportava várias armas e explosivos, acabou morto pela polícia numa troca de tiros. É ainda incerto se este contou com a ajuda de um cúmplice ou não. Se inicialmente se falou na existência de um outro suspeito, que estaria em fuga, novas revelações esta manhã indicam que este seguia sozinho na da viatura. Fonte do Ministério do Interior já veio entretanto afirmar que são ainda parcas as investigações para se poder concluir se o homem agiu sozinho ou não.

Entretanto, informações avançadas nas redes sociais davam conta de que um grupo de pessoas estaria a ser feito refém num hotel. Fonte do Ministério do Interior viria, mais tarde, a desmentir a situação.

O ataque, que já foi celebrado pelo Daesh, ainda não foi reivindicado de forma oficial. As autoridades francesas e o presidente François Hollande não hesitam porém em atribuir o ataque ao grupo terrorista e já aumentaram o nível de alerta de segurança no país, para vermelho.

Em Nice estarão cerca de 10 mil portugueses, não se sabendo se haverá cidadãos lusos entre as vítimas dos ataques. O secretário de Estado da Comunidades, José Luís Carneiro, já fez saber que o Governo está a acompanhar a situação junto dos consulados de Marselha e Nice.

De imediato uma onda de solidariedade emergiu nas redes sociais e entre os líderes políticos.

Marcelo Rebelo de Sousa enviou ainda na noite de ontem um telegrama “de solidariedade pelo bárbaro atentado” ao chefe de Estado francês. Barack Obama, Jean-Claude Juncker, Boris Johnson, Theresa May são outros dos líderes mundiais e responsáveis por instituições europeias que já expressaram o seu apoio à França.

Na internet foi criada a hashtag #PortesOuvertesNice [#PortasAbertasNice], para assinalar que os franceses se disponibilizaram para ajudar uns aos outros e para encontrarem e amigos e familiares desaparecidos.

Em resposta ao ataque de que foi alvo, Hollande já fez saber que vai reforçar a ação militar na Síria e no Iraque. “Nada nos fará vergar na nossa vontade de combater o terrorismo. Vamos reforçar as nossas ações no Iraque e na Síria. Continuaremos a visar os que nos atacam no nosso próprio solo”, frisou.

De acordo com um repórter da BBC, presente no local, a Promenade des Anglais está hoje fechada. Nela ainda permanecem corpos de vítimas, junto ao mar, cobertos por panos azuis. No local, encontra-se uma equipa técnica de investigação.

As ruas estão desertas. A cidade está em silêncio, em sinal de luto, e permanece a dúvida: quantos mais inocentes continuarão a ser sacrificados?

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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