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11 DE SETEMBRO: TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

Teorias da Conspiração: Quem planeou a morte de três mil pessoas? Certo é que já se passaram 15 anos, e há quem não esteja convencido do que se passou. Como em qualquer manual de teorias da conspiração, aqui há espaço para a ciência, para a suspeição política e até para o racismo. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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11 DE SETEMBRO: TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

Sintetizar uma tragédia de grande magnitude ou importância histórica é, na maioria dos casos, uma tarefa intricada. Os ataques terroristas aos EUA ocorridos a 11 de Setembro de 2001, pelas características únicas com que se desenrolaram – com múltiplas frentes de ataque, em diferentes zonas no país, com desfechos também eles distintos – tornam a tarefa de quem conta como foi, ainda mais delicada. Basta relembrar as intermináveis teorias e explicações sobre o assassinato do 35º presidente norte-americano, John F. Kennedy, a 22 de Novembro de 1963, há mais de 50 anos. Mas neste registo, é justo dizê-lo, não existe, no mundo, país mais original que os EUA, onde conseguimos encontrar tão facilmente quem arranje uma boa teoria da conspiração.

Neste exercício explicativo, existem as teorias mais sensatas e as mais mirabolantes. E a maioria delas faz-se acompanhar de um conjunto vasto de provas, vídeos, escritos e testemunhos, que podem levar a percorrer caminhos labirínticos, por vezes excêntricos, em busca da verdade absoluta.

Bombas:

Uma das principais teorias que surgiram no pós-11 de Setembro defende que as torres gémeas do World Trade Center não colapsaram em consequência do impacto causado pelo despenhamento dos aviões, mas antes devido à detonação de engenhos explosivos, que estavam colocados em vários andares de cada uma das torres. Para além das explicações mais ou menos científicas que nos tentam mostrar como seria impossível os prédios desmoronarem-se de forma tão rápida em tão pouco espaço de tempo, ‘apenas’ com o impacto dos aviões, muitos testemunhos houve de pessoas que descrevem “explosões” e “terramotos” anormais, minutos antes do colapso total das torres. “O prédio tremeu e eu pensei que fosse um terramoto”, contou uma testemunha à CNN. “Pouco depois houve uma explosão enorme e o teto cedeu”, acrescentou. Também houve quem tenha contado que se realizaram “exercícios de segurança estranhos” nos dias que antecederam os ataques.

Encenação:

No mesmo dia em que as torres gémeas ruíram em Manhattan, um avião que partira de S. Francisco, com destino a Newark, era sequestrado por terroristas e tinha como destino o capitólio, em Washington D.C. Segundo as investigações do FBI, um grupo de quatro passageiros rebelou-se contra os sequestradores e dos desacatos provocados a bordo, resultou o despenhamento do aparelho em Shanksville, Pensilvânia. Mas há quem diga que tudo não passou de uma encenação, incluindo as chamadas telefónicas recebidas por alguns dos passageiros – cujo conteúdo foi revelado posteriormente. O site Newsone.com diz que os defensores desta teoria acreditam que o voo 93 “aterrou em segurança, enquanto um avião de substituição foi atingido no céu”. Nesta lógica, os telefonemas também foram “forjados”. É que, àquela altitude, “os telemóveis não conseguiriam apanhar rede”, defende este grupo.

Conspiração política:

Uma boa teoria da conspiração necessita de um bode expiatório como de ‘pão para boca’. E quem melhor do que a classe política para sustentar uma tese destas? Há quem defenda que o então presidente, George W. Bush, sabia que os ataques iriam acontecer. Primeiro porque a sua reacção, quanto confrontado com a realidade, numa escola primária, “não foi normal”, dizem os adeptos desta teoria. E segundo porque Bush revelou, mais tarde, que as forças de defesa norte-americanas nunca tinham previsto um ataque através do sequestro e utilização de aviões comerciais, algo que o jornal “USA Today” desmentiu, categoricamente, mostrando provas de que este tipo de ameaça fazia parte dos manuais do exército.

Para apimentar mais a conspiração política, há quem relacione a falta de resposta da NORAD – o comando de defesa do espaço aéreo norte-americano – a 11 de Setembro, com o facto de, precisamente nesse dia, o responsável máximo não ser um general, mas Dick Cheney , o vice-presidente dos EUA.

Peça fora do puzzle:

O ataque ao Pentágono também tem muito que se lhe diga. Segundo os amantes desta teoria, que colocaram um vídeo elucidativo no YouTube, o buraco deixado pelo avião 757, que se despenhou contra este edifício governamental, é demasiado pequeno, tendo em conta a envergadura do aparelho. Para além disso, as imagens dos destroços mostram alguns objectos intactos – como monitores de computador – e “poucos sinais de danos causados pelo fumo ou sobreaquecimento”, nas palavras do narrador desse vídeo. Tendo em conta o sucedido nas torres gémeas e o impacto causado pelos aviões nas estruturas dos edifícios, o despenhamento contra o Pentágono é “completamente inconsistente”, defendem os autores do referido vídeo.

Judeus, Bin Laden e sobreviventes:

Outras teorias há que, à primeira vista, parecem roçar o delírio. É o caso da tese que culpa os judeus pelos atentados de 2001. Segundo uma reportagem emitida pela CCN, um grupo significativo de americanos acredita que os ataques foram pensados e executados pela Mossad, os serviços secretos israelitas. Que provas têm? Perto de quatro mil judeus que trabalhavam no WTC tiraram férias nesse dia e os primeiros vídeos que surgiram depois do ataque às torres gémeas foram gravados também por judeus.

Por outro lado, o famoso documentário “Loose Change – 9/11”, sugere que alguns dos sequestradores ainda estão vivos, nos seus países natais, pelo que seria impossível que tivessem estado ao comando dos aviões que se despenharam nos EUA.

Por último, há quem acredite que as gravações de baixa qualidade de Osama Bin Laden são falsas, já que o líder da Al-Qaeda negou inicialmente qualquer envolvimento na tragédia. Mas a sua personagem dava à administração Bush a justificação perfeita para intervir militarmente no Médio Oriente, como acabou por acontecer, em 2003, com a invasão do Iraque.

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BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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