ECONOMIA & FINANÇAS
SUSPENSÃO DAS RENDAS NOS CENTROS COMERCIAIS TERÁ TIRADO 400 A 500 ME À ECONOMIA
A presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, afirmou hoje que a suspensão de rendas fixas em centros comerciais, segundo os cálculos do grupo, terá tirado “cerca de 400 ou 500 milhões de euros” à economia portuguesa.
A presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, afirmou hoje que a suspensão de rendas fixas em centros comerciais, segundo os cálculos do grupo, terá tirado “cerca de 400 ou 500 milhões de euros” à economia portuguesa.
“Esta lei das rendas que só foi feita para centros comerciais é inacreditável”, afirmou a gestora na conferência de imprensa de resultados da Sonae, que decorreu por videoconferência.
“Em Portugal, os dois maiores ‘players’ de centros comerciais são duas empresas portuguesas e a maior parte das insígnias que estão nos ‘shoppings’ (mais de 80%) são de grupos internacionais”, prosseguiu Cláudia Azevedo.
Portanto, “pelos nossos cálculos saíram cerca de 400 ou 500 milhões de euros de empresas portuguesas para grandes grupos mundiais enormes, muito maiores que a Sonae”, estimou a gestora, salientando que “não faz sentido” a medida e que é uma discriminação que não compreende.
“É uma lei que nos perturba muito”, sublinhou.
Por sua vez, o administrador financeiro da Sonae, João Dolores, salientou que Portugal teve as “medidas mais restritivas na Europa em termos de ocupação de pessoas por metro quadrado”.
Mas “o pior não esteve aí, o pior esteve na lei das rendas que foi aprovada pela Assembleia, completamente inédita na Europa, que na prática se sobrepôs às negociações que estavam em curso entre os operadores dos centros comerciais e os lojistas”, disse João Dolores.
É que a Sonae Sierra “já tinha chegado a acordo com mais de 80% dos seus lojistas”, salientou, garantindo que a empresa “sempre apoiou os seus lojistas em todos os momentos”.
Tudo isto resultou em que os “centros comerciais portugueses tivessem sido os que mais apoiaram os lojistas em toda a Europa, tivemos descontos de rendas acima dos 50% versus 20% a 25% na Europa”, explicou.
“Mas aqui a responsabilidade não é do Governo, a responsabilidade é bastante alargada e vai desde partidos mais à esquerda a partidos mais à direita”, rematou.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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