REGIÕES
PORTO: RUI MOREIRA DIZ QUE GOVERNAÇÃO DA CIDADE INVICTA ESTÁ ASSEGURADA
O independente Rui Moreira garantiu esta noite que os resultados das eleições autárquicas garantem “a governação” da cidade, mas não fechou a porta a coligações, numa altura em que ainda se desconhece sem tem maioria no executivo.
O independente Rui Moreira garantiu esta noite que os resultados das eleições autárquicas garantem “a governação” da cidade, mas não fechou a porta a coligações, numa altura em que ainda se desconhece sem tem maioria no executivo.
“Podemos fazer muitas coisas: pode-se governar em minoria, como nós governámos em minoria durante a última fase de 2017 — estivemos seis meses, sensivelmente, a governar em minoria e conseguimos governar. Se houver entendimentos com partidos, pode haver — isso, como compreende… Estas coisas não dependem só de um”, afirmou, numa declaração aos jornalistas.
O independente, que à entrada da sala para onde estava prevista a declaração da noite foi recebido com palmas e cânticos de vitória, disse ainda não ter decidido sobre o qual será o seu parceiro ideal no caso de uma eventual coligação.
“Não, não, não, não decidi. Para já, vamos esperar os resultados: se eu tiver maioria absoluta no executivo, essa situação não se coloca; depois, aquilo que temos de avaliar é se valerá a pena tentarmos governar sozinhos, ou se haverá condições para chegar a acordo com alguma das forças políticas — não sei dizer. Aliás, acho que elas também não sabem”, declarou.
Sublinhando que o seu movimento saberá interpretar a vontade do Porto, como “sempre” fez, não obstante “a enorme abstenção”, Moreira, que foi hoje reeleito para um terceiro e último mandato, garantiu, contudo, que os resultados asseguram a governação da cidade e acrescentou que, para além de ter vencido nas cinco juntas a que se candidatou, teve um resultado histórico em Campanhã, onde apoiou o candidato socialista e atual presidente da Junta.
“É importante ter obtido um resultado histórico. Para o executivo municipal, nós ganhamos Campanhã”, afirmou.
Numa noite onde aclamou vitória, Moreira deixou, contudo, críticas ao taticismo dos partidos.
“Tenho plena convicção de que este projeto político independente que tenho a honra de liderar, a par com as centenas de candidatos independentes de todo o país que hoje foram a votos, não pode continuar diluído e submetido ao interesse e ao taticismo carreirista de muitos dirigentes partidários”, disse.
Para o bem da democracia, o autarca considera ser “urgente” promover a federação dos milhares de cidadãos que hoje votaram em todo o país em candidatos independentes”.
Perante a possibilidade de perder a maioria no executivo e questionado sobre se devia ter aceitado o apoio do PSD, o independente deixou claro que venceu as eleições.
“Não, de forma alguma: eu ganhei as eleições. Ouça, a situação é muito simples, eu nunca tive, durante estes oito anos, uma maioria. No primeiro mandato não tinha maioria no executivo — encontrou-se uma forma de governação —, nem tinha maioria na assembleia municipal. No segundo mandato, tivemos maioria no executivo; não tivemos na assembleia municipal. Não tivemos nesse tempo de fazer acordos — no último mandato, não fizemos nenhum acordo”, observou.
Sublinhando que irá governar “com a representatividade” que os eleitores deram ao seu Movimento, Rui Moreira deixou para uma pergunta aos partidos, defendendo é que a eles que cabe responder.
“Independentemente daquilo que foi dito na campanha eleitoral, eu tenho a certeza de uma coisa: a pergunta agora é ao contrário, é perguntar se eu porventura — e na assembleia municipal de certeza que não terei a maioria — é perguntar aos outros partidos políticos, aos partidos políticos que estão representados na assembleia, se eles estão lá a bem dos portuenses, para apostarmos em projetos conjuntos, naturalmente sempre em diálogo — ou se estão lá para obstruir”, rematou.
O autarca salientou ainda que a vitória desta noite “foi uma vitória clara” e acrescentou que o seu movimento ganhou uma margem que “nunca tiveram relativamente ao segundo classificado”.
Questionado sobre o caso Selminho, Moreira salientou que “ao contrário” do que disseram, as pessoas confiaram em si.
As projeções divulgadas pelas televisões às 21:00 apontavam para a reeleição de Rui Moreira com intervalo entre os 39% e os 45%, garantido a eleição entre seis e oito mandatos.
Nas autárquicas de 2017, o autarca Rui Moreira foi reeleito para o cargo, com maioria absoluta, tendo conquistado 44,46% dos votos e alcançado sete mandatos, contra seis da oposição: quatro do PS, um do PSD/PPM e um da CDU.
Em 2013, quando foi eleito pela primeira vez, o independente conseguiu conquistar 39,25% dos votos e seis vereadores, contra três do PS, três do PSD/PPM e um da CDU.
REGIÕES
AUTOESTRADAS: PARLAMENTO APROVA O FIM DAS PORTAGENS NAS EX-SCUT
O parlamento aprovou hoje na generalidade o projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.
O parlamento aprovou hoje na generalidade o projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.
Nas votações deste projeto, PSD e CDS-PP votaram contra e a IL absteve-se.
Depois de um debate tenso e com muitas trocas de acusações, acabou por ser aprovada a iniciativa do PS para eliminar as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança, seguindo agora para o processo de especialidade.
A proposta do PS pretende acabar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
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BARCELOS: MINISTÉRIO PÚBLICO ACUSA 21 SUSPEITOS DE TRÁFICO DE DROGA
O Ministério Público (MP) acusou 21 arguidos de associação criminosa e tráfico de estupefacientes, por venda de cocaína, heroína e MDMA na zona de Barcelos, anunciou nesta quinta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
O Ministério Público (MP) acusou 21 arguidos de associação criminosa e tráfico de estupefacientes, por venda de cocaína, heroína e MDMA na zona de Barcelos, anunciou nesta quinta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
Em nota publicada na sua página da Internet, a procuradoria acrescenta que um dos arguidos foi ainda acusado de um crime de detenção de arma proibida.
O MP considerou indiciado que os arguidos se organizaram entre si para proceder à venda de cocaína, canábis e MDMA na zona de Barcelos, no distrito de Braga.
O tráfico terá ocorrido entre o final de 2022 e o dia 18 de outubro de 2023.
Ainda segundo o MP, a liderança do grupo cabia a um dos arguidos e à sua companheira, contando ainda com a colaboração do irmão e mãe desta.
“Os outros arguidos angariavam clientes e intermediavam a liderança do grupo com os indivíduos que procediam à venda direta a consumidores, constituindo estes outro grupo de arguidos”, refere ainda a nota da procuradoria.
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