INTERNACIONAL
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE EM LISBOA DECORRE DE 01 A 06 DE AGOSTO DE 2023
A Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJ Lisboa 2023), que será encerrada pelo Papa, vai realizar-se entre os dias 01 e 06 de agosto desse ano, anunciou hoje o Comité Organizador Local.
A Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJ Lisboa 2023), que será encerrada pelo Papa, vai realizar-se entre os dias 01 e 06 de agosto desse ano, anunciou hoje o Comité Organizador Local.
“É com muita alegria que revelamos que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 se realizará de 01 a 06 de agosto de 2023. O anúncio da data da JMJ, neste dia de São Francisco de Assis, é um momento muito importante para todos”, diz Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, num comunicado difundido pela organização da Jornada.
Segundo o patriarca, “há muito que os jovens de todo o mundo desejavam conhecer a data da JMJ Lisboa 2023 para preparar com maior detalhe a vinda a Lisboa”.
“Esperamos que os 22 meses que nos conduzirão à JMJ sejam um tempo de evangelização para todos”, acrescenta.
Segundo a informação disponibilizada hoje, “as equipas de trabalho que compõem o Comité Organizador Local (COL), órgão executivo da preparação e organização da JMJ Lisboa 2023, contam já com mais de 400 voluntários, a maioria dos quais portugueses”.
“Em cada uma das 21 dioceses de Portugal existem também já Comités Organizadores Diocesanos, encarregados de dinamizar no seu território o caminho de preparação até à JMJ”, acrescenta o comunicado, segundo qual, “no último ano, destacam-se como momentos altos da preparação o lançamento da imagem oficial da JMJ, que decorreu em outubro de 2020, a receção dos símbolos da JMJ, que se realizou em novembro de 2020 em Roma, numa celebração com o Papa Francisco, e a divulgação do hino oficial da jornada, em janeiro de 2021”.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi instituída por João Paulo II, em 1985, e desde então tem-se evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de pessoas por todo o mundo.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou por Buenos Aires (Argentina, 1987), Santiago de Compostela (Espanha, 1989), Czestochowa (Polónia, 1991), Denver (Estados Unidos, 1993), Manila (Filipinas, 1995), Paris (França, 1997), Roma (Itália, 2000), Toronto (Canadá, 2002), Colónia (Alemanha, 2005), Sidney (Austrália, 2008), Madrid (Espanha, 2011), Rio de Janeiro (Brasil, 2013), Cracóvia (Polónia, 2016) e Cidade do Panamá (Panamá, 2019).
Foi em 27 de janeiro de 2019, no Panamá, que foi divulgada a escolha da cidade de Lisboa pelo Papa Francisco para acolher a próxima Jornada Mundial da Juventude.
Entretanto, continua a decorrer, até 29 de outubro, a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani — pelas dioceses espanholas, que teve início no dia 05 de setembro.
Os símbolos, que neste verão já estiveram em Angola e na Polónia, deixarão Espanha em 29 de outubro pela fronteira de Aiamonte, segundo o programa preparado pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem”.
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, informa uma nota sobre a JMJ Lisboa 2023, acrescentando que “em 1985 esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.
“Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, adianta.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, acrescenta o documento divulgado pelo gabinete de comunicação da JMJ Lisboa 2023.
A preparação da Jornada Mundial da Juventude que em 20223 se realizará em Portugal passará também por Santiago de Compostela, onde entre 03 e 07 de agosto de 2022 se realizará a Peregrinação Europeia de Jovens.
A JMJ Lisboa 2023, para a qual são esperados mais de um milhão de jovens de todo o mundo, decorrerá nos terrenos da margem do rio Tejo, ao norte do Parque das Nações, e será encerrada pelo Papa.
Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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