INTERNACIONAL
EUA A VOTOS: HILLARY OU TRUMP ?
Mais de 200 milhões de norte-americanos estão a ser chamados a escolher, esta terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos. Hillary Clinton ou Donald Trump? Um deles vai comandar os destinos do país nos próximos quatro anos. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Mais de 200 milhões de norte-americanos estão a ser chamados a escolher, esta terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos. Hillary Clinton ou Donald Trump? Um deles vai comandar os destinos do país nos próximos quatro anos.
Foi uma campanha eleitoral cheia de polémicas. De um lado, o controverso empresário, “outsider”, que quer construir um muro, rebaixa as mulheres, não quer os muçulmanos no país, critica heróis de guerra e não paga todos os impostos. Do outro, a política profissional que tem uns milhares de emails por esclarecer, o caso de Benghazy ainda a atormentar-lhe a vida e as contas da sua fundação por explicar.
O mundo só fala da luta Hillary/Trump mas há mais dois candidatos à presidência: Jill Stein (Verdes) e Gary Johnson (libertários).
Mais de 40 milhões de eleitores registados votaram antecipadamente e um deles foi o actual Presidente, Barack Obama. O voto negro não está a aderir ao voto antecipado como antecipavam os analistas, mas os hispânicos aparentemente sim.
Como é tradição nos Estados Unidos, a aldeia de Dixville Notch, New Hampshire, abriu as “hostilidades”.
São 50 os estados norte-americanos (e cada estado tem vários “distritos” num total de 538) mas, face ao sistema eleitoral do país, nem todos têm o mesmo peso na eleição do Presidente. Há estados decisivos, ou porque valem muitos votos no Colégio Eleitoral ou porque estão indecisos e podem cair para qualquer um dos dois lados da barricada.
Há vários tipos de “swing states” e o candidato que vencer a maioria destes vai suceder a Barack Obama.
Nos últimos dias de campanha, Trump e Hillary correram vários destes estados-chave e acabaram por centrar atenções especialmente em dois: Flórida e Ohio (que têm, respectivamente, 29 e 18 votos). O Ohio é especialmente importante, porque desde 1960 que o vencedor deste estado é o Presidente dos Estados Unidos.
Depois, o candidato Donald Trump não pode deixar de conquistar Carolina do Norte, Arizona, Geórgia e Missouri – quatro estados habitualmente republicanos.
Já Hillary Clinton não pode perder New Hampshire e vai tentar manter quatro conquistas de Obama: Pensilvânia, Colorado (que devem estar garantidos) mas também Iowa e Nevada.
Os eleitores votam e escolhem o Presidente. Depois de contados os votos, o candidato que ganhar o respectivo “distrito” conquista aquilo a que os norte-americanos chamam um “Grande Eleitor”, que passa a representar todos os votos do seu distrito no Colégio Eleitoral.
No final das contas, o objectivo dos candidatos é conquistar, precisamente, a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, ou seja, 270 dos 538 Grandes Eleitores.
Como a votação não é directa e não funciona o sistema “um eleitor/um voto”, pode até acontecer que seja eleito um Presidente com menos votos que o adversário. A última vez que isso aconteceu foi em 2000. O democrata Al Gore teve mais votos, mas o novo Presidente acabou por ser o republicano George W. Bush.
Há oito anos, Barack Obama tornou-se o 44º Presidente dos Estados Unidos. Conseguiu 365 votos no Colégio Eleitoral. Foi o primeiro negro a chegar à Casa Branca. Se agora vencer Hillary será o regresso de um Clinton ao cargo, mas será também a primeira mulher a exercê-lo.
As urnas de voto nos Estados Unidos vão fechando ao longo da noite e madrugada de quarta-feira em Lisboa. As primeiras encerram às 23 horas e as últimas às nossas seis da manhã, no Alasca.
LUSA
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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