CIÊNCIA & TECNOLOGIA
VEM AÍ A MAIOR LUA DO SÉCULO !
Maior Lua do Século é já na próxima segunda-feira. A Lua cheia só vai estar tão perto da Terra novamente daqui a 18 anos. A próxima segunda-feira, 14 de Novembro, é dia de Super Lua, a maior dos últimos 100 anos. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Maior Lua do Século é já na próxima segunda-feira. A Lua cheia só vai estar tão perto da Terra novamente daqui a 18 anos. A próxima segunda-feira, 14 de Novembro, é dia de Super Lua, a maior dos últimos 100 anos.
A Super Lua que acontece no mês de Novembro será a maior e mais brilhante Lua Cheia em cem anos. O astro irá parecer 14% maior e 30% mais brilhante do que realmente é. A NASA avisa que na próxima segunda-feira é a oportunidade para ver a Lua Cheia mais próxima desde 1948.
A próxima vez que a Lua irá se aproximar tanto da Terra será apenas em 25 de Novembro de 2034. A última vez que a Lua se aproximou tanto da Terra foi em 26 de Janeiro de 1948, mas a maioria da população mundial nunca viu uma Lua tão grande quanto a que surgirá no céu na próxima segunda-feira, 14 de Novembro.
Nos EUA o melhor ponto de observação ocorre de madrugada, mas em Portugal será a meio da manhã do dia 14, às 11h22, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa. Como ocorre de dia, tal impedirá a sua observação plena. No final do dia poderá, no entanto, voltar a observar a Lua que parecerá maior do que o habitual, porque estará mais próxima do horizonte, o que cria uma ilusão de óptica.
A designada “Maior Lua do século” já está a causar polémica, pois afinal, tecnicamente essa é a maior Lua em cem anos, sendo que a maior Lua de todo o século XXI acontecerá de fato em 6 de dezembro de 2052.
Esta não é a primeira vez que o fenómeno se forma nesse ano. Nesta segunda-feira, 14 de Novembro, acontecerá a segunda de uma série de três Super Luas consecutivas. A primeira ocorreu em Outubro e a última irá aparecer no dia 14 de dezembro.
Por que acontece uma Super Lua?
Para entender este fenómeno astronómico, temos de lembrar que a Lua completa uma volta ao redor da Terra em de cerca de 27 dias. É durante esse trajecto que acontecem as fases da Lua (por conta da luz solar).
Mas enquanto a Lua completa suas voltas ao redor do nosso planeta, a sua distância muda bastante entre seu ponto mais próximo com a Terra (perigeu) e o seu ponto mais distante (apogeu).
O perigeu e o apogeu da Lua acontecem em qualquer época, independente da fase da Lua, porém, quando o perigeu (ponto mais próximo com a Terra) acontece no mesmo dia da Lua Cheia, temos então o fenómeno chamado Super Lua.
O que vai determinar a dimensão da Super Lua é a diferença de horário entre o momento exacto de sua fase Cheia e o momento exacto de sua maior proximidade com a Terra. Quanto menor for essa diferença, maior (e mais brilhante) será a Super Lua.
Além do mais, a Super Lua de Novembro de 2016 terá um perigeu mais próximo do que o comum (356.509 km), e isso é o que a torna a maior Lua Cheia em 100 anos.
Marés mais agitadas
Uma Super Lua acentua ainda mais a maré dos nossos oceanos, e a Super Lua de 14 de Novembro representa uma mudança ainda maior. Se estiver próximo do litoral nessa data, fique atento, pois as ondas devem ganhar uma altura extra.
Isso não significa que haverá inundações, a não ser que outro fenómeno natural, como tempestades ou furacões, aconteça ao mesmo tempo. Aliás, a mudança na maré pode continuar por alguns dias após a Super Lua.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
O MANTO DA TERRA É MENOS MISTURADO DO QUE SE PENSAVA – ESTUDO
Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.
Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.
Ambas as ‘ilhas’ foram descobertas no final do século passado. Os investigadores definem-nas como dois “supercontinentes” localizados entre o núcleo e o manto da Terra: um sob África e o outro sob o Oceano Pacífico, ambos a mais de 2000 quilómetros abaixo da superfície da Terra.
“Estas duas grandes ilhas estão rodeadas por uma espécie de ‘cemitério’ de placas tectónicas que foram transportadas para lá por um processo de subducção, em que uma placa submerge sob outra e se afunda da superfície da Terra até uma profundidade de quase 3.000 quilómetros”, realçou Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e uma das autoras do estudo publicado na quarta-feira na revista Nature.
Até agora, os modelos sísmicos utilizavam apenas velocidades de onda para distinguir a composição e as características térmicas de diferentes partes da estrutura interna da Terra.
A investigação atual combinou as velocidades das ondas com uma técnica chamada “observações de atenuação” que permitiu o estudo do interior da Terra em três dimensões, algo “fundamental para compreender a evolução da composição” do manto, apontaram os autores.
A nova técnica permitiu-lhes “obter uma visão do interior do planeta, semelhante à que os médicos obtêm do corpo humano através dos raios X”.
Os resultados indicaram que, quando atingem estas ‘ilhas’ interiores do tamanho de continentes, as ondas abrandam porque a temperatura é mais elevada.
Ao estudar a composição dos minerais no manto, os investigadores descobriram também que o tamanho dos grânulos minerais nestas ‘ilhas’ gigantes é visivelmente maior do que nas placas tectónicas ‘mortas’ que as rodeiam.
“Estes grânulos minerais não crescem de um dia para o outro, o que só pode significar uma coisa: são muito maiores, mais rígidos e, por isso, mais antigos do que os cemitérios de camadas mortas circundantes. Isto indica que as ‘ilhas’ não participam no fluxo no manto terrestre”, explicou outra autora, Sujania Talavera-Soza, da mesma universidade.
“Ao contrário do que nos ensinam os livros de geografia, o manto também não pode ser bem misturado. Há menos fluxo no manto terrestre do que pensamos”, acrescentou Talavera-Soza.
O conhecimento do manto terrestre é essencial para compreender a evolução do planeta e de outros fenómenos à superfície da Terra, como os vulcões e a formação de montanhas.
Para este tipo de investigação, os sismólogos aproveitam as oscilações provocadas por fortes sismos que ocorrem a grandes profundidades, como o que ocorreu na Bolívia em 1994 — 650 quilómetros abaixo da superfície — sem causar danos ou vítimas, e a descrição matemática da força destas oscilações.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA LIVRO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ABELHAS DE PORTUGAL
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.
A obra “Chaves Dicotómicas dos Géneros de Abelhas de Portugal. Hymenoptera: Anthophila”, uma adaptação e tradução de “Key to the Genera of European Bees (Hymenoptera: Anthophila)”, é o primeiro a ser publicado sobre o tema para Portugal e em português, revelou a FCTUC, em nota enviada à agência Lusa.
Produzido no âmbito dos projetos PolinizAÇÃO e EPIC-Bee, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra, o livro já está disponível para ‘download’ gratuito.
“Desenvolvido como uma ferramenta para a identificação de géneros de abelhas, o livro destina-se principalmente a um público académico e técnico, constituindo um marco significativo no campo da entomologia e um contributo valioso para a conservação dos insetos polinizadores”, referiu a FCTUC.
A produção do livro técnico contou com o envolvimento de investigadores do FLOWer Lab do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, nomeadamente Hugo Gaspar, Sílvia Castro e João Loureiro.
“Este livro preenche uma lacuna de décadas na investigação sobre as abelhas selvagens em Portugal, uma vez que atualiza o conhecimento e aproxima-o da comunidade entomológica nacional através da adaptação e tradução para a língua portuguesa”, afirmou o entomólogo e aluno de doutoramento da FCTUC, Hugo Gaspar.
O trabalho “será extremamente útil não só para investigadores que trabalham no estudo e conservação de polinizadores, mas também para estudantes, naturalistas e para todos os que tiverem interesse em aprender sobre a identificação de abelhas”, acrescentou.
A obra contou também com a colaboração do investigador da Universidade do Porto, José Grosso-Silva, e da equipa de investigadores ligada ao Laboratório de Zoologia da Universidade de Mons (Bélgica), através dos projetos europeus Spring, Orbit e Epic-Bee.
A FCTUC declarou que este lançamento reforça o compromisso da Universidade de Coimbra em promover a ciência e desenvolver ferramentas de apoio à investigação científica e ao conhecimento sobre biodiversidade.
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