REGIÕES
VILA DO CONDE: TRÊS PESSOAS ACUSADAS POR EXPLORAREM MEGAESTUFA DE CANÁBIS
Três pessoas presas preventivamente por suspeitas de explorarem uma megaestufa de canábis num armazém de Gião, em Vila do Conde, foram formalmente acusadas por tráfico de droga agravado, roubo e associação criminosa, informou esta sexta-feira a Procuradoria Regional do Porto.
Três pessoas presas preventivamente por suspeitas de explorarem uma megaestufa de canábis num armazém de Gião, em Vila do Conde, foram formalmente acusadas por tráfico de droga agravado, roubo e associação criminosa, informou esta sexta-feira a Procuradoria Regional do Porto.
A imputação de roubo deve-se, segundo a acusação, à circunstância de recorrerem a uma puxada (ligação ilegal de eletricidade) a partir de um posto de transformação situado no terreno do armazém, causando à empresa E-Redes um prejuízo superior a 20.400 euros.
Para os três arguidos, dados no processo como sendo de nacionalidade chinesa, o Ministério Público pede, como pena acessória, a expulsão de Portugal.
Segundo uma nota da Procuradoria na sua página de Internet, os arguidos dedicaram-se no armazém — onde também residiam — ao cultivo, doseamento e acondicionamento para posterior distribuição e venda no continente europeu, de folhas e sumidades de canábis.
Para tanto, em estufas com vários compartimentos e dotadas de sistemas monitorizados de ventilação, iluminação, controlo de temperatura, rega e videovigilância, os acusados cultivaram plantas em diversos estados de maturação para que a produção ocorresse sem quebras“, relata a Procuradoria Regional, citando a acusação.
Estes arguidos, acrescenta, “atuaram conjuntamente com outros indivíduos, aderindo a uma organização internacional dedicada ao tráfico de estupefacientes, executando em território nacional as tarefas que lhes foram determinadas por essa organização”.
A atividade foi desmantelada em 27 de julho de 2021, altura em que os arguidos tinham em seu poder canábis (folhas e sumidades) suficiente para 302.505 doses, com um valor de mercado entre 2,5 milhões e os quatro milhões de euros.
No armazém, as autoridades encontraram ainda equipamentos destinados à produção de canábis avaliados em 129 mil euros.
Uma exploração similar foi desmantelada na Maia, concelho contíguo a Vila do Conde, em 1 de julho de 2019, num caso que culminou, após recurso para o Tribunal da Relação do Porto, em penas de prisão até nove anos e a obrigação de os arguidos pagarem ao Estado 640 mil euros.
Já esta sexta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou o desmantelamento de outro grupo por fortes suspeitas de integrarem uma organização criminosa internacional dedicada à produção, exportação e distribuição de canábis “em larga escala”.
Os locais de produção desmantelados pela PJ funcionavam em armazéns de grandes dimensões, localizados na região da Grande Lisboa e na zona centro do país, sendo que neste último caso se encontrava ainda em fase de instalação.
REGIÕES
PORTO: JUSTIÇA VAI INVESTIGAR ALEGADOS ATAQUES A IMIGRANTES
O Ministério Público (MP) abriu três inquéritos para investigar os ataques contra imigrantes ocorridos na cidade do Porto na madrugada de sexta-feira, que já levaram à detenção de uma pessoa, informou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).
O Ministério Público (MP) abriu três inquéritos para investigar os ataques contra imigrantes ocorridos na cidade do Porto na madrugada de sexta-feira, que já levaram à detenção de uma pessoa, informou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).
Num comunicado, divulgado na sua página na internet, a PGRP refere que foi determinada a instauração de três inquéritos, cada um deles por episódios distintos, e que correm termos no DIAP da Procuradoria da República do Porto.
Em causa estão os episódios de violência ocorridos na madrugada do dia 03 de maio praticados contra imigrantes, de nacionalidades argelina e marroquina, que, segundo a Procuradoria, são suscetíveis de integrar infrações criminais de natureza pública.
Na mesma nota a PGR dá conta de que num dos inquéritos foi detido em flagrante delito um dos alegados autores das agressões.
Segundo a Procuradoria, o suspeito, que está indiciado pela prática dos crimes de detenção de arma proibida e de ofensa à integridade física qualificada, foi sujeito a primeiro interrogatório judicial, no dia 03 de maio, tendo-lhe sido aplicada medida de coação privativa da liberdade”.
Esta segunda-feira, o executivo municipal do Porto, liderado pelo independente Rui Moreira, repudiou e classificou de racista o ataque a imigrantes, dizendo que a tolerância deve ser zero.
Os eleitos pelo Movimento “Rui Moreira: Aqui há Porto”, PSD, PS, CDU e BE condenaram veemente este ataque na reunião pública da câmara, frisando que o Porto é uma cidade “tolerante, aberta e de liberdade”.
Estas posições surgiram depois de, no início da reunião, o autarca ter dito que este ataque é “inaceitável e um crime de ódio que não pode ser relativizado a qualquer título”.
Na madrugada de sexta-feira, vários imigrantes foram agredidos em três locais distintos da cidade do Porto, sendo que pelo menos dois dos agredidos receberam assistência no Hospital de São João.
Num dos casos, o ataque deu-se na casa de 10 imigrantes, na Rua do Bonfim, que foi invadida por um grupo de 10 homens.
Na sequência das diversas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.
REGIÕES
CASTELO BRANCO VAI INSTALAR SISTEMA DE VIDEOVIGILÂNCIA NA CIDADE
A Câmara Municipal de Castelo Branco e o Comando Distrital da PSP celebraram hoje um protocolo para a instalação de um sistema de videovigilância na cidade, cujo objetivo é aumentar a prevenção e a sensação de segurança dos cidadãos.
A Câmara Municipal de Castelo Branco e o Comando Distrital da PSP celebraram hoje um protocolo para a instalação de um sistema de videovigilância na cidade, cujo objetivo é aumentar a prevenção e a sensação de segurança dos cidadãos.
“Hoje é um dia importante para Castelo Branco. A instalação do sistema de videovigilância é uma mais-valia. A videovigilância não substitui os agentes da PSP, mas é um mecanismo adicional para fazer face à criminalidade”, afirmou o comandante da PSP de Castelo Branco, Rafael Marques.
A assinatura do protocolo decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, após a realização de uma reunião do Conselho Municipal de Segurança de Castelo Branco, que estava inativo desde 2015.
Apesar da diminuição da criminalidade em Castelo Branco, o superintendente Rafael Marques explicou que este é um sistema que contribui para “o aumento da prevenção, para a identificação de suspeitos de crime após a ocorrência dos mesmos e aumenta ainda a sensação de segurança nos cidadãos”.
“É uma ferramenta importante que a PSP tem e é uma mais-valia. O processo vai ser longo e nunca estará pronto em menos de um ano. Mas vamos dar aqui um salto em termos de segurança. Temos de ser ambiciosos”, concluiu.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco realçou que a autarquia vai financiar a implementação da videovigilância na cidade e a PSP fica com a responsabilidade de operar e de dar formação e credenciação dos agentes para operar o sistema.
“Trata-se de um processo que está numa fase muito inicial e cuja implementação poderá chegar aos 100 mil euros. O sistema, em nenhuma circunstância, viola a privacidade dos cidadãos. Será um sistema operado por agentes credenciados e a captação de imagens é recolhido por câmaras em ambiente seguro”, afirmou Leopoldo Rodrigues.
O autarca referiu ainda que a assinatura do protocolo tem como objetivo aumentar a segurança e a perceção de segurança por parte dos cidadãos albicastrenses.
A partir de agora, vai começar a ser desenvolvido o trabalho de definição dos locais para colocar as câmaras de videovigilância por parte da PSP, bem como todo o processo burocrático inerente à implementação do sistema.
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