ECONOMIA & FINANÇAS
IMPOSTOS PESAM MENOS DE 50% NO PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
O peso dos impostos no preço médio do litro de gasóleo baixou 10 pontos percentuais (p.p.) e sete pontos na gasolina, desde janeiro, segundo a Deloitte, tendo atingido os 41% e 49%, respetivamente, em abril.
O peso dos impostos no preço médio do litro de gasóleo baixou 10 pontos percentuais (p.p.) e sete pontos na gasolina, desde janeiro, segundo a Deloitte, tendo atingido os 41% e 49%, respetivamente, em abril.
Estes dados foram apresentados esta quarta-feira pelo fiscalista Afonso Arnaldo, da Deloitte, num encontro com jornalistas a propósito do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), cuja proposta o Governo espera aprovar brevemente em Conselho de Ministros.
De acordo com os cálculos apresentados, em 01 de janeiro deste ano, o Preço de Venda ao Público (PVP) antes de impostos do litro de gasolina simples era de 0,749 euros, a que se somavam 0,648 euros por via do ISP e 0,321 euros do IVA, fazendo com que o peso dos impostos no preço médio por litro deste combustível fosse então de 56%.
No início deste mês, o peso dos impostos no preço médio da gasolina baixou para 49%, tendo em conta 1,042 euros de PVP antes de impostos e os 0,631 euros de ISP e 0,385 euros de IVA.
No gasóleo simples, no início deste ano, o peso médio dos impostos ascendia a 51%, tendo em conta que o preço de venda ao público antes de impostos era, então, de 0,776 euros, enquanto o ISP e o IVA ascendiam a, respetivamente, 0,503 euros e 0,294 euros.
Em 01 de abril, e tendo em conta um PVP antes de impostos por litro de gasóleo de 1,211 euros, um ISP de 0,466 euros e um IVA de 0,386 euros, o peso dos impostos era de 41%.
Esta descida reflete algumas das medidas que têm vindo a ser tomadas, nomeadamente o mecanismo de compensação criado pelo Governo através do qual o valor do ISP é reduzido no valor da receita adicional do IVA resultante do aumento do preço dos combustíveis.
Segundo os cálculos de Afonso Arnaldo, e tendo em conta a taxa de ISP atual, o Governo tem ainda margem para reduzir este imposto em 136 cêntimos no litro de gasóleo e em 272 cêntimos no litro de gasolina tendo em conta a taxa mínima de ISP contemplada na diretiva europeia.
Recorde-se que foi com base nas taxas mínimas determinadas por esta diretiva que foi fixado na legislação nacional o valor mínimo e máximo das taxas de ISP para o gasóleo e a gasolina. O valor em vigor em cada momento é fixado por portaria dentro do intervalo previsto na lei.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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