REGIÕES
LISBOA: QUASE 400 CARTEIRISTAS DETIDOS NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS
Quase 400 carteiristas foram detidos em Lisboa nos últimos quatro anos, dentro e fora do flagrante delito, tendo os crimes sido cometidos essencialmente contra turistas, revelou hoje a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Quase 400 carteiristas foram detidos em Lisboa nos últimos quatro anos, dentro e fora do flagrante delito, tendo os crimes sido cometidos essencialmente contra turistas, revelou hoje a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Num comunicado intitulado “Pickpocket Terminators”, a PSP indica que as detenções foram realizadas pela Brigada de Investigação Criminal, criada em 28 de maio de 2018 para combate ao furto por carteirista.
Segundo a PSP, desde 18 de maio de 2018 e até ao final do ano de 2021, foram detidas 392 pessoas, 210 das quais em flagrante delito, “por crimes contra o património praticados por grupos itinerantes essencialmente contra turistas”.
“Dos 392 detidos, 57 ficaram em prisão preventiva (a maioria deles ainda presos já em regime de cumprimento de pena de prisão transitada), e os demais foram condenados em pena de prisão efetiva, em penas de prisão suspensas na sua execução e muitos outros condenados a penas de multa”, lê-se no comunicado.
De acordo com a PSD, sendo pagas, essas multas totalizariam 104 mil euros.
Outros detidos ficaram obrigados a apresentações periódicas ou termo de identidade e residência, acrescenta.
As operações policiais realizadas por aquela brigada permitiram ainda recuperar 122,4 mil euros em valores monetários e patrimoniais diretos.
Apesar de ter sido criada para o combate ao furto por carteirista, a Brigada de Investigação Criminal tem atuado também noutro tipo de crimes.
“Além do objeto/foco principal de intervenção desta brigada no quadro patrimonial, destaca-se ainda o seu envolvimento ativo em muitos outros serviços como destacam os 100 detidos por tráfico de estupefacientes, recetação, roubo, ofensas à integridade física que culminaram, alguns deles, também em prisões preventivas”, refere a PSP.
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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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