INTERNACIONAL
A AIR-TIMOR SUSPENDE LIGAÇÃO DÍLI-BALI
A Air Timor anunciou hoje o cancelamento, a partir de 10 de janeiro, da ligação aérea diária entre Díli e Bali (Indonésia), devido ao que diz ser “falta de apoio” do Governo timorense, público e setor da aviação. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A Air Timor anunciou hoje o cancelamento, a partir de 10 de janeiro, da ligação aérea diária entre Díli e Bali (Indonésia), devido ao que diz ser “falta de apoio” do Governo timorense, público e setor da aviação.
Em concreto, a companhia aérea timorense responsabiliza o governo por não aplicar uma regulamentação em vigor que permite excessiva capacidade na rota – onde operam ainda as indonésias Nam Air e Sriwijaya Air – o que implica deixar as “oportunidades de transporte aéreo de Timor-Leste a transportadoras” da vizinha Indonésia.
“Lamentamos profundamente informar que o Conselho de Administração da Air Timor tem que anunciar o fim dos voos para Denpasar (Bali) a partir do dia 10 de janeiro”, refere um comunicado da Air Timor.
A nota, distribuída por correio eletrónico, através das redes sociais e nos pontos de venda da empresa em Díli, explica que sempre procurou manter “os padrões mais elevados de serviço e segurança na rota” que operava em parceria com a indonésia Citilink.
“Infelizmente estes padrões não foram suficientemente apoiados pelo Governo, pelo público ou pelo setor da aviação e, como consequência da falta de apoio aos nossos serviços, tivemos de tomar a dolorosa decisão de fechar imediatamente estes voos, com o último voo programado para segunda-feira, 9 de janeiro de 2017”, explica o comunicado.
Além de eliminar o voo entre a capital timorense e a ilha de Bali – que operava diariamente – a Air Timor cortou uma das três ligações semanais (a de quinta-feira) que mantinha entre Díli e Singapura (com a operadora Silk Air), passando a funcionar a partir de 12 de setembro apenas duas, na terça-feira e no sábado.
“A cessação do serviço Air Timor Denpasar e a redução da rota de Singapura deve-se unicamente à significativa sobrecapacidade do setor Denpasar-Dili-Denpasar, devido ao incumprimento de uma regulamentação adequada por parte do Governo de Timor-Leste”, explica o comunicado.
“Esta falha do Governo resultou na redução da rede de rotas de Timor-Leste, em despedimentos significativos na Air Timor e na passagem de quaisquer oportunidades de transporte aéreo de Timor-Leste a transportadoras indonésias”, refere.
Passageiros que tenham voos marcados entre 10 e 15 de janeiro terão oportunidade de transferir os seus bilhetes para a Sriwijaya Air ou ter uma devolução do dinheiro pago “mediante as condições da Sriwijaya Air”, na qual os bilhetes já foram comprados pela Air Timor.
Para voos depois de 16 de janeiro será feito o reembolso.
“A Air Timor iniciou o seu primeiro voo em 1 de agosto de 2008 e agora, após 8 anos de desenvolvimento do setor da aviação em Timor-Leste, tem de reconstruir os seus serviços para que precisa do seu apoio contínuo ao seu desenvolvimento”, sublinha a Air Timor.
Não foi possível à agência Lusa contactar até ao momento qualquer responsável da empresa em Díli.
LUSA
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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