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AÇORES: GABINETE DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO COM ‘AUMENTO SUBSTANCIAL’ DE DENÚNCIAS

O Inspetor Regional Administrativo de Transparência e Anticorrupção dos Açores, Francisco Lima, disse esta quinta-feira que houve um aumento de denúncias no último ano, mas não um aumento de corrupção no arquipélago.

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O Inspetor Regional Administrativo de Transparência e Anticorrupção dos Açores, Francisco Lima, disse esta quinta-feira que houve um aumento de denúncias no último ano, mas não um aumento de corrupção no arquipélago.

“No último ano, tivemos um aumento substancial de denúncias, em virtude, com certeza, também, da publicidade que se deu ao Gabinete da Prevenção da Corrupção, que já permitiu uma consciência maior para a denúncia de atos de eventual corrupção”, adiantou, em declarações à Lusa, em Angra do Heroísmo, à margem de uma reunião com o deputado único do Chega/Açores, José Pacheco.

Apesar do aumento de denúncias, Francisco Lima rejeitou que tenha havido um aumento de corrupção nos Açores.

“Não se tem notado um aumento da corrupção, o que nós temos notado é um aumento da perceção da corrupção. As pessoas começam a ficar despertas para a temática. Já começam a perceber o que poderá ser a corrupção, o que poderá ser um favor que se presta e essa sensibilização vem-se refletir – e a própria legislação também já evoluiu para isso – para a denúncia”, apontou.

O Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência dos Açores “começou em funcionamento, oficialmente, no final de 2021“, mas foi criado “no início de 2020”, tendo sido dadas 762 horas de formação aos inspetores.

Atualmente, tem “um corpo de inspeção e auditoria constituído por 12 inspetores“, mas já iniciou o “processo de recrutamento para mais dois“, que terão “sete meses de formação” antes de iniciarem funções.

As atuais instalações não permitiam um reforço de meios humanos, mas, “até ao final do ano”, o inspetor conta que a equipa se possa mudar para um novo espaço, visitado esta quinta-feira pelo deputado do Chega, que ainda necessita de obras de reabilitação.

A nova sede do gabinete, em Angra do Heroísmo, terá 11 gabinetes, uma sala de reuniões e uma sala de apoio, entre outras valências.

Questionado sobre a necessidade de um maior reforço do número de inspetores, Francisco Lima admitiu que seria desejável, para assegurar as ações de prevenção da corrupção junto das autarquias locais e da administração pública regional.

“Com as novas instalações, e havendo esta necessidade e esta vontade de continuar a investir na área preventiva, sim, seria de admitir novos inspetores, o que iria permitir claramente um reforço de meios e um reforço das ações preventivas“, afirmou.

Numa avaliação da situação atual dos Açores, o inspetor disse que a região tem, sobretudo, casos de “pequena corrupção”.

“São o favor que se presta, é a faculdade que se dá a um determinado agente de mercado em detrimento de outros”, exemplificou, distinguindo da grande corrupção “executada a nível de altos cargos públicos ou políticos, ou a nível de altas empresas“.

Entre as ações de prevenção previstas para 2022, Francisco Lima destacou as que envolvem a fiscalização da aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na região.

“Nós daremos prioridade a visitar as entidades que serão alvo de aplicação dos fundos do PRR, ou como entidades executoras, ou como entidade gestoras”, adiantou.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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