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NACIONAL

ADVOGADOS ALERTAM PARA O EXCESSO DE LOTAÇÃO NAS PRISÕES

A Ordem dos Advogados alertou hoje para a violação dos direitos humanos nas prisões e “grave problema do excesso de lotação” devido ao elevado número de reclusos em prisão preventiva”, considerando que alguns estabelecimentos prisionais precisam de obras urgentes.

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A Ordem dos Advogados alertou hoje para a violação dos direitos humanos nas prisões e “grave problema do excesso de lotação” devido ao elevado número de reclusos em prisão preventiva”, considerando que alguns estabelecimentos prisionais precisam de obras urgentes.

Estas são algumas das conclusões de um relatório feito pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados (CDHOA) após ter realizado visitas aos estabelecimentos prisionais de Lisboa, Porto, Odemira, Ponta Delgada, Faro, Funchal, Caxias e Tires.

Estas visitas, efetuadas na sequência das reclamações de advogados e detidos que davam conta de possíveis violações dos direitos humanos de reclusos durante a pandemia, tiveram como objetivo proceder ao contacto direto com as prisões mais populosas e afetadas pela covid-19 para verificar os direitos fundamentais dos reclusos, como o direito à saúde e contacto com o advogado.

A CDHOA dá conta que, durante as visitas às oito prisões, “foi possível apurar violações de direitos humanos” e de “princípios internacionais do tratamento dos reclusos”, não seguindo as prisões portuguesas as regras europeias, como as “Regras Penitenciárias do Conselho da Europa” e as regras mínimas das Nações Unidas para o tratamento de reclusos.

Este órgão relembra que o Estado português tem sido sucessivamente condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por violações dos direitos humanos e da dignidade dos reclusos.

O relatório indica que é “generalizada a sobrelotação prisional”, o que diminui as condições de reclusão, e verifica-se “a insuficiência de pessoal ou de guardas prisionais”.

No entanto, o documento precisa que, em comparação com 2019, se verificou um decréscimo no número de pessoas reclusas condenadas, o que se atribui, em larga medida, à lei que estabelece o regime excecional de flexibilização da execução das penas e das medidas excecionais de saúde pública no âmbito da pandemia de covid-19.

Segundo a Ordem dos Advogados, estas medidas levaram à libertação de 1.687 pessoas reclusas no âmbito da pandemia de covid-19, sendo que ao nível dos reclusos em cumprimento de pena existiu uma diminuição de 1.380.

A CDHOA salienta também que “os estabelecimentos prisionais se encontram no limite da sua capacidade e muito se deve ao excesso de prisão preventiva”, não podendo este tipo de recluso estudar, nem trabalhar, devido à situação “precária e indefinida”.

Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, a média da prisão preventiva em Portugal é de 24 meses, enquanto a média europeia é de oito meses, sendo a taxa de condenação destes presos preventivos de 94%.

Este órgão da Ordem dos Advogados indica igualmente que existem cerca de 3.000 presos com penas inferiores a cinco anos de prisão.

O relatório aponta igualmente como “outro problema muito sério com que o sistema prisional se defronta” a elevada percentagem de reclusos toxicodependentes.

A CDHOA acrescenta que, das visitas às oito prisões, concluiu que a grande maioria das celas são coletivas, com poucas condições de ventilação e aquecimento, pouca iluminação, em violação das recomendações internacionais, além de alguns estabelecimentos prisionais precisarem “de obras urgentes”, nomeadamente o Estabelecimento Prisional de Lisboa, “onde eram visíveis zonas de bolores, com cheiros desagradáveis”.

De acordo com aquela comissão, os espaços destinados às reuniões dos reclusos com os seus advogados não permitem em algumas prisões a privacidade necessária, sendo efetuadas em salas abertas, pequenas e sem quaisquer condições de privacidade.

O relatório concluiu ainda que na generalidade dos estabelecimentos prisionais foi verificada a existência de “muita falta de meios”.

Nesse sentido, a CDHOA recomenda a aplicação da vigilância eletrónica em medidas de coação e de cumprimento das penas até aos cinco anos, realização sistemática de visitas e inspeções às prisões, maior transparência do Mecanismo Nacional de Prevenção e cumprimento das regras mínimas Nelson Mandela e das regras penitenciárias do Conselho da Europa” e em consequência a adoção de celas individuais com espaços mínimos condignos, com iluminação, aquecimento, ventilação e regras de higiene e de saúde.

Este órgão defende também a criação de estruturas em todos os estabelecimentos prisionais de apoio à desintoxicação, reabilitação, bem como educação e apoio psicológico, tendo em conta que a maioria da população prisional se encontra detida por crime relacionados com o consumo de droga, aumento do números de guardas prisionais e dar especial atenção aos problemas de saúde mental através da gabinetes médicos com profissionais especializados nestas áreas e na toxicodependência.

A CDHOA sugere ainda um investimento em contactos virtuais com o exterior, incentivando-se as videochamadas supervisionadas.

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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