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VILA REAL: PROFESSORES PROMETEM LUTAR ATÉ AO FIM CONTRA O ‘MINISTÉRIO DE MÍNIMOS’

Palavras de ordem como ‘Para cá do Marão lutamos pela educação’ e ‘Não paramos’ foram ouvidas hoje, em Vila Real, onde mais de 500 professores prometeram luta ‘até ao limite’ e protestaram contra um ‘Ministério de mínimos’.

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Palavras de ordem como “Para cá do Marão lutamos pela educação” e “Não paramos” foram ouvidas hoje, em Vila Real, onde mais de 500 professores prometeram luta “até ao limite” e protestaram contra um “Ministério de mínimos”.

Em Vila Real cumpriu-se hoje a greve distrital convocada por oito organizações sindicais, com uma adesão que segundo fonte sindical ronda os 98%, e a avenida Carvalho Araújo, no centro da capital de distrito, foi o ponto de encontro de professores provenientes de vários pontos deste território.

Os docentes cantaram palavras de ordem como “Não paramos”, “Portugal escuta, a escola está em luta” ou “Para cá do Marão lutamos pela educação” e empunharam várias tarjas e cartazes com mensagens como “Quem ensina a voar não pode rastejar”, “A educação é a única forma de mudar o mundo” e “Professor/a pagar para dar aulas, anos e anos com a casa às costas”.

A luta que move os professores é pela escola, pelos alunos, pela qualidade do ensino público, “muito mais” do que só o congelamento de escalões.

“Isso é a gota de água, mas é muito mais, é também a degradação dos currículos que estão no mínimo, parece que este é um ‘Ministério de mínimos’ neste momento, as aprendizagens essenciais são um descalabro, os falsos números do sucesso. Há momentos em que temos mesmo de lutar e este é um deles”, salientou Domingas Alhais, professora há 36 anos.

A lecionar na escola secundária Camilo Castelo Branco, Domingas Alhais disse que “é o copo cheio” que está na origem dos protestos dos professores, que, neste ano letivo, duram há quase dois meses, mas que já se acumulam há vários anos.

“Esta camisola que trago vestida é de 2008 e continua atual”, frisou, destacando a palavra ali escrita: “Respeito”.

Luís Gomes faz diariamente a viagem de Lamego para Vila Real, uma deslocação que não é muito grande, mas é “muito cara”.

“São cerca de 200 euros por mês. O orçamento familiar fica logo reduzido. Além do mais sou um professor contratado”, salientou o professor da Camilo Castelo Branco.

Esta é uma razão da luta do docente, mas a ela acrescem a “desvalorização da carreira”, os alunos e “a própria escola pública” que “deve ser valorizada e não atacada, como tem acontecido ultimamente”.

Luís Gomes disse que os professores estão dispostos a lutar “até ao limite”. “Se o limite for Bruxelas, se calhar até Bruxelas”, afirmou.

Professora há 28 anos, Cecília Ribeiro é de Vila Real, dá aulas em Alijó e reclama por “estabilidade”.

“Estou em Alijó, antes disso em Vila Pouca de Aguiar, Mesão Frio, Régua, em Mirandela. Vou podendo ir a casa todos os dias, o que é importante. Estou mais perto, mas os meus filhos estão menos dependentes, na fase em que eles precisavam mais eu não estava cá”, salientou.

Cecília Ribeiro contou que a sua filha dizia que a “mãe era a senhora que fazia os jantares e passava a ferro”.

“Hoje estamos aqui por uma infinidade de razões. O dinheiro não nos chega para viver sequer, as deslocações são pagas por nós, temos um computador, mas continuamos a ser nós a pagar o papel, a esferográfica, a secretária, luz, gasóleo, a pagar tudo, o dinheiro não nos chega. Nós só queríamos uma atualização da nossa carreira”, frisou.

Alexandre Fraguito, do Sindicato dos Professores do Norte, apontou para uma adesão à greve a rondar os “98%” em todo o distrito e referiu que, na principal avenida de Vila Real, se juntaram “mais de 500 professores”.

As escolas não fecharam para cumprir os serviços mínimos, mas na esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino do distrito não há aulas hoje.

“Faltam só mais dois dias, Viseu e acabamos no Porto, na quarta-feira, e tem sido em crescendo”, apontou, referindo-se aos 18 dias de greves distritais que estão em curso.

Neste território onde o despovoamento preocupa cada vez mais, Alexandre Fraguito disse que os problemas dos professores também aqui se intensificam. “Há sempre uma diminuição de alunos, menos horários para os professores e, nessa perspetiva, saímos sempre penalizados”, salientou.

A contagem do tempo integral de serviço, o corpo docente envelhecido e progressão na carreira bem como os concursos foram outras das preocupações destacadas pelo dirigente sindical.

A greve distrital foi convocada por oito organizações sindicais, a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Pró-Ordem dos Professores – Associação Sindical/Federação Portuguesa dos Professores, Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).

Atualmente, estão a decorrer outras duas greves: uma da iniciativa do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação que começou em dezembro por tempo indeterminado e que os professores têm cumprido de forma parcial, e outra convocada no início do 2.º período pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores ao primeiro tempo de aulas de cada docente, que se deverá prolongar até fevereiro.

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MIRANDA DO DOURO: AUTARQUIA IMPUGNA AVALIAÇÃO DO FISCO ÀS BARRAGENS

O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou hoje à Lusa fonte da autarquia.

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O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou hoje à Lusa fonte da autarquia.

“O município de Miranda do Douro decidiu impugnar a avaliação feita pela AT, por não concordar com a exclusão dos órgãos de segurança e de produção destes centros eletroprodutores de energia, como turbinas, transformadores ou os descarregadores, porque são parte integrante do prédio, e que têm de ser tomados em conta, pelo seu valor tributário”, explicou o vereador Vítor Bernardo.

Segundo o vereador, o pedido de impugnação da avaliação das barragens em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi apresentado no tribunal a 02 de abril.

“Esta impugnação da avaliação surge agora, porque as nossas duas barragens foram inscritas a seu tempo na matriz predial para avaliação”, frisou Vítor Bernardo.

Bernardo avançou ainda que a barragem de Miranda do Douro foi avaliada pela AT em 52 milhões de euros e barragem de Picote em 55 milhões de euros.

“O valor destes dois empreendimentos, para além do edificado, com as unidade de produção como transformadores, turbinas e outros equipamentos, (…) sobe em mais de 120% por centro face ao estabelecido pela AT, em cada um destes centros eletroprodutores”, destacou o vereador social-democrata.

Agora, o município de Miranda Douro, no distrito de Bragança, espera que os responsáveis máximos pela AT cumpram o despacho do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e que seja anulado o ato administrativo da avaliação tributária feita as barragens.

Nuno Santos Félix determinava que as avaliações de barragens que fossem impugnadas por não considerarem a totalidade dos elementos que as integram deviam ser revogadas e refeitas pela Autoridade Tributária.

Esta indicação consta de um despacho datado de 04 de março, onde se lia que “sendo impugnada a avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”, com base na “exclusão dos órgãos de segurança ou exploração da avaliação impugnada […], devem ser revogados os atos avaliativos que tenham excluído do respetivo objeto os órgãos de segurança ou exploração”, quando os mesmos “devam ser qualificados como ‘parte componente’ do prédio”.

Na origem deste despacho — o terceiro desde que aquele governante determinou a avaliação das barragens para efeitos de IMI — está a diferença com que os municípios e a AT entendem o que deve ser considerado para efeitos de avaliação e tributação em IMI no que diz respeito às barragens.

Os municípios contestam o entendimento da AT — vertido numa circular de 2021 – segundo o qual as máquinas e equipamentos (como turbinas da barragem) não devem ser classificados como prédio, ficando fora da incidência do IMI, e pedem ao Governo para o revogar.

O despacho lembra de que forma a legislação em vigor define uma barragem, notando que os “órgãos de segurança e exploração fazem, assim, parte do conceito legal” deste tipo de infraestrutura, com a lei a determinar também que, para efeitos da construção de uma barragem, o projeto deve incluir órgãos de segurança como os “descarregadores de cheias”, as “descargas de fundo” ou a “central e circuitos hidráulicos”.

Estando concluída a avaliação da generalidade dos aproveitamentos hidráulicos, e podendo haver impugnação judicial (ou arbitral) das segundas avaliações por parte do município ou do concessionário (sujeito passivo) da barragem, Nuno Santos Félix antecipava que a AT iria ser “chamada para contestar eventuais ou revogar os respetivos atos”.

O despacho sustentava que, perante a situação política da altura, deveria ser o governo seguinte em plenitude de funções a pronunciar-se globalmente quanto ao entendimento da avaliação da AT, limitando-se assim o efeito daquele diploma “ao estritamente necessário em face da inadiabilidade da prática da AT de atos processuais em contencioso relativo à avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

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LISBOA: MÁRIO MACHADO CONDENADO A DOIS ANOS E 10 MESES DE PRISÃO EFETIVA

O militante neonazi Mário Machado foi esta terça-feira condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

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O militante neonazi Mário Machado foi esta terça-feira condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

Em causa neste julgamento estavam mensagens publicadas no antigo Twitter (atual X), atribuídas a Mário Machado e Ricardo Pais, em que estes apelavam à “prostituição forçada” das mulheres dos partidos de esquerda, e que visaram em particular a professora e dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.

Além de Mário Machado, Ricardo Pais foi condenado a um ano e oito meses de prisão com pena suspensa durante dois anos.

A sentença foi lida esta terça-feira no Juízo Local Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, depois de, em abril, nas alegações finais, o Ministério Público (MP) ter pedido uma pena de prisão efetiva para Mário Machado.

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