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AÇORES: AS VACAS FELIZES E … “CULTAS” !

Na exploração leiteira de Carlos Pimentel, em São Miguel, Açores, todas as vacas têm nome próprio e há 12 anos que são ordenhadas mecanicamente ao som de música calma, uma opção com “bons resultados”, disse hoje o empresário.

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Na exploração leiteira de Carlos Pimentel, em São Miguel, Açores, todas as vacas têm nome próprio e há 12 anos que são ordenhadas mecanicamente ao som de música calma, uma opção com “bons resultados”, disse hoje o empresário.

“Usamos um processo de alguma música para tentar relaxar os animais, para poderem dar leite em condições”, afirmou à agência Lusa Carlos Pimentel, de 54 anos, que decidiu avançar com esta iniciativa após ter lido que a música poderia ser um relaxante para as vacas na hora da ordenha.

Esta exploração leiteira, localizada na Ponta Garça, concelho de Vila Franca do Campo, tem no bem-estar animal uma das principais preocupações.

Na hora da ordenha, processo realizado duas vezes por dia e com duração de cerca de uma hora, as vacas são chamadas uma a uma pelo nome próprio, num total de oito de cada vez.

Na sala, além dos equipamentos para retirar o leite, existe uma coluna na parede de onde se ouve a música, a mesma há 12 anos, de “três ou quatro CD”.

“Não sei se as minhas vacas são cultas ou não, o que sei é que elas se adaptam bem à música e é para manter”, garantiu o lavrador, que tem no escritório, contíguo à sala de ordenha, a aparelhagem musical.

Admitindo que a sua opção não é caso raro na ilha de São Miguel, Carlos Pimentel afirmou que a sua escolha musical para os animais recai sobre “música calma e ‘slows’, para criar bom ambiente”, com preferência para a música da Orquestra Ligeira de Vila Franca do Campo, município onde é vereador.

Mas na sala da ordenha ouvem-se também, “Hey Jude”, dos Beatles, ou “The Sound of Silence”, de Simon & Garfunkel, entre outros sucessos dos anos 60.

Segundo o empresário, que conjuntamente com a mulher e o filho tratam das 42 vacas todos os dias do ano, a exploração tem uma quota anual de produção de 430 mil litros de leite, o que equivale a 1.100/1.200 litros diários.

Após a ordenha, os animais voltam ao estábulo para comerem e repousarem. As vacas que produzem mais leite têm direito a um tratamento especial ao nível da alimentação, referiu.

Maria, Raquel, Mariana ou Antónia são alguns dos nomes das vacas de Carlos Pimentel que, assegurou, nunca se enganar na hora de as chamar, pois “qualquer lavrador que se preze conhece os seus animais”.

“Várias vezes são crianças de escolas, que visitam a exploração leiteira, que pedem para o animal ter este ou aquele nome”, declarou, assinalando, contudo, que cabe prioritariamente à família escolher.

Carlos Pimentel, que durante 27 anos foi empreiteiro da construção civil, decidiu mudar de vida há 12 anos “por opção”, justificando que sempre gostou da terra e só assim se consegue aguentar este trabalho, pois “a agropecuária é muito exigente”.

Fonte da Secretaria da Agricultura e Florestas dos Açores adiantou à agência Lusa que a 31 de dezembro de 2016 existia no arquipélago um efetivo bovino de cerca de 273 mil vacas.

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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