DESPORTO
BOAVISTA FC X FC PORTO: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS
Boavista a passar uma fase difícil e em crise desportiva, nos últimos 12 jogos só conseguiu vencer a Oliveirense para a Taça de Portugal e com baixas importantes, Chidozie e Onyemaechi que vão disputar a CAN e Salvador Agra lesionado, consegue empatar com o FC Porto muito longe da equipa que foi nas últimas épocas.
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Boavista a passar uma fase difícil e em crise desportiva, nos últimos 12 jogos só conseguiu vencer a Oliveirense para a Taça de Portugal e com baixas importantes, Chidozie e Onyemaechi que vão disputar a CAN e Salvador Agra lesionado, consegue empatar com o FC Porto muito longe da equipa que foi nas últimas épocas.
O Porto continua a não conseguir resolver as debilidades manifestadas desde o início da época. Conseguiu ter bola, estar quase sempre instalado no meio-campo boavisteiro, mas demonstrou fragilidade na criação e capacidade de desequilíbrio no corredor central e foi confrangedor no momento do remate, a maioria foram para fora e os que enquadrou na baliza proporcionaram defesas fáceis a João Gonçalves.
Só Pepê e João Mário foram capazes de criar problemas à boa organização e entreajuda da equipa do Bessa no momento defensivo. Eustáquio e André Franco, sem Taremi no onze, seriam os responsáveis pelo transporte e ligação ao ataque, mas estiveram completamente desinspirados e fora do que o jogo pedia (só apareceram no golo do Porto) e naturalmente a qualidade de jogo da equipa portista ressente-se. No golo também foram determinantes os 2 pontas-de-lança, Toni Martinez e Evanilson, mas foi evidente que o entendimento entre os dois avançados fica uns furos abaixo da dupla Evanilson/Taremi.
O Porto até consegue marcar primeiro, importante para os clubes grandes, mas não segura a vantagem ao sofrer o empate, num lance de bola parada onde demonstrou muita passividade, Fábio Cardoso não controlou o seu posicionamento em relação a Pepe e Bruno Lourenço cabeceou à vontade. Na segunda parte dominou, com as alterações de Sérgio Conceição ficou mais rápida e imprevisível, mas não foi eficaz nas poucas oportunidades para marcar.
O Boavista foi muito solidário defensivamente e aproveitou a sua grande oportunidade tendo também o remate mais perigoso de jogo, no seu melhor período, pelo esforçadíssimo Bozenik que proporcionou a Diogo Costa a defesa da noite. Defendeu bem, mas revelou dificuldades na transição nomeadamente na 2ª parte porque Bruno Lourenço e Tiago Morais estavam muito cansados. As substituições de Ricardo Paiva não deram essa capacidade à equipa que depois da expulsão se organizou para segurar um precioso ponto.
Sasso que vem de paragem prolongada personificou a determinação da equipa do Bessa e foi bem acompanhado por todos os colegas, com destaque para Makouta, Abascal e Bozenik. Pela negativa só Ibrahima que deixou a sua equipa em dificuldades na parte final do jogo, com uma expulsão que não deveria ter acontecido.
Pepê, Pepe, Gruijc e Diogo Costa foram os melhores no Porto.
Manuel de Oliveira fez uma arbitragem que o adepto do futebol, em Portugal tem de se habituar. Teve vários erros e mesmo com critério largo, o tempo útil de jogo não chegou aos 54 minutos, o que é desolador para o futebol…
José Augusto Santos, Comentador Desportivo e Treinador de Futebol Nível IV UEFA Pro.
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