ECONOMIA & FINANÇAS
ECONOMIA: CRÉDITO AO CONSUMO SOBE 10% E REPRESENTA 673 MILHÕES
O montante total de novos contratos de crédito aos consumidores aumentou 10,5% em novembro de 2023 face ao período homólogo, para 673 milhões de euros, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).
O montante total de novos contratos de crédito aos consumidores aumentou 10,5% em novembro de 2023 face ao período homólogo, para 673 milhões de euros, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).
De acordo com os dados provisórios do regulador sobre a evolução dos novos créditos aos consumidores, o montante total dos novos créditos fixou-se em 673,4 milhões de euros em novembro do ano passado, subindo 10,5% face a novembro de 2022.
O número total de novos contratos de crédito aos consumidores também registou uma tendência de subida, ascendendo a 148.948, um aumento de 10,1% face ao período homólogo.
Por outro lado, na comparação face a outubro o montante total dos novos contratos de crédito aos consumidores subiu 2,1%, enquanto o número de total de novos contratos registou um aumento de 6%.
Os dados do banco central indicam que o valor do novo crédito automóvel ascendeu a 248 milhões de euros em novembro de 2023, um aumento de 2,3% face a outubro, mas o número de novos créditos caiu 0,3% para 16.087.
Já o crédito pessoal concedido somou 302 milhões de euros, uma descida de 0,2% face a outubro, sendo a maior parcela “sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades” (289 milhões de euros).
No que respeita ao número de novos contratos de crédito pessoais ascendeu a 47.299, uma subida de 5,7% relativamente a outubro.
Considerando o crédito concedido através de cartões de crédito e facilidades de descoberto, o montante de novos contratos subiu 8% para 124 milhões de euros, em cadeia, através de 85.562 novos contratos (uma subida de 7,4%).
O número de contratos com subvenção, em percentagem, do total de contratos de crédito aos consumidores, representou 4,3% em novembro, o que compara com os 4,9% do período homólogo e de 4,7% em outubro.
Já a proporção do montante dos novos contratos de crédito aos consumidores com subvenção representou 6% em novembro, o que compara com os 6,7% em dezembro de 2022 e de 6,4% de outubro.
ECONOMIA & FINANÇAS
INE CONFIRMA DESACELERAÇÃO DA SUBIDA DOS PREÇOS PARA 2,2% EM ABRIL
A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 2,2% em abril, menos 0,1 pontos percentuais do que em março, confirmou, esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 2,2% em abril, menos 0,1 pontos percentuais do que em março, confirmou, esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), esta segunda-feira, avançada pelo INE, confirma o valor da estimativa rápida divulgada em 30 de abril.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 2,0%, taxa inferior em 0,5 pontos percentuais à de março.
ECONOMIA & FINANÇAS
PORTUGAL ENTRE OS PAÍSES QUE MAIS PROTEGEM DIREITOS DOS TRABALHADORES
Portugal é um dos cinco países que mais protegem os direitos dos trabalhadores, que estão entre os direitos humanos menos protegidos do mundo, indica um estudo divulgado hoje pela Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos.
Portugal é um dos cinco países que mais protegem os direitos dos trabalhadores, que estão entre os direitos humanos menos protegidos do mundo, indica um estudo divulgado hoje pela Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos.
De acordo com o trabalho, publicado na revista académica Human Rights Quarterly, os cinco países com as melhores pontuações na proteção dos direitos dos trabalhadores são o Canadá, a Suécia, a Nova Zelândia, a Noruega e Portugal. Os cinco piores são o Irão, a Síria, a Coreia do Norte, a China e o Iraque.
Em comunicado, a universidade adianta que os dados integram o relatório anual de 2023 do CIRIGHTS Data Project, “o maior conjunto de dados sobre direitos humanos do mundo”.
“O projeto classifica países de todo o mundo [195] quanto ao respeito pelos direitos humanos”, tendo por base “25 direitos humanos internacionalmente reconhecidos”, e é coliderado por David Cingranelli, professor de Ciência Política na Universidade de Binghamton, no estado de Nova Iorque.
Na avaliação dos direitos dos trabalhadores são tidos em conta dados sobre sindicalização, negociação coletiva, a existência de um horário de trabalho, o trabalho forçado, trabalho infantil, salário mínimo, condições de trabalho seguras e tráfico humano.
O direito de formar um sindicato e o da negociação coletiva, “estão entre os direitos humanos menos protegidos” e são “sempre violados até certo ponto”, escreveram os investigadores.
Por exemplo, em relação ao respeito pela negociação coletiva, 51% dos países receberam uma pontuação de zero, o que significa violações generalizadas deste direito, e apenas 16 “pontuaram dois”, ou seja, os investigadores não encontraram qualquer indicação de violação. No caso do trabalho infantil, o relatório indica que “cerca de 87% dos países” em todo o mundo registaram casos de emprego de crianças e adolescentes e que “num terço dos países as violações foram generalizadas”.
“Investigações anteriores mostram que é improvável que os governos protejam os direitos a um salário mínimo adequado, à saúde e segurança no trabalho ou a limites razoáveis das horas de trabalho (incluindo horas extraordinárias voluntárias), a menos que seja permitido aos trabalhadores formar sindicatos independentes e negociar coletivamente”, disse Cingranelli, citado no comunicado.
“O direito à sindicalização, à negociação e à greve são os direitos de acesso. Se forem protegidos, é provável que todos os outros direitos laborais também sejam protegidos. Mas os direitos de acesso estão em declínio a nível mundial”, acrescentou.
Cignarelli indicou que, embora os países democráticos e ricos protejam os direitos laborais mais do que outros, a desigualdade económica aumentou em quase todo o lado.
“A globalização económica aumentou a concorrência entre as nações, o que tem levado os governos a favorecer as empresas em detrimento dos trabalhadores nos conflitos entre os dois”, explicou o professor.
Segundo Cignarelli, nos países economicamente menos desenvolvidos, as grandes empresas agrícolas, mineiras e de extração de petróleo fazem o que querem em relação aos trabalhadores.
Disse ainda ser “importante lembrar que as empresas e os trabalhadores normalmente assumem posições antagónicas sobre quanta atenção os líderes empresariais devem prestar ao que os trabalhadores querem em relação aos termos e condições do seu trabalho”, acrescentando que os primeiros “preferem normalmente distribuir a maior parte do lucro (…) aos acionistas e não aos trabalhadores”.
A existência num país de uma lei do trabalho exigente pode levar empresas a deslocalizarem-se, mas Cignarelli observou que o governo tem o papel de garantir que os trabalhadores tenham uma oportunidade justa de fazer ouvir as suas preocupações.
“Sem políticas governamentais que protejam os trabalhadores, as empresas podem fazer o que quiserem para manter os sindicatos afastados”, declarou o investigador.
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