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BRAGANÇA: CARETOS DE PODENCE COM FUTURO GARANTIDO ENTRE OS JOVENS

Os Caretos de Podence saíram hoje, Domingo Gordo, à rua e mesmo com chuva muitos jovens vestiram o fato, garantindo a continuação da festa que é património da UNESCO.

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Os Caretos de Podence saíram hoje, Domingo Gordo, à rua e mesmo com chuva muitos jovens vestiram o fato, garantindo a continuação da festa que é património da UNESCO.

Segundo a Associação Grupo dos Caretos de Podence, só na aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros há cerca de 100 fatos e 40% dos Caretos são jovens.

Pouco depois das 15:00, a Lusa acompanhou cerca de uma dezena de jovens que se juntou numa garagem no centro da aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, para transfigurarem-se como Careto de Podence.

Vestiram os fatos de lã com franjas amarelas, vermelhas e verdes, traçaram as campainhas ao peito, ajeitaram a enfiada de chocalhos à cintura, com os quais são chocalhar as mulheres, e cobriram o rosto com uma máscara de latão ou de couro.

“É uma adrenalina. Quando temos o fato transformamos-nos noutra pessoa. Não dá para explicar, só se sente”, disse à Lusa João Costa, de 19 anos, que se juntou à associação há quatro anos.

Tomás Carneiro, 18 anos, revelou, orgulhoso, ser Careto desde que nasceu.

“Quando nos vestimos sentimo-nos livres de fazer qualquer coisa. O fato dá-nos poderes. Corremos pelas ruas da aldeia. É uma força indescritível, uma coisa bonita. O que nos dá força é ver gentes que vêm de todo o lado”, disse.

Segundo Tomás, os Facanitos – as crianças que se vestem de Careto, com fatos menos elaborados – também são cada vez mais e tentam imitar os mais velhos.

Cristiano Aníbal, Careto de 19 anos, salientou, por outro lado, que “a tradição é cada vez mais importante para Podence e para a comunidade”, garantindo querer contribuir para que não morra.

“Ainda bem que somos mais jovens, para não deixar morrer a tradição. Acho que o futuro está garantido. Vamos manter a tradição”, assegurou.

Jorge Barbosa, 13 anos, mora em Braga durante o resto do ano e tem uma chupeta pintada na máscara.

“Ainda não sabia andar, nem falar e a minha mãe já me vestia de Careto, tinha 9 meses. A chupeta [na máscara] é para simbolizar a experiência desde pequeno”, explicou à Lusa.

Mais velho, o irmão Gonçalo Castro, 16 anos, acrescentou que tem amigos em Podence que só vê nesta época, vindos de outros pontos do país e do estrangeiro, quando todos se reúnem para serem Caretos.

“Gosto de ver a felicidade das pessoas a serem chocalhadas. Aos pequeninos, faço com meiguice. Aos que têm mesmo cabedal, faço com força”, admitiu Gonçalo, entre risos.

Raquel Teixeira é a mãe dos jovens e as suas origens estão em Podence, regressando anualmente com os filhos.

“É uma mistura de pessoas de várias zonas do país e do mundo. São dias de festa, convívio e grande alegria para todos nós”, disse Raquel Teixeira.

António Carneiro, presidente da Associação Grupo dos Caretos de Podence, que há 30 anos se dedica a revitalizar a tradição, descreveu ao início da tarde uma aldeia “lotada de pessoas”, mesmo com a chuva que caiu com intensidade.

“Os Caretos vão estar na rua, mesmo com frio ou com neve. Faz parte desta tradição que é nossa e genuína”, salientou António Carneiro.

Domingo Gordo é dia de os Caretos empurrarem a braços um carro de bois aldeia acima, até à igreja. Aí, juntam-se para as fotografias, mas do lado de fora do portão – é que eles são o profano, com origens pagãs, e não entram no solo do religioso.

Na terça-feira voltam a encontrar-se no mesmo local para levar o carro até à Eira, onde queimam o Entrudo na forma de um mega Careto, que pelo fogo leva o que é mau, o frio do inverno, dando as boas-vindas à primavera que vai chegar.

Para António Carneiro, um dos objetivos da festa é continuar a passá-la de geração em geração.

“Estamos a conseguir. […] Cada vez há mais fatos de Careto. É sinal que a tradição está enraizada e viva, acima de tudo”, afirmou.

O Entrudo Chocalheiro é Património Cultural Imaterial da Humanidade desde dezembro de 2019. A festa faz parte dos Rituais de Inverno, ou Festas dos Rapazes, que simbolizavam a passagem para a vida adulta dos jovens, associados também à fertilidade.

O evento leva cada vez mais pessoas à aldeia transmontana com cerca de 200 habitantes, o que tem mostrado “algumas lacunas”, segundo António Carneiro, nomeadamente a falta de estacionamento ou sanitários.

“Precisamos melhorar esses aspetos para receber à boa maneira transmontana”, considerou António Carneiro, assegurando que fazem “muito com pouco” e defendendo a necessidade de mais apoios.

Rui Vilarinho, presidente em funções da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, adiantou à Lusa que há intenções de investir em Podence, precisamente no estacionamento, casas de banho e em outros equipamentos de apoio que sejam necessários.

O Entrudo Chocalheiro representa um investimento de 30 mil euros e, segundo um estudo feito recentemente e citado por António Carneiro, gera um retorno para a região entre quatro e cinco milhões de euros.

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PORTO: RUI MOREIRA DIZ QUE O FUNCIONAMENTO DA AIMA É UM “ESCÂNDALO”

O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou hoje que o funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) “atinge foros de escândalo” e que aquela entidade “não está a cumprir a sua missão”.

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O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou hoje que o funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) “atinge foros de escândalo” e que aquela entidade “não está a cumprir a sua missão”.

“AAIMA não está a cumprir aquilo que são as suas obrigações perante aqueles que são os imigrantes que se querem legalizar em Portugal. Objetivamente, eu acho que isto atinge foros de escândalo”, afirmou Rui Moreira, numa conferência de imprensa convocada pelo autarca para esta manhã.

Rui Moreira considerou que a AIMA tem como missão o “acolhimento e integração” de migrantes mas que, “objetivamente, não está a funcionar”.

O autarca referiu que há mais de 7.500 processos em tribunal contra a AIMA “por atrasos de regularização de cidadãos estrangeiros”, o que tem causado problemas: “Ao mesmo tempo que nós queremos imigrantes, não somos capazes de os acolher. Temos uma instituição cuja competência é tratar dos imigrantes e não estão a ser devidamente tratados”.

E continuou: “Aquilo que acontece é que um imigrante em situação ilegal está sujeito a um conjunto de pressões, nomeadamente na sua relação com o mercado de trabalho, isto é uma situação que me preocupa”.

Moreira defendeu que os imigrantes têm “que ter acesso a tudo aquilo que os portugueses têm acesso e, se não são legalizados, alguma coisa está mal”. Criticou também a atuação da AIMA no caso da agressão a imigrantes no Bonfim.

No dia 04, homens encapuzados forçaram a entrada numa casa onde vive um grupo de imigrantes no Porto, tendo-os agredido, um ataque que foi considerado como tendo motivações racistas.

“Naquele sábado, esta agência ligou para a Câmara Municipal do Porto a perguntar o que a CMP pode fazer relativamente aos imigrantes. Esta é uma competência deles, com meios deles, com um escritório aqui deles e perguntam-nos a nós?”, questionou Rui Moreira.

No dia 06, o independente que preside a autarquia do Porto considerou que aquele ataque é “inaceitável e um crime de ódio”, defendendo a extinção da AIMA e a utilização dos recursos de que dispõe para habilitar os municípios a darem uma resposta e a reforçar as forças policiais dos recursos de que hoje não dispõem para combater a criminalidade.

“Repito, a AIMA é uma agência inoperante que desperdiça dinheiros públicos sem o cumprimento da missão a que se propôs e, por isso, deve ser extinta”, insistiu, em declarações no início da reunião do executivo municipal.

No mesmo dia, o sindicato dos trabalhadores da AIMA avisou que não serão “bode expiatório” para “a incapacidade de outros”, classificando de “infelizes” as declarações do autarca do Porto que defendeu a extinção daquele organismo na sequência do ataque contra migrantes.

“A AIMA e os seus trabalhadores não servirão de arma de arremesso nem de “bode expiatório” para a manifesta incapacidade de outros”, avisou, numa resposta à Lusa, o Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF).

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LISBOA: DEPUTADO DA GUINÉ-BISSAU DETIDO COM 13 KG DE COCAÍNA

Um deputado guineense foi detido na terça-feira no aeroporto de Lisboa com 13 quilogramas de cocaína e será esta quinta-feira ouvido em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação, disse fonte judicial à Lusa.

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Um deputado guineense foi detido na terça-feira no aeroporto de Lisboa com 13 quilogramas de cocaína e será esta quinta-feira ouvido em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação, disse fonte judicial à Lusa.

A mesma fonte adiantou que o primeiro interrogatório judicial do deputado esteve agendado para esta quinta-feira de manhã, mas não se realizou, estando previsto para esta tarde.

O deputado do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15) Manuel Irénio Nascimento Lopes, de 57 anos, foi detetado na terça-feira no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, após um voo da transportadora aérea portuguesa TAP proveniente de Bissau, com 13 quilos de cocaína dissimulados na bagagem.

Este é o segundo caso de suspeita de tráfico de droga por parte de individualidades guineenses detidas no Aeroporto de Lisboa nas últimas semanas.

O Procurador Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença de serviço para estudar em Portugal, há mais de três anos, foi detido no passado dia 21 de abril “em flagrante delito” na posse de dois quilogramas de um produto que se presume ser droga, segundo um comunicado do Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público guineense, emitido dia 25, no qual foi anunciada a sua suspensão de funções.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou a detenção de Mancanha, sublinhando que o caso está a ser tratado entre as magistraturas dos dois países.

O jornal guineense O Democrata refere que o deputado Manuel Irénio Lopes, conhecido como “Manelinho”, é “um empresário que investe no setor da pedreira” e também dirigente político, fazendo parte dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que, em 2015, criaram o MADEM-G 15, a segunda maior força política do país.

Manuel Lopes presidiu à Federação de Futebol da Guiné-Bissau durante oito anos, tendo sido destituído em 2020 pela FIFA, após ter sido considerado culpado por ter “falhado na proteção da integridade física e mental de um homem vítima de um ataque em massa”, e ficou impedido de manter ligações à modalidade durante 10 anos, acrescenta o jornal.

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