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INTERNACIONAL

ESTADO ISLÂMICO AMEAÇA PENÍNSULA IBÉRICA (vídeo)

Vídeo do Estado Islâmico promete mais atentados na Península Ibérica.

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A organização terrorista Estado Islâmico divulgou esta quarta-feira, através da rede social Telegram, no qual elegia os seus “irmãos autores dos ataques” da semana passada em Barcelona, e ameaça realizar mais atentados na Península Ibérica.

Numa gravação intitulada “A Conquista de Barcelona”, cuja origem não foi ainda verificada, aparecem dois terroristas, um dos quais com a cara coberta, dirigindo-se em castelhano a todos os “cristãos infiéis de Al-Ándalus“, designação que o Estado Islâmico dá à Península Ibérica.

Na gravação, que segundo o jornal El País foi divulgada na rede solcial Telegram, um dos supostos terroristas, vestido com uniforme militar, de cara descoberta e que se identifica como ‘Al Qurtubí’ (O Cordobês), assegura que “a guerra contra nós irá continuar até ao dia do juízo final. Se não se converterem ao Estado Islâmico, a jihad não terá fronteiras”.

“Façam a jihad onde quer que estejam, e Alá será complacente convosco“, conclui.

O segundo terrorista, que aparece de cara coberta e se identifica como Abu Salman al Andalusi, “O Andaluz”, repete, com um castelhano que parece não ser nativo, que “a nossa guerra contra vocês é até ao fim do mundo. Saiam da união dos cristãos, porque nós nunca vos deixaremos tranquilos“.

Na mensagem, com cerca de 3 minutos, os terroristas avisam ainda “todos os cristão espanhóis” que “não está esquecido o sangue de todos os muçulmanos derramado pela Inquisição Espanhola”.

“Vingaremos a vossa matança, que estão agora a fazer contra o Estado Islâmico, e, com a permissão de Alá, Al-Ándalus voltará a ser o que era, a Terra do Califado“, acrescenta.

O vídeo, durante o qual se ouve em pano de fundo uma música em árabe e francês, termina com imagens transmitidas pelas cadeias de televisão, entre as quais excertos das homenagens às vitimas dos atentados de Barcelona, do autor do ataque nas Ramblas, Younes Abouyaaqoub, do primeiro-ministro Mariano Rajoy e do Rei de Espanha, Felipe IV.

É ESTE O MAPA QUE O ESTADO ISLÂMICO REIVINDICA COMO SEU CALIFADO.

Sucessivas ameaças à Península Ibérica

Esta não é a primeira vez que o Estado Islâmico lança ameaças directas a Espanha e Portugal através de mensagens vídeo divulgadas nas redes sociais.

Em fevereiro do ano passado, numa destas mensagens a organização terrorista ameaçou Portugal e Espanha e jurou recuperar a Península Ibérica. “Al-Andalus, tem paciência. Não és espanhola nem portuguesa, mas sim muçulmana”, referia a mensagem.

Um mês mais tarde, após os atentados em Bruxelas, na Bélgica, o Estado Islâmico fez um ameaça uma directa a Portugal e Hungria: “Hoje Bruxelas e o seu aeroporto, amanhã pode ser Portugal e a Hungria“.

Em novembro de 2015, ameaçou atacar Portugal, Espanha e Itália. “Realmente o que queremos, insha Allah [se Deus quiser], é Paris antes de Roma e de Al Andalus”, pode ouvir-se no vídeo.

Segundo o livro “Empire of Fear: Inside the Islamic State”, lançado em julho de 2015 por Andrew Hosken, jornalista da BBC, mostra a extensão de território que o grupo quer controlar até 2020.

Segundo Hosken, o Estado Islâmico “quer sob o seu controlo tudo o que consideram fazer parte do mundo islâmico” – território no qual se inclui toda a Península Ibérica.

Veja o vídeo aqui:

[KGVID height=”360″]https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2017/08/estado-islamico-ameaca-peninsula-iberica.mp4[/KGVID]

ZAP

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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INTERNACIONAL

PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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