ECONOMIA & FINANÇAS
CASAS ESTÃO 8% MAIS CARAS
O Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 8,0% homólogos no segundo trimestre deste ano e subiu 3,2% face ao primeiro trimestre, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 8,0% homólogos no segundo trimestre deste ano e subiu 3,2% face ao primeiro trimestre, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, este incremento homólogo “é justificado pela aceleração dos preços dos alojamentos novos os quais aumentaram 5,4%, 1,2 pontos percentuais (p.p.) mais do que no trimestre precedente, atingindo o valor mais elevado desde o terceiro trimestre de 2014”.
“Este foi o segundo período consecutivo em que se verificou uma aceleração dos preços dos alojamentos novos, o que contrasta com a evolução observada para os alojamentos existentes, cuja taxa de variação homóloga passou de 9,2% no primeiro trimestre de 2017 para 8,9%”, nota o instituto.
Conforme salienta, esta foi a “primeira vez desde o último trimestre de 2015” em que se registou uma diminuição no ritmo de crescimento dos preços dos alojamentos existentes.
Em relação ao trimestre anterior, o IPHab aumentou 3,2% (2,1% no primeiro trimestre de 2017), o que fez deste período “o segundo trimestre consecutivo em que se observou uma aceleração dos preços, tendo a mesma sido mais expressiva no caso dos alojamentos novos (3,3% face a 0,8% no primeiro trimestre de 2017) do que nos alojamentos existentes (3,2% no segundo trimestre e 2,5% no primeiro trimestre de 2017)”.
Entre Abril e Junho de 2017, a taxa de variação média anual do IPHab atingiu 7,8%, fixando-se como o novo valor máximo da série disponível, tendo a taxa de variação média anual dos alojamentos existentes e novos sido de 9,1% e 4,2%, respectivamente.
No segundo trimestre de 2017 transacionaram-se 36.886 alojamentos, o que correspondeu a um aumento homólogo de 16,1% e a uma subida de 4,9% face ao trimestre anterior.
Para o mesmo período, o valor das vendas aumentou 23,3% em termos homólogos e 6,3% por comparação com o trimestre anterior, para cerca de 4,6 mil milhões de euros, dos quais perto de 3,7 mil milhões de euros referentes a transações de alojamentos existentes.
Taxa de juro e prestação média vencida dos créditos à habitação sobem em Agosto:
A taxa de juro dos contratos de crédito à habitação aumentou em agosto 0,5 pontos base (p.b.) face a julho, para os 1,014%, e a prestação média vencida subiu um euro, para 239 euros, divulgou hoje o INE.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa de juro implícita subiu 1,5 p.b., passando de 1,681% em julho para 1,696% em agosto.
Para o destino de financiamento ‘aquisição de habitação’, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos foi de 1,035% em agosto, 0,6 p.b. acima do mês anterior (1,029%).
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este mesmo destino de financiamento passou de 1,673% em julho para 1,687% no mês seguinte.
Os dados do INE apontam que, entre julho e agosto, o valor médio da prestação vencida para a totalidade dos contratos subiu um euro, para 239 euros. Já para os contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação fixou-se nos 316 euros em agosto, mais 14 euros do que o observado no mês precedente.
Em agosto, o valor médio do capital em dívida apurado para a totalidade dos contratos foi 51.592 euros, menos 32 euros que no mês anterior.
Para o subconjunto dos contratos celebrados nos últimos três meses, a média do capital em dívida aumentou, entre julho e agosto, de 92 052 euros para 92 714 euros (subida de 662 euros).
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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