Ligue-se a nós

REGIÕES

TURISTAS TRAZEM PRAGAS PARA LISBOA

Prédios com dezenas de anos sem historial de pragas estão agora infestados de percevejos, graças à rotatividade relacionada com o alojamento local. Lourdes já deitou o colchão fora e a vizinha já teve de ir ao hospital, mas a DGS garante que não há razões para alarme.

Online há

em

Não tem mais de sete milímetros mas o incómodo é bem visível, uma vez que este bichinho se alimenta de sangue e, como tal, tem como propósito de vida deixar marcas nas pessoas.

Falamos aqui do percevejo, uma praga que achávamos extinta no mundo civilizado ou, pelo menos, no mundo onde os cuidados de higiene são uma prioridade. Mas a verdade é que já é considerado por algumas empresas de desinfestação como a praga do ano em Lisboa, uma cidade habituada às baratas e aos ratos típicos dos esgotos e das casas antigas, mas não a estes insectos que se infiltram nos colchões e nas roupas de cama, sedentos de duas das suas coisas preferidas: escuridão e calor humano.

Para esta invasão, lisboetas e empresas de desinfestação só têm uma justificação: o aumento do alojamento local, uma vez que estes insetos são capazes de atravessar um oceano escondidos na mala de um turista. São, aliás, das pragas mais difíceis de combater.

Que o diga Lourdes, que luta há meses para eliminar os percevejos que já a levaram a deitar fora o colchão da cama. “Vivo neste prédio há 20 anos e nunca vi nada do género”, afirma ao i.

Mas Lourdes tem uma explicação. De repente, das dez casas do prédio, quatro passaram a ser para alojamento local. “Foi este entra-e-sai de turistas que trouxe a praga para aqui”, admite.

Não pode fazer desinfestação por ter animais em casa, mas já tentou diferentes tipos de produtos e nenhum funcionou. “Mesmo as minhas vizinhas que fizeram desinfestação perceberam que são precisas várias até desaparecer de vez”, refere.

Sem solução à vista, escreveu para o Ministério da Saúde, que se descartou de responsabilidades numa resposta assinada pela delegada de saúde de Lisboa Central, Maria João Martins.

A responsabilidade será da administração do condomínio, mas a responsável garantiu, por escrito, que o caso seria dado a conhecer à ASAE, entidade fiscalizadora da exploração dos estabelecimentos de alojamento local.

De acordo com o Jornal I, a subdiretora da Direção-Geral de Saúde vai ao encontro desta posição pouco alarmista. Graça Freitas garante que, “apesar de serem um incómodo e um nojo”, os percevejos não representam um perigo para a saúde pública. “Pelo menos, não para já. Caso haja uma exposição de mais casos, os delegados de saúde farão a avaliação do risco para perceber que medidas é preciso tomar”, explica.

Malas de turistas:

Os alojamentos locais não chegam a ser uma praga, mas quase, tendo em conta a forma como se propagam pelo país.

Atualmente existem 47 200 registos de alojamentos locais em Portugal – número que não contempla os cerca de mil registos dos Açores e que possuem legislação própria –, 19% dos quais concentrados em Lisboa.

A casa de Lourdes fica na Penha de França, freguesia bem perto do centro de Lisboa e dos locais onde as empresas de desinfestação mais têm sido chamadas.

Não há dia em que a empresa BarataKill não receba um telefonema de um morador das zonas do Martim Moniz, Mouraria, Almirante Reis ou Bairro Alto. “E pensar que, até ao ano passado, era raríssimo recebermos pedidos relacionados com percevejos”, lembra ao i Vânia Augusto, funcionária da empresa, que já apelida esta situação como “a praga do ano”.

Para este trabalho bastam 40 minutos de pulverização nas áreas mais afetadas, mas Vânia adianta que é um serviço que nunca fica por menos de cem euros.

Também da Simacontrol, outra empresa de desinfestação com sede na capital, o feedback é que as pragas de percevejos se têm tornado mais comuns, apesar de ser um fenómeno que vem do ano passado e que os funcionários acreditam tenha crescido este ano, não tanto pelo aumento do alojamento local, mas sim pelo tempo quente e seco.

Em comum, as empresas contactadas pelo i têm o facto de, até há pouco tempo, receberem chamadas para este tipo de trabalho apenas de hotéis, restaurantes ou grandes empresas, aos quais se juntam agora casas particulares ou dedicadas ao alojamento local.

E como está mais que provado que os percevejos não têm fronteiras, tentámos perceber junto de empresas do Porto se estes insetos já chegaram ao norte.

Hélder Vilela, responsável pela Desipest, garante que este ano têm recebido mais chamadas referentes a pragas de pulgas e que as de percevejos continuam a ser praticamente exclusivas de hotéis ou grandes empresas. “Mas agora que fala, as três ou quatro vezes que fui chamado por particulares, todos referiram que tinham vindo de um período de férias em Lisboa”, refere. Hélder Vilela acrescenta que os alojamentos tinham sido feitos, nuns casos, em alojamento local, e noutros em hotéis de quatro estrelas. Prova de que o percevejo é um bicho democrático.

Marta Cerqueira / I

REGIÕES

PÓVOA DE VARZIM: LIPOR ABRE NOVO EQUIPAMENTO PARA COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS VERDES

A Lipor, empresa intermunicipal de tratamento de resíduos do Grande Porto, vai inaugurar na segunda-feira, na Póvoa de Varzim, um novo equipamento para a reciclagem de biorresíduos.

Online há

em

A Lipor, empresa intermunicipal de tratamento de resíduos do Grande Porto, vai inaugurar na segunda-feira, na Póvoa de Varzim, um novo equipamento para a reciclagem de biorresíduos.

A infraestrutura, localizada na freguesia de Laúndos, servirá como um parque de compostagem de resíduos verdes, provenientes da recolha seletiva, que serão transformados numa espécie de adubo que pode ser utilizado como corretivo agrícola.

O equipamento, que representa um investimento de cerca de dois milhões de euros, apoiado por fundos comunitários, insere-se na estratégia de valorização orgânica de biorresíduos, recolhidos seletivamente, e pretende contribuir para o cumprir da meta de preparação para reutilização e reciclagem, que em 2030 terá de atingir 60% do total de resíduos produzidos.

“Este tipo de infraestrutura já existe muito em França e nos Países Baixos, mas será a primeira de algumas que a Lipor pretende construir. Neste momento, a fábrica, em Ermesinde [Valongo], não consegue valorizar estes resíduos verdes, e com este parque estamos a contribuir para a melhoria do ambiente”, explicou Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim.

O autarca e também administrador da Lipor explicou que o parque vai aceitar, por exemplo, resíduos de jardins e outros materiais orgânicos, e que, através de um processo de compostagem, vai transformá-los em adubos que serão distribuídos gratuitamente à população.

“A recolha dos resíduos será feita através dos sacos que já existem para a recolha seletiva na cidade, ou, caso se tratem de profissionais, podem ser depositados no local. Depois de tratados, esses resíduos dão lugar a um adubo que qualquer um pode levantar, gratuitamente, para aplicar nos seus jardins”, explicou Aires Pereira.

O Parque de Compostagem de Resíduos Verdes de Laúndos terá uma capacidade estimada de 8.000 toneladas por ano de resíduos verdes provenientes de recolha seletiva dos municípios da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, prevendo-se a produção de mais de 2.000 tonelada por ano de composto.

LER MAIS

REGIÕES

ALTO MINHO: EMPRESÁRIOS CONGRATULAM-SE COM FIM DE PORTAGENS NA A28

A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratulou-se esta sexta-feira com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS que prevê a eliminação de portagens na autoestrada A28, entre pórticos de Viana do Castelo e Esposende.

Online há

em

A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratulou-se esta sexta-feira com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS que prevê a eliminação de portagens na autoestrada A28, entre pórticos de Viana do Castelo e Esposende.

A proposta do PS, aprovada na quinta-feira, pretende acabar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

A proposta foi aprovada com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.

A proposta aprovada, na quinta-feira, na generalidade – que de acordo com os socialistas tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros – entrará em vigor em 1 de janeiro de 2025, segundo o projeto de lei do PS.

Esta sexta-feira, em comunicado, a CEVAL, que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo que empregam mais de 19.000 trabalhadores, sublinha que a decisão “cumpre um velho anseio de transformar o Alto Minho mais competitivo”.

“Fez-se justiça para com o Alto Minho, pois sempre nos mostrámos contra a existência de pórtico junto à zona industrial do Neiva, em Viana do Castelo. Sempre quisemos a eliminação do pórtico para nunca empurrar o problema para o concelho vizinho de Esposende e, depois de tanta luta, finalmente houve uma aprovação que, assim que se concretizar, virá impulsionar o desenvolvimento reforçando a competitividade deste território”, defende o presidente da CEVAL, Luís Ceia, citado na nota.

Segundo a CEVAL, “o Alto Minho perdeu capacidade competitiva com a introdução de portagens nesta ex-SCUT (vias sem custo para o utilizador), em 2011, que obrigou as empresas e empresários a reinventarem-se em busca de soluções para fazer face às dificuldades”.

“Os constrangimentos causados pela existência do pórtico do Neiva sempre foram muitos, condicionando a mobilidade de quem diariamente precisa circular na A28 e, obrigando as empresas a maiores despesas de deslocação, uma vez que esta é uma via de comunicação essencial para Viana do Castelo, sem que existam outras vias capazes de facilitar as deslocações rodoviárias”.

A CEVAL espera que “a medida possa ser aplicada o quanto antes para que seja reposta a justiça que este território merece”.

Desde a implementação da cobrança de portagens, a luta pela sua eliminação tem mobilizado movimentos cívicos e partidos políticos, e resultou, em 2021, por proposta do PSD, na aplicação de um desconto de 50% no valor da taxa.

Em fevereiro de 2020, uma recomendação do BE ao Governo para a abolição do pagamento de portagens na Autoestrada 28 (A28), entre Viana do Castelo e o Porto, foi chumbada no parlamento, com os votos contra do PS.

PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberam abstiveram-se, enquanto BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira votaram a favor.

A eliminação ou relocalização do pórtico de Neiva da A28, outra batalha de empresários, autarquias e partidos políticos, ganhou forma de recomendação ao Governo, também em 2021, após a aprovação de um projeto de resolução do PSD.

Já antes, em 2017, a petição “Pela eliminação do pórtico de Neiva, pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque”, promovida pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), falhou o objetivo.

Situado junto à zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo, aquele pórtico tem sido considerado um entrave à atividade empresarial do distrito.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
Benecar - Cidade do Automóvel
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS