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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

HOSPITAIS DE COIMBRA QUEREM REDUZIR O RISCO DE AVC

A Unidade de Intervenção Cardiovascular do Hospital dos Covões, em Coimbra, pretende aumentar nos próximos anos o número de intervenções de encerramento do apêndice auricular esquerdo como solução para baixar o risco de acidentes cardiovasculares cerebrais (AVC).

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LUSA

A Unidade de Intervenção Cardiovascular do Hospital dos Covões, em Coimbra, pretende aumentar nos próximos anos o número de intervenções de encerramento do apêndice auricular esquerdo como solução para baixar o risco de acidentes cardiovasculares cerebrais (AVC).

“Estamos a falar de uma intervenção bastante sofisticada, que se integra na estratégica de promover a elevada diferenciação dos procedimentos e da oferta de tratamentos e diagnósticos aos doentes, e que tem sempre à frente a primazia da qualidade”, disse à agência Lusa Lino Gonçalves, diretor do serviço de cardiologia do Hospital dos Covões, unidade integrada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

O AVC é um problema de saúde pública “gravíssimo”, que é a primeira causa de incapacidade prolongada dos doentes em Portugal, sendo que mais de 20% dos casos “tem uma relação direta com a fibrilhação auricular”, explicaram os médicos Lino Gonçalves e Marco Costa.

“Uma parte substancial desses AVC tem origem cardioembólica, ou seja há um trombo que sai do coração e pode obstruir uma artéria no cérebro. Este cardioembolismo tem muito a ver com a fibrilhação auricular (arritmia), que afeta mais de 140.000 pessoas em Portugal (cerca de 2,5% da população com mais de 40 anos)”, precisou Marco Costa.

Segundo o cardiologista, esta arritmia é tratada com fármacos anticoagulantes, que são a “primeira escolha” para os doentes, embora, “infelizmente, tenham alguns problemas e contraindicações”, que impedem alguns doentes de beneficiar desta terapêutica.

Os doentes que não podem beneficiar dos fármacos anticoagulantes podem sujeitar-se à intervenção de encerramento do apêndice auricular esquerdo, onde, “de acordo com os estudos, 90% dos trombos podem ter origem”. “Se encerrarmos este apêndice auricular esquerdo, estamos a ajudar a que não se formem os trombos que podem causar um AVC”, frisou.

Este tipo de intervenção teve início há seis anos no Serviço de Cardiologia do Hospital dos Covões, quando estava a começar “em todo o mundo”, e, em setembro, atingiu o número 100.

O cardiologista Marco Costa salienta que os resultados hoje são francamente satisfatórios devido ao amadurecimento e simplificação da técnica, que permite atualmente uma taxa de complicações “muitíssimo baixa e uma probabilidade de benefício do doente muitíssimo alta, nomeadamente quanto à redução dos AVC e complicações hemorrágicas”.

Mas o objetivo é aumentar o número de intervenções para 50 por ano, sublinhou o médico, que considera o número atual de intervenções “muito aquém”, quando o serviço tem capacidade de resposta para “fazer mais e melhor”. “Cinquenta intervenções por ano na zona Centro parece-nos que seria uma boa resposta para as necessidades”, perspetivou.

Associada à questão da diferenciação e da qualidade desta intervenção, o diretor do serviço de cardiologia B do Hospital dos Covões realçou também a internacionalização do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na abertura de dois centros em França e na Bélgica, “onde estão a ser utilizadas algumas técnicas usadas como rotina neste serviço, nomeadamente nesta área do encerramento dos apêndices do auricular esquerdo”.

Lino Gonçalves destacou ainda que aquela unidade é um dos quatro Centros de Referência Nacional em Intervenção Estrutural e, desde há vários anos, um centro de treino nacional e internacional, por onde já passaram cerca de três dezenas de médicos de vários países europeus.

“Face aos relevantes resultados obtidos, tendo como razão primeira o elevado empenho e saber de profissionais integrados numa equipa altamente motivada, reitero o firme apoio a esta área de intervenção”, realçou o presidente do conselho de administração do CHUC.

De acordo com Fernando Regateiro, “é com atividades diferenciadas e de qualidade como esta, que se constrói, no dia-a-dia, a confiança dos doentes e se garante o futuro sustentável do CHUC”.

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CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE MACHADO-JOSEPH

Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

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Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

A Universidade de Coimbra referiu que esta investigação abre caminho para o desenvolvimento de células que possam vir a ser usadas no tratamento desta doença neurodegenerativa que afeta, nomeadamente, os movimentos e a articulação verbal, e que tem grande incidência em Portugal.

A líder do estudo, Liliana Mendonça, explicou que a descoberta feita pela equipa de investigação demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que se pretendem tratar.

Isto irá traduzir-se numa maior aceitação do transplante, frisou a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB).

Consideradas muito versáteis, as células estaminais permitem dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph ainda não tem tratamento. O cerebelo é uma das regiões do cérebro mais afetadas, levando a extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso.

“Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, contou a investigadora.

A equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados ‘in vitro’, ou seja, fora de organismos vivos).

Segundo Liliana Mendonça, simultaneamente, os investigadores observaram que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia (células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções) e neurónios, o que significa que revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

“Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, alertou.

Este trabalho, que foi desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC, encontra-se a ser aprofundado.

Um dos objetivos é estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal.

A coordenadora da investigação avançou que os cientistas vão também desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células.

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IDENTIFICADAS CÉLULAS-CHAVE PARA PREVENIR A ATEROSCLEROSE NO SÍNDROME DA PROGÉRIA

Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

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Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

A síndrome de Progéria é uma doença genética extremamente rara que afeta 1 em 20 milhões de pessoas, e estima-se que afete cerca de 400 crianças em todo o mundo. A doença é caracterizada por induzir envelhecimento acelerado, aterosclerose grave e morte prematura em idade média de aproximadamente 15 anos.

Os resultados da nova investigação foram publicados esta segunda-feira no The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e participaram no estudo cientistas do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) do Instituto de Saúde Carlos III, do Centro de Investigação em Rede de Doenças Cardiovasculares, do Centro de Investigação Biológica Margarita Salas do Conselho Superior de Investigação Científica, da Universidade de Oviedo (todos em Espanha) e da Universidade Queen Mary de Londres (Reino Unido).

As doenças raras representam um grande problema social e de saúde, uma vez que se estima que existam perto de 7.000 e que afetem sete por cento da população mundial, recordou o CNIC, citado pela agência Efe.

Embora os pacientes com este síndrome normalmente não apresentem os fatores de risco cardiovasculares típicos (hipercolesterolemia, obesidade ou tabagismo), a sua principal causa de morte são as complicações da aterosclerose, como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca.

Atualmente não há cura para a progéria, observou o CNIC, e enfatizou a urgência do desenvolvimento de novas terapias que previnam a aterosclerose e outras alterações vasculares associadas à doença para aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

A causa genética da doença é uma mutação num gene (LMNA) que provoca a expressão da progerina, uma versão mutante da proteína nuclear “lamina A” que induz numerosos efeitos nocivos a nível celular e do organismo, explicou o CNIC, em comunicado.

Estudos recentes desta síndrome realizados em modelos animais mostraram que é possível corrigir esta mutação através da edição genética, e que a consequente eliminação da progerina e recuperação da expressão da “lâmina A” melhora as alterações características do doenças e prolonga a expectativa de vida.

Para otimizar a terapia genética para o potencial tratamento de pacientes com progéria, é importante identificar os tipos de células nos quais a deleção da progerina produz mais benefícios.

Para responder a esta questão, o laboratório do investigador Vicente Andrés (CNIC) gerou ratos com esta síndrome e os investigadores apontaram as células musculares lisas vasculares como um possível alvo terapêutico para combater a aterosclerose prematura na progéria.

No novo trabalho publicado pela PNAS e utilizando os mesmos tipos de ratos, os investigadores estudaram se a aterosclerose associada a esta síndrome pode ser evitada suprimindo a progerina e restaurando a “lâmina A” nas células “endoteliais” ou em células musculares lisas vasculares.

Os cientistas descobriram assim que a eliminação da progerina nas células endoteliais não trazia nenhum benefício, mas trazia quando era eliminada nas células musculares lisas vasculares.

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