REGIÕES
EM ÉVORA OS “QUARTOS PARA ESTUDANTES” CHEGAM AOS 375 EUROS
A presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE) alertou hoje para a diminuição do número de quartos para estudantes e aumento das rendas na cidade, em que os preços podem chegar a 375 euros/mês.
A presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE) alertou hoje para a diminuição do número de quartos para estudantes e aumento das rendas na cidade, em que os preços podem chegar a 375 euros/mês.
Os alunos e os pais procuram “muito aflitos” a associação académica, porque “não encontram quartos e nós também não temos uma solução”, afirmou a presidente da AAUE, Ana Rita Silva, em declarações à agência Lusa.
Segundo a dirigente estudantil, a AAUE, à semelhança de anos anteriores, elaborou uma bolsa de quartos disponíveis para estudantes, mas, este ano, teve “imensa dificuldades” e conseguiu uma “lista reduzida” de “16 casas ou nem chega a isso”.
“Noutros anos, tivemos bem mais do dobro”, notou, frisando que, a par da falta de quartos, “os preços também subiram”, com as rendas a poderem chegar a “375 euros” por mês, quando, no ano passado, “facilmente se arranjava entre 150 e 250 euros”.
Ana Rita Silva realçou que, tal como noutras cidades, os proprietários de Évora estão a “apostar no turismo” e a optar por transformar as suas casas em alojamento local, pedindo que “as câmaras ou o Governo” façam “alguma coisa”.
Também a reitora da Universidade de Évora (UÉ), Ana Costa Freitas, em declarações à Lusa, mostrou-se preocupada com a redução do número de quartos para estudantes e o aumento dos preços, garantindo que a academia está “em alerta” e a “tentar resolver” o problema.
Atualmente, “temos 550 camas” nas residências universitárias, mas “esperamos poder arranjar, nos próximos meses, mais 250 camas aproximadamente”, o que “já seria bastante bom”, indicou a reitora da academia alentejana.
Ana Costa Freitas adiantou que este aumento de camas vai resultar da construção de uma nova residência, adaptação de um edifício da academia em residência e da disponibilização de casas por parte da câmara e da Santa Casa da Misericórdia de Évora.
A nova residência vai ser construída num terreno situado próximo das piscinas municipais, fruto de uma parceria com um privado, e uma outra vai “nascer” da adaptação de um edifício da Rua das Alcaçarias, estando a UÉ a tentar obter financiamento para as obras, disse.
A reitora assinalou também que já foi assinado um protocolo com um hostel da cidade para disponibilizar quartos para estudantes a preços acessíveis e com recibo, estando em negociações um acordo com uma outra unidade de alojamento deste género.
A Universidade de Évora registou este ano um aumento de 2,5% de novos alunos colocados na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, face ao ano passado, acolhendo mais de mil novos estudantes.
Após a conclusão da 3.ª fase do concurso nacional de acesso e das restantes vias de ingresso no ensino superior, a academia estimou que o total de novos estudantes inscritos em licenciaturas, mestrados e doutoramentos seja “superior a dois mil”.
LUSA
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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