NACIONAL
CASO LUÍS GRILO: 2 MESES DEPOIS A PJ DESVENDOU O CRIME
Em conferência de imprensa realizada esta tarde, a Polícia Judiciária avançou que a morte de Luís Grilo terá ocorrido no dia 15 de julho, um dia antes de ter sido reportada às autoridades pela mulher, Rosa Grilo, entretanto detida em conjunto com outra pessoa que a polícia confirmou ser um oficial de justiça.
Em conferência de imprensa realizada esta tarde, a Polícia Judiciária avançou que a morte de Luís Grilo terá ocorrido no dia 15 de julho, um dia antes de ter sido reportada às autoridades pela mulher, Rosa Grilo, entretanto detida em conjunto com outra pessoa que a polícia confirmou ser um oficial de justiça.
O coordenador da diretoria de Lisboa da Polícia Judiciária, Paulo Rebelo, afirmou em conferência de imprensa que a motivação para o homicídio de Luís Grilo “apontam para motivações de natureza financeira e também sentimental”.
A mulher do triatleta encontra-se detida desde ontem e Paulo Rebelo confirmou que a outra pessoa detida, um homem, é oficial de justiça. Não confirmando a existência de uma relação sentimental entre os dois detidos, confirmou porém “uma relação próxima de duas pessoas que se conheciam há muitos anos”.
Na conferência de imprensa, foi também adiantado que os elementos recolhidos pela PJ apontam para que o crime tenha ocorrido a 15 julho, um dia antes de o desaparecimento ter sido reportado às autoridades pela mulher de Luís Grilo.
A morte foi provocado por uma arma de fogo de calibre 7.65 mm e teve lugar “muito presumivelmente” na casa de residência comum do casal.
O coordenador da diretoria de Lisboa da PJ adiantou também que o estado em que o corpo foi encontrado era explicado pelo objetivo de “dificultar a sua identificação e para evitar uma discrepância entre a história contada no dia 16 e o que aconteceu”.
“Encontramo-nos ainda a apurar quais as motivações que estiveram subjacentes à prática dos factos. Neste momento, apontam para motivações de natureza financeira e também de natureza sentimental”, confirmou ainda Paulo Rebelo.
Em relação à bicicleta que foi várias vezes mencionada, a polícia não encontrou “qualquer indício sobre o seu uso” nem sobre e o alegado treino que o atleta teria realizado.
Segundo Paulo Rebelo, a PJ realizou “um longo processo de mais de dois meses de recolha dos indícios de vária ordem, técnica, cientifica e outras índoles, para avançar com a certeza absoluta” de estar “no caminho certo”.
O diretor da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária foi questionado pelos jornalistas sobre episódios passados de violência doméstica entre o triatleta e a mulher e respondeu: “Nada temos que aponte nesse sentido”. No entanto, confirmou que se tratou de um incidente premeditado.
“Neste momento, podemos dizer que há fortes indícios nesse sentido (de premeditação). Houve muito mais do que um simples impulso”, declarou Paulo Rebelo.
Na quarta-feira à noite, a PJ deteve a mulher do triatleta, de 43 anos, e um homem, de 42, suspeitos do envolvimento no crime.
A mulher e o homem estão indiciados pela prática dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.
Os detidos serão presentes na sexta-feira a tribunal para primeiro interrogatório judicial.
NACIONAL
NÚMERO DE ANDORINHAS EM PORTUGAL CAIU 40% EM 20 ANOS
O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
Em comunicado, a SPEA afirma que, se nada mudar em breve, é preciso encontrar outro símbolo para a chegada da primavera.
E diz que também o cuco, o picanço-barreteiro e a rola-brava estão em declínio em Portugal, Espanha e na Europa em geral.
Os dados fazem parte do “Censo das Aves Comuns”, publicado hoje, que avaliou as tendências populacionais de 64 aves comuns em Portugal continental para o período 2004-2023. É feita também a comparação com o que se passa em Espanha e na Europa, quanto às mesmas aves.
“Em plena crise da biodiversidade, termos acesso a informação atualizada sobre o estado das nossas espécies de aves comuns é uma enorme mais-valia,” diz, citado no comunicado, Hany Alonso, técnico da SPEA e coordenador do Censo de Aves Comuns.
E acrescenta: “Ao olharmos para as aves comuns podemos compreender melhor o que se passa em nosso redor. Estas espécies vão ser as primeiras a dar-nos indicação de que alguma coisa não está bem”.
Segundo a SPEA, aves migradoras como as andorinhas têm sido afetadas pelas alterações climáticas, seja nos sinais que usam para iniciar a migração seja quanto à abundância de insetos para alimentar as crias.
A SPEA nota que, além das aves migradoras, também aves comuns nos meios agrícolas, como o pardal, o peneireiro e a milheirinha, estão em declínio nos últimos 20 anos, devido à “intensificação das práticas agrícolas”, que têm vindo a artificializar os campos, destruindo “os mosaicos tradicionais que permitiam que a biodiversidade florescesse”.
É preciso, acrescenta a SPEA, restaurar a natureza, implementar políticas que promovam práticas agrícolas sustentáveis, e fazer mudanças no ordenamento do território, no desenvolvimento energético, e nas avaliações de impacto.
NACIONAL
ELEIÇÕES EUROPEIAS: UM TERÇO NÃO VAI VOTAR POR FALTA DE INFORMAÇÃO
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
De acordo com um inquérito realizado entre 18 e 21 de março pela Euroconsumers, organização europeia de defesa do consumidor, e que abrangeu 1003 portugueses, 56% dos portugueses sentiam-se ainda mal informados sobre os programas eleitorais dos grupos políticos com assento no Parlamento Europeu.
Cerca de um terço dos inquiridos não pretende ir votar e justifica a ausência de informação disponível como um dos principais motivos, pode ler-se num comunicado divulgado nesta segunda-feira pela DECO PROteste, que faz parte desta entidade europeia.
“A decisão sobre o partido a votar é tomada com base na informação dos programas eleitorais (41%) ou seguindo a cor política que apoiam ao nível nacional”, apontam os resultados do inquérito realizado no âmbito das eleições ao PE.
As eleições para o PE decorrem entre 6 e 9 de junho nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).
Sobre a função e o modo de funcionamento da UE, apenas 24% dos portugueses mostram estar bem informados, face a 19% que revelaram um desconhecimento generalizado acerca da UE.
“As dúvidas mais marcantes relacionam-se com o modo como o número de deputados do PE é determinado e como são eleitos, a rotatividade entre países da presidência do Conselho Europeu e a forma de aprovação das diretivas”, destaca a Euroconsumers.
Entre os quatro países envolvidos no inquérito — Bélgica, Espanha, Itália e Portugal — os portugueses são os que avaliam mais positivamente a atuação da UE nos últimos cinco anos (39% em Portugal, face a 26% de média nos quatro países analisados).
Em especial elogiam a atuação durante a pandemia de Covid-19, cuja gestão 68% dos inquiridos portugueses consideram positiva, pode ler-se no comunicado.
“Em termos médios, nos quatro países, quando questionados sobre esta matéria em concreto, apenas 26% dos inquiridos avaliam positivamente a atividade global da UE nos últimos cinco anos, enquanto 34% a avaliam de forma negativa”, destaca a Euroconsumers.
Entre os aspetos mais criticados em Portugal sobre a atuação da UE estão a inflação e o custo de vida (73% avaliam negativamente em Portugal face a 65% em média nos quatro países), a imigração (52%; 63%), a guerra Israel/Palestina (45%; 53%) e a guerra na Ucrânia (36%;45%).
Já as maiores preocupações futuras dos inquiridos em Portugal, em que a confiança na UE é baixa, são a inflação e o aumento do custo de vida (71%, face a 64%, em média, do total dos 4 países), a guerra na Ucrânia (60%; 47%), uma possível nova guerra mundial (56%; 45%), o conflito entre Israel e a Palestina (51%; 40%) e as alterações climáticas (49%; 45%), sublinha a entidade europeia de defesa de consumidores na nota de imprensa.
O inquérito revela ainda que, sobre as ações que a UE tem vindo a tomar, os portugueses destacam como temas muito importantes a exigência que aquela tem feito às redes sociais para a proteção dos menores (80%), assim como medidas de cibersegurança mais restritivas que protegem os aparelhos conectados à Internet (76%).
“Os portugueses reconhecem a ação da UE em temas como as redes sociais, a abolição de taxas de roaming e a implementação de limites mais baixos nas emissões de Co2 pelos automóveis. No entanto, sentem que a informação é reduzida”, realça este organismo.
Já 83% dos portugueses (80% em média nos quatro países analisados) consideram que a UE deve ter sempre em conta o impacto das medidas que toma nas gerações futuras.
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