Ligue-se a nós

MAGAZINE

AVC HEMORRÁGICO: DESCONHECIDO MAS IGUALMENTE MORTAL

Dia Mundial do AVC assinala-se hoje, 29 de outubro, ocasião para conhecer o AVC Hemorrágico, que apesar de menos conhecido é igualmente mortal. Um artigo de opinião da Dra. Luísa Fonseca, Internista e Coordenadora do NEDVC.

Online há

em

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência médica que se carateriza pela súbita diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro, o que impede que este órgão receba o oxigénio e nutrientes necessários à sobrevivência das células cerebrais. Esta doença é atualmente a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal.

Existem dois tipos de AVC, o AVC isquémico provocado pelo bloqueio/obstrução de uma artéria, vulgarmente conhecido por “trombose”, e o AVC hemorrágico, provocado pela rutura do vaso, denominado “derrame cerebral”.

O AVC hemorrágico é menos frequente e representa cerca de 15% do total dos acidentes vasculares cerebrais, sendo, no entanto, potencialmente mais grave.

Ambos requerem uma resposta rápida assim que os sinais de alerta forem percecionados, uma vez que quanto maior for o tempo entre o início do AVC e a intervenção médica, maior é a probabilidade de surgirem lesões potencialmente irreversíveis no doente.

Entre os sintomas mais comuns está um conjunto de manifestações comumente conhecido pelos “3 F’s”. São eles: a face descaída, dando uma sensação de assimetria do rosto; a diminuição da força num braço ou numa perna (ou ambos), que pode ser acompanhada por uma sensação de desequilíbrio; e a dificuldade na fala, fala arrastada, dificuldade em ter qualquer tipo de conversação ou existência de discurso pouco compreensível e sem sentido. A alteração da visão, nomeadamente a diminuição abrupta de visão num ou em ambos os olhos, uma forte dor de cabeça ou dificuldade em coordenar ou movimentos, são também sintomas frequentes. Sempre que estes sinais surgirem, deve contactar o 112 e dirigir-se ao hospital mais próximo.

Ao contrário do AVC isquémico, em que o internamento em unidades diferenciadas e os tratamentos na fase aguda (nas primeiras horas após início de sintomas) contribuíram para a diminuição de mortalidade e do grau de dependência dos doentes, no AVC hemorrágico esse efeito não se conseguiu. Os tratamentos de fase aguda não são tão eficazes e estes doentes não têm muitas vezes acesso a cuidados específicos em unidades diferenciadas.

É no sentido de combater este paradigma que o Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna tem incentivado à investigação e formação na área. Para debater este e outros temas relacionados com prevenção, avaliação e tratamento dos doentes com doença vascular cerebral, diversos Internistas e outros profissionais de saúde irão reunir-se no 19º Congresso do NEDVC, que se realiza nos dias 23 e 24 de novembro, no Hotel Crowne Plaza, na cidade do Porto.

Para além da vertente científica, o NEDVC também se tem preocupado em sensibilizar a população para este problema, principalmente no que toca à prevenção. Mesmo que fatores de risco como a genética, a idade ou o género (o AVC é mais frequente nos homens) sejam incontornáveis, existem outras formas de reduzir exponencialmente o risco de sofrer um AVC, tais como controlar a pressão arterial, a glicemia e o colesterol, adotar uma alimentação saudável, pobre em gorduras e sal, praticar exercício físico regularmente, não fumar, nem consumir bebidas alcoólicas em excesso.

São estas pequenas ações que, certamente, farão a diferença na qualidade vida de cada indivíduo.


Sobre a SPMI:

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é uma associação científica, fundada em 1951. Tem como finalidade promover o desenvolvimento da Medicina Interna ao serviço da saúde da população portuguesa. Promove ainda a investigação e o estudo de problemas científicos, bem como a organização de atividades educacionais, no âmbito da formação contínua, dirigidas aos médicos e à população em geral, no campo da Medicina Interna. Para mais informações consulte https://www.spmi.pt/

Sobre o NEDVC:

O Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) centra a sua atuação na investigação, formação e consciencialização de profissionais de saúde e da população no âmbito da doença vascular cerebral. Este grupo é constituído por Internistas associados da SPMI.

Artigo de Opinião de Luísa Fonseca, Internista e Coordenadora do NEDVC

Na fotografia, Dra. Luísa Fonseca, Internista e Coordenadora do NEDVC.

 

MAGAZINE

HOMENS SÃO MAIS AFETADOS POR DOENÇAS QUE LEVAM À MORTE PREMATURA – ESTUDO

Um estudo hoje divulgado sugere diferenças substanciais entre homens e mulheres no que toca à saúde, com os homens a serem afetados por doenças que conduzem mais à morte prematura.

Online há

em

Um estudo hoje divulgado sugere diferenças substanciais entre homens e mulheres no que toca à saúde, com os homens a serem afetados por doenças que conduzem mais à morte prematura.

O estudo, divulgado na publicação médica The Lancet Public Health, baseou-se em dados globais de 2021 para comparar o número de anos de vida perdidos – devido a doença e a morte prematura – para 20 das principais causas de doença em homens e mulheres com mais de 10 anos.

A análise estima que o peso para 13 dessas 20 principais causas de doença, incluindo covid-19, lesões na estrada e problemas cardiovasculares e respiratórios, era em 2021 mais elevado em homens do que em mulheres.

Nos homens, a perda de saúde reflete-se sobretudo em patologias que levam mais à morte prematura, como cancro do pulmão, problemas cardíacos e doença renal crónica, segundo o estudo.

Por oposição, as mulheres, que tendem a viver mais tempo, são afetadas por doenças ou incapacidades que se arrastam ao longo da vida, como dor lombar, dor de cabeça, depressão, ansiedade, doença de Alzheimer e outras demências.

A análise feita exclui problemas de saúde específicos do sexo, como cancros da próstata e doenças ginecológicas, mas avalia as diferenças entre homens e mulheres afetados pelas mesmas patologias.

De acordo com os autores do trabalho, as diferenças entre homens e mulheres à escala global no que concerne à saúde foram consistentes desde 1990, excetuando para algumas doenças como a diabetes, cujo diferencial quase triplicou, atingindo mais os homens do que as mulheres.

“O desafio, agora, é conceber, aplicar e avaliar formas de prevenir e tratar as principais causas de morbilidade e mortalidade prematura, baseadas no sexo e no género, desde tenra idade e em diversas populações”, assinalou, citada em comunicado, uma das autoras do estudo, a epidemiologista brasileira Luísa Sorio Flor, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, Estados Unidos.

LER MAIS

MAGAZINE

ESTUDO REVELA ALTERAÇÕES CELULARES E MOLECULARES RESULTANTES DO DESPORTO

Um novo estudo realizado por cientistas norte-americanos confirma que a atividade física provoca inúmeras alterações celulares e moleculares nos órgãos com benefícios para a saúde. Os benefícios do exercício físico para a saúde já eram bem conhecidos, mas ainda não está totalmente compreendido como alteram o corpo em nível molecular.

Online há

em

Um novo estudo realizado por cientistas norte-americanos confirma que a atividade física provoca inúmeras alterações celulares e moleculares nos órgãos com benefícios para a saúde. Os benefícios do exercício físico para a saúde já eram bem conhecidos, mas ainda não está totalmente compreendido como alteram o corpo em nível molecular.

A nova pesquisa, publicada na revista Nature, foi realizada em ratos e foram estudados 19 órgãos. Os resultados demonstram que a resposta do corpo ao exercício prolongado é mais complexa e abrangente do que se pensava anteriormente. Segundo os autores, a atividade física prolongada nesses animais causou alterações profundas no RNA, nas proteínas e nos metabolitos de quase todos os tecidos, fornecendo pistas para muitas condições humanas.

Para chegar a estas conclusões, os cientistas utilizaram uma série de técnicas laboratoriais para analisar alterações moleculares em ratos submetidos a semanas de exercício intenso.

Os cientistas estudaram vários tecidos, como coração, cérebro e pulmões, e descobriram que cada um dos órgãos mudava com o exercício, ajudando o corpo a regular o sistema imunológico, a responder ao stress e a controlar vias relacionadas com doenças inflamatórias do fígado, doenças cardíacas e tecidos.

A investigação foi liderada pelo MoTrPAC (consórcio de transdutores de atividade física), e nela participaram cientistas do Instituto Broad – Instituto Tecnológico do Massachusetts e da Universidade de Harvard – bem como da Universidade de Stanford e dos institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos.

“Este é o primeiro mapa de um organismo inteiro que analisa os efeitos do treino em vários órgãos. Os recursos obtidos serão extremamente valiosos e já produziram muitas perspetivas biológicas potencialmente novas para exploração adicional”, enfatizou Steve Carr, do Broad.

De acordo com Natalie Clark, cientista computacional do Broad, “há uma variedade de experimentações diferentes nos mesmos tecidos e isso deu uma visão global de como todas essas diferentes camadas moleculares contribuem para a resposta ao exercício”.

No total, foram realizados quase 10 mil testes para fazer cerca de 15 milhões de medições em sangue e 18 tecidos sólidos, explicou, em comunicado, o Broad Institute. Os cientistas descobriram que o exercício afetou milhares de moléculas, com as mudanças mais extremas ocorrendo na glândula adrenal, que produz hormonas que regulam muitos processos importantes, como imunidade, metabolismo e pressão arterial.

A pesquisa permitiu observar diferenças por sexo em diversos órgãos, principalmente em relação à resposta imunológica. A maioria das moléculas de sinalização imunológica exclusivas das mulheres mostraram alterações nos seus níveis entre uma e duas semanas de treino, enquanto as dos homens mostraram diferenças entre quatro e oito semanas.

Para sua surpresa, os cientistas encontraram um aumento na acetilação de proteínas mitocondriais, envolvidas na produção de energia, e num sinal de fosforização que regula o armazenamento de energia, tanto no fígado como no organismo, que muda durante o exercício.

Essas modificações poderiam ajudar o fígado tornar-se menos gorduroso e menos propenso a doenças através de exercícios, e poderiam oferecer um alvo para futuros tratamentos da doença hepática gordurosa não alcoólica.

“Embora o fígado não esteja diretamente envolvido no exercício, ele sofre modificações que poderiam melhorar a saúde. Ninguém imaginava que essas alterações de acetilação e fosforização ocorreriam após o treino”, afirmou Jean-Beltran, que resume: “O exercício é um processo muito complexo e isso é só a ponta do icebergue. Os autores, que disponibilizaram os dados a toda a comunidade científica, esperam que as suas descobertas possam um dia ser utilizadas para adaptar o exercício ao estado de saúde de cada pessoa ou para desenvolver tratamentos que imitem os efeitos da atividade física.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
Benecar - Cidade do Automóvel
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS