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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

O CARRO DO FUTURO

Chegou o carro do futuro, o carro que voa ! A FAA, Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, acaba de autorizar o início dos testes em espaço aéreo norte-americano do Terrafugia TF-X, o revolucionário carro voador que vai tornar realidade o mundo de ficção de Os Jetsons.

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A FAA, Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, acaba de autorizar o início dos testes em espaço aéreo norte-americano do Terrafugia TF-X, o revolucionário carro voador que vai tornar realidade o mundo de ficção de Os Jetsons.

Chama-se TF-X, e é a realização do sonho de todos os que há décadas imaginam um mundo em que a viagem pelo ar é um meio de transporte pessoal.

Foi desenvolvido pela Terrafugia, empresa fundada por Carl Dietrich, Samuel Schweighart, Alex Min e Anna Mracek Dietrich, engenheiros aero-espaciais do departamento de Aeronáutica do MiT –Massachusetts Institute of Techonology.

Tem capacidade para transportar até quatro pessoas, dois motores híbridos de 600CV, não precisa de pista para levantar voo, e quando recolhe as asas cabe numa garagem normal.

O Terrafugia TF-X ainda está na fase inicial de desenvolvimento, e só deve chegar aos stands dentro de 8 anos, com um preço “semelhante ao de um carro de luxo”, mas a autorização da FAA para o início dos testes é o primeiro dia do resto da história do carro voador.

“Este é um passo muito importante no desenvolvimento do programa TF-X e estamos muito excitados por poder dá-lo”, diz à R&D Magazine o porta-voz da Terrafugia, Dagny Dukach.

Os testes vão realizar-se para já com um protótipo não tripulado, a uma escala 1/10 do automóvel real, que será muito mais do que apenas mais um drone no céu.

O modelo de testes irá voar a mais de 120 metros de altura, a velocidades que poderão atingir os 160 km/h.

A versão final do TF-X deve ser ainda mais rápida, com velocidades até 320 km/h e uma autonomia de 850 km de distância num só voo.

O carro voador mudará o conceito de transporte pessoal no futuro, e pode tornar-se uma opção para pequenas viagens e deslocações regulares, principalmente em países onde a infra-estrutura rodoviária não seja boa.

Mas, depois de recentemente a Toyota ter registado patentes para o seu projecto de carro voador, e de em outubro do ano passado ter sido apresentado o AeroMobil 3.0, o sonho do carro voador parece cada vez mais perto de deixar de ser um sonho.

O vídeo promocional aqui:

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

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Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

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ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

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Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

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