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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

USAR APPLE É SEGURO ?

Cuidado se usar o modo incógnito no Apple … afinal não é seguro ! O modo incógnito surgiu recentemente nos browser, como forma de manter secretas as páginas web que se visitam. Se muitos consideram este modo seguro e anónimo, a verdade é que ele não o é, pelo menos nos computadores da Apple. E a culpa não é da Google! Fica a saber mais aqui …

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Este problema veio agora a público com o relato de um utilizador que viu surgir uma imagem bem conhecida quando lançou o Diablo III no seu Mac. Em vez de ver surgir o normal ecrã do jogo, viu aparecer uma imagem de uma das páginas web que esteve a visitar antes, no modo incógnito do Chrome.

Esta é uma situação anormal, mas que Evan Andersen descobriu da pior maneira. Do que pôde entender o problema está associado aos Mac que estão equipados com as placas gráficas Nvidia e com a inexistência de uma limpeza da memória da GPU que é usada.

Qual a origem deste problema?

Ao deixar de ser necessária, esta memória é marcada como estando livre e entregue novamente ao sistema. Mas como não é limpa todos os elementos estão presentes na mesma, independentemente do que são. No caso do Diablo III, que também não limpou a memória disponibilizada, a imagem acabou por ser apresentada.

Para ver a extensão do problema e identificar de forma clara a sua origem, Evan Andersen conseguiu criar uma aplicação que avalia os conteúdos da memória livre e chegou a conseguir capturar imagens de páginas visitadas por outros utilizadores do seu Mac, área onde não era suposto ter acesso.

O que dizem os envolvidos neste problema?

Quando detectou o problema pela primeira vez, Evan Andersen reportou-o à Nvidia e à Google, mas ambas as empresas recusaram-se a resolvê-lo, apontando o problema para a Apple e para o seu sistema operativo.

Segundo a Nvidia, o seu driver está a funcionar como é suposto e é o OSX que não faz uma gestão correcta da memória. A Google respondeu também, garantindo que o modo incógnito não garante a privacidade dos utilizadores dentro da mesma máquina, mesmo sendo esta uma das ideias que transmite ao apresentar o modo incógnito.

Não parece que vá existir em breve uma solução para este problema. Ao fim de dois anos ainda se mantêm presente, mesmo com várias actualizações do OSX, dos drivers da Nvidia e do próprio Google Chrome. A verdade é que este modo seguro afinal não o é e a privacidade que proporciona pode na verdade ser nenhuma!

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MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

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Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

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ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

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Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

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