ECONOMIA & FINANÇAS
MERCADONA ABRE A PRIMEIRA LOJA E PREVÊ INVESTIR 100 MILHÕES
A espanhola Mercadona, que inaugura esta terça-feira o seu primeiro supermercado em Portugal, prevê investir 100 milhões de euros em território nacional este ano, segundo informação do grupo.
A espanhola Mercadona, que inaugura esta terça-feira o seu primeiro supermercado em Portugal, prevê investir 100 milhões de euros em território nacional este ano, segundo informação do grupo.
Numa visita preliminar à loja, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, o presidente da Mercadona, Juan Roig, adiantou ainda que em 2020 o grupo espera abrir mais dez lojas em Portugal, a juntar à dezena que será inaugurada este ano.
Desde 2016, a cadeia de supermercados espanhola investiu 160 milhões de euros e está a trabalhar para abrir lojas nos distritos do Porto, Braga e Aveiro.
“Esperamos alcançar 150 lojas” nos próximos anos, avançou Juan Roig, sem fornecer datas mais precisas.
Atualmente, a Mercadona, que iniciou o seu plano de expansão para Portugal em 2016, conta com 900 colaboradores no mercado nacional e estima chegar aos 1.100 até ao fim de 2019.
A nova loja recebeu um investimento direto de oito milhões de euros, sendo que o projeto completo em Canidelo, que envolveu permuta de terrenos e a construção de um campo de jogos custou 11,5 milhões de euros ao grupo espanhol, segundo fonte oficial da empresa.
O novo supermercado conta com 85 trabalhadores, sendo que o grupo investe 50 mil euros em cada funcionário, revelou a mesma fonte.
A Mercadona irá ainda ter perto de 50% de produtos com origem em Portugal, onde colabora com 300 fornecedores aos quais comprou 203 milhões de euros em produtos desde 2016, prevendo ainda adquirir 90 milhões de euros este ano.
Além da abertura de lojas, o montante que a Mercadona deverá aplicar em Portugal até ao final do ano contempla também um bloco logístico na Póvoa do Varzim, com 50 mil metros quadrados, e o desenvolvimento de um “centro de coinovação” previsto para Matosinhos.
Durante a cerimónia de hoje, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, referiu que mais oferta representa mais confiança para os consumidores e “oportunidades” para os fornecedores portugueses.
Este “investimento importante vai crescer e tem uma ambição grande, que significa confiança no país. Em Portugal os consumidores precisam de uma nova oferta”, salientou Siza Vieira.
A Mercadona tem 1.636 lojas em Espanha e uma faturação de 24,3 mil milhões de euros.
LUSA
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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