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INTERNACIONAL

AUSTRÁLIA ESTIMA TER RECEITAS DE 1,8 A 7,1 MIL ME DE EUROS DO GREATER SUNRISE

A Austrália estima ter uma receita de entre dois e oito mil milhões de dólares (1,8 a 7,1 mil milhões de euros) de receita da exploração dos campos de Greater Sunrise, no Mar de Timor.

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A Austrália estima ter uma receita de entre dois e oito mil milhões de dólares (1,8 a 7,1 mil milhões de euros) de receita da exploração dos campos de Greater Sunrise, no Mar de Timor.

A estimativa do Governo australiana faz parte da exposição de motivos das emendas legislativas que o Governo australiano apresentou no parlamento e que têm que ser aprovadas antes da ratificação, em agosto, do tratado permanente de fronteiras marítimas com Timor-Leste.

“O desenvolvimento dos campos do Greater Sunrise deverá render à Austrália uma receita estimada de 02 a 08 mil milhões ao longo da vida do projeto”, refere o documento.

“A receita depende dos termos do conceito de desenvolvimento a ser acordado entre a Austrália, Timor-Leste e o Consórcio do Greater Sunrise para o desenvolvimento dos campos do Greater Sunrise”, refere.

A Austrália nota que “o benefício financeiro exato para a Austrália dependerá de uma série de fatores, incluindo o conceito de desenvolvimento escolhido, a economia do projeto e os preços de mercado vigentes para petróleo e gás”.

“A implementação interna do Tratado beneficia a Austrália e proporciona segurança e estabilidade aos investidores no estabelecimento de uma base legal internacional para o desenvolvimento contínuo dos principais depósitos de petróleo e gás no Mar de Timor”, considera.

Camberra vai debater e, previsivelmente aprovar no parlamento, vários diplomas que alteram um pacote alargado de leis.

Em causa estão pelo menos três diplomas, o primeiro dos quais apresentado a 28 de novembro do ano passado, sobre “Alterações Relevantes em Consequência do Tratado das Fronteiras Marítimas do Mar de Timor”.

No passado dia 04 de julho foi apresentado uma segunda emenda, sobre movimento de passageiros, faltando ainda um terceiro referente a impostos e que está atualmente a ser negociado com as empresas afetadas, devendo ser apresentado no parlamento em breve.

Na exposição de motivos o Governo australiano recorda que o tratado, assinado a 06 de março, “delimita permanentemente a fronteira da plataforma continental e a fronteira da zona económica exclusiva entre a Austrália e Timor-Leste e permite o ajustamento futuro dos limites da plataforma continental lateral sujeitos a condições específicas”.

Uma das consequências do tratado é o estabelecimento do Regime Especial do Greater Sunrise na Área do Regime Especial, que prevê “o desenvolvimento conjunto, exploração e gestão de petróleo nos campos do Greater Sunrise para o benefício de ambos os Estados”.

A partir da entrada em vigor do Tratado — a previsão é que isso ocorra a 30 de agosto, quando se comemoram os 20 anos do referendo de independência — “Timor-Leste receberá toda a receita futura a montante proveniente das atividades petrolíferas no campo petrolífero de Kitan e nos campos de gás de Bayu-Undan.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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