REGIÕES
VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA DE VILA DE REI ACUSA ESTADO DE VOLTAR A FALHAR
O vice-presidente da Câmara de Vila de Rei, Paulo César, disse hoje que este concelho “está farto” de enfrentar chamas ano após ano e garantiu que o “Estado voltou a falhar” na prevenção do incêndio deste fim de semana.
O vice-presidente da Câmara de Vila de Rei, Paulo César, disse hoje que este concelho “está farto” de enfrentar chamas ano após ano e garantiu que o “Estado voltou a falhar” na prevenção do incêndio deste fim de semana.
“O concelho está farto, como diz o nosso presidente da Câmara [Ricardo Aires]. Está farto destes sucessivos incêndios com origem criminosa e está farto de ver o Estado voltar a falhar às populações”, referiu, em declarações à agência Lusa.
O incêndio que deflagrou no sábado em Vila Rei e que alastrou ao concelho vizinho de Mação está dominado em 90%, depois de uma noite de muito trabalho de várias centenas de operacionais e de meios de combate, acompanhados por habitantes que tentaram salvar as suas habitações.
Paulo César agradeceu e reconheceu o trabalho dos bombeiros e de outros voluntários que combatem as chamas, mas não escondeu a revolta com a situação.
O autarca denunciou que foram encontrados artefactos explosivos que podem estar na origem das chamas e considerou suspeito que tenham deflagrado praticamente ao mesmo tempo diversas frentes de incêndio em Vila do Rei e Sertã.
“O Estado falhou às populações. O país inteiro falhou. Nós falhámos”, referiu o autarca, que considerou que é preciso atuar com mais eficiência na prevenção dos incêndios e castigar exemplarmente os incendiários.
Paulo César destacou ainda a necessidade de reforçar os meios de combate no terreno e explicou que a existência de muitas frentes de fogo deixou desprotegidas as populações “de 30 ou 40 aldeias” de Vila de Rei e concelhos vizinhos.
O autarca referiu que ainda estão a ser apurados os prejuízos no seu concelho e lembrou que o fogo ainda não foi considerado extinto.
O incêndio de Vila de Rei e Mação é o único que continua por controlar e tem mobilizado várias centenas de operacionais e de meios de combate.
Um civil ficou ferido com gravidade neste incêndio e está internado no hospital de São José, em Lisboa. Há ainda nove feridos ligeiros e mais de duas dezenas de pessoas foram assistidas no terreno pelas equipas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
As chamas também já atingiram habitações, num número ainda não quantificado pelas autoridades, depois de durante a tarde de domingo as chamas terem ameaçado dezenas de aldeias, segundo autarcas.
RBF (MLL) // SSS
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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