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INTERNACIONAL

JUSTIÇA NORTE-AMERICANA VAI PEDIR PENA DE MORTE PARA ATIRADOR DE EL PASO

As autoridades do Texas anunciaram hoje que vão pedir pena de morte para o atirador que sábado abriu fogo num centro comercial em El Paso, causando 20 mortos e mais de duas dezenas de feridos.

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As autoridades do Texas anunciaram hoje que vão pedir pena de morte para o atirador que sábado abriu fogo num centro comercial em El Paso, causando 20 mortos e mais de duas dezenas de feridos.

“A pena máxima no Estado é a pena de morte e ele incorre na pena de morte. Vamos requerer a pena de morte”, disse o procurador de El Paso, Jaime Esparza.

O procurador, que falava em conferência de imprensa, adiantou que o caso está a ser tratado como “terrorismo doméstico” e “delito de ódio”.

Anteriormente, as autoridades norte-americanas tinham anunciado estar a investigar uma possível ligação do suspeito com um manifesto publicado ‘online’ criticando “a invasão hispânica do Texas”.

Um homem armado com uma espingarda disparou, no sábado, sobre uma multidão de cerca de 3.000 pessoas num centro comercial em El Paso, matando 20 pessoas e ferindo outras 26, segundo dados da polícia.

O suspeito foi identificado como sendo Patrick Crusius, um caucasiano de 21 anos.

Horas depois do tiroteio em El Paso, pelo menos 10 pessoas morreram e 16 ficaram feridas num segundo tiroteio, desta vez na cidade norte-americana de Dayton, no Estado de Ohio, de que resultou a morte do próprio atirador, entretanto identificado como Connor Betts, na casa dos 20 anos.

Na sequência dos tiroteios, o governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, exigiu ao Governo Federal que reforme a legislação sobre o controlo das armas de fogo.

“O nosso país está a ser atacado por dentro e continuar a ignorar o que está a acontecer à nossa volta só levará a mais matanças e tragédia”, afirmou Cuomo em comunicado.

“Lamento que vivam num país com um Governo que permite que isto aconteça sem fazer nada”, disse o governador, que no sábado tinha já criticado o Presidente Donald Trump pelo seu apoio à associação norte-americana de defesa das armas, a National Rifle Association.

Cuomo reiterou o apoio de Nova Iorque às leis de controlo de armas e manifestou-se contra a “intolerância e a retórica de ódio que alimenta estes ataques”.

Entretanto, Donald Trump deu hoje ordens para que as bandeiras nos edifícios oficiais sejam hasteadas a meio mastro até ao próximo dia 08 para homenagear as 29 vítimas dos dois tiroteios, anunciou a Casa Branca.

CFF // EL

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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