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PORTO: RUI MOREIRA DIZ QUE O PROBLEMA DA DROGA ESTÁ ‘POR TODO O LADO’

O presidente da Câmara do Porto admitiu hoje que o problema da droga não é exclusivo dos bairros na proximidade do Aleixo, mas está “por todo o lado”, reiterando estar disponível para apoiar a instalação das salas de consumo.

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O presidente da Câmara do Porto admitiu hoje que o problema da droga não é exclusivo dos bairros na proximidade do Aleixo, mas está “por todo o lado”, reiterando estar disponível para apoiar a instalação das salas de consumo.

“Hoje a situação na cidade é diferente. Não é na proximidade do Aleixo apenas. É no Viso, é em Ramalde do Meio, é em Francos, é no Cerco, é no Centro Histórico, é em todo o lado”, disse, reiterando a sua preocupação com a situação vivida na cidade.

O autarca, que falava no período antes da ordem do dia da reunião do executivo, onde colocou à disposição do Ministério da Administração Interna (MAI) o sistema de videovigilância de tráfego da cidade para questões de segurança ou investigação, como o combate ao tráfico de droga, disse que é hoje claro que a realidade da cidade mudou, estando agora deparada com o consumo e distribuição de ‘crack’ nos bairros sociais.

“Nós estamos absolutamente de acordo em tratar como doença, aquilo que é toxicodependência. (…) Mas, com todo o respeito, eu também estou preocupado com as outras pessoas”, sublinhou.

Moreira acrescenta que, no que respeita às salas de consumo, a autarquia já disse “estar disponível para pagar parte significativa do custo desse instrumento”, contudo, aponta “estar a investir centenas de milhares de euros”, para que depois “as pessoas possam estar cá fora, na amena cavaqueira, e consumir se lhe apetecer”.

“Se não fizermos nada, as portas das escolas são uma sala de consumo assistido ao ar livre, e eu não quero”, concluiu, respondendo ao vereador do PS Manuel Pizarro que disse discordar com a criminalização do consumo.

Hoje, a autarquia anunciou, aliás, a instalação de 110 novas câmaras de videovigilância que, “basta” o MAI querer, afirmou Moreira, podem ser utilizadas no combate à criminalidade organizada.

No total vão ser instaladas, nesta primeira fase, 40 câmaras novas, a que se somam outras 40 a implementar numa segunda fase, no valor de 210 mil euros, e mais 10 a instalar nos bairros de Pinheiro Torres e Pasteleira Nova em vias já existentes e em arruamentos novos.

De acordo com o Diretor Municipal de Mobilidade e Transportes, Manuel Paulo Teixeira, que fez uma apresentação deste sistema de videovigilância, a sua instalação deve estar concluída até ao final do ano, ficando apenas pendente a substituição de 68 câmaras e a instalação de outras 20, cujo concurso foi alvo de reclamação. As câmaras novas juntam-se às 136 já existentes.

Este sistema, garantiu aquele responsável aos jornalistas, pode vir a ser utilizado pelas forças de segurança que passariam, por exemplo, a ter agentes no Centro de Gestão Integrada, a quem caberia a identificação de possíveis crimes. Também aqui, assegurou, manter-se-ia, a política de não gravação de imagens.

No dia 04 de setembro, a Lusa noticiou que a Câmara do Porto e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte estavam a ultimar uma proposta de protocolo para a instalação de salas de consumo protegido no município, tendo sido já concluído um estudo sobre a situação atual.

Questionadas, nas últimas semanas, pela Lusa, sobre se a mesma foi ou não concluída e sobre o conteúdo desse mesmo protocolo, autarquia, ARS Norte e Ministério da Saúde não responderam até ao momento.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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