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ALMADA: MANIFESTAÇÃO CONTRA O FECHO DOS CTT NO MONTE DA CAPARICA

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Cerca de 60 pessoas protestaram hoje contra o fecho do único posto de correios no Monte de Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal, afirmando que vão “lutar até ao fim” para que permaneça na freguesia.

“Eu acho isto tudo muito mal feito porque faz muita falta ao povo. [O posto] sempre foi aqui, desde que me lembro, e agora onde é que o querem pôr? Nós não temos vida para pagar os transportes e ir para onde eles querem. Aqui é que faz falta, está no centro do povo. Aqui é que tem de continuar”, defendeu o morador António Roque, de 87 anos.

Naquele que é último dia de funcionamento do posto dos correios do Monte de Caparica, a população respondeu ao apelo da Junta de Freguesia da União de Freguesias da Caparica e Trafaria e reuniu-se para lutar contra o fecho daquele serviço, gritando: “queremos os correios”.

“Achamos que isto é uma injustiça porque é aqui que as pessoas idosas recebem o seu dinheirinho da pensão e, além disso, tem aqui uma influência muito grande porque esta freguesia tem 12 mil habitantes”, indicou Manuel Palmeira, de 73 anos.

Este é o único posto de correios no Monte de Caparica e está concessionado desde outubro de 2018 a Alexandra Rocha, que decidiu terminar a prestação de serviços a partir de hoje devido à falta de condições.

“Ao fim do sexto mês de contrato, eu quis logo rescindir […] pelo facto de que os valores que eu estava a receber de comissão não me eram sustentáveis, porque eu tenho que pagar a água e a luz do edifício, não consigo empregar ninguém por mais que queira. É impensável, estou a receber cerca de 650 a 700 euros por mês”, adiantou.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, os CTT esclareceram que o serviço iria encerrar “devido à rescisão contratual por parte do prestador, não estando relacionado com os CTT”.

Contudo, segundo a funcionária, a empresa não só não cumpriu com o aumento estipulado de 110 euros por mês, como também nunca respondeu à proposta de pagamento de uma comissão fixa de 300 euros.

“Em setembro dou a informação que vou rescindir pela segunda vez, pelo mesmo motivo, por falta de meios, falta de condições, falta de verbas que não estavam a ser suportáveis para pagar tudo e a resposta que dão é que oferecem os 300 euros com data a partir de outubro, mas eu digo que agora não quero”, explicou.

Segundo os CTT, a freguesia terá um novo parceiro, na Rua de Dentro, que estará aberto aos sábados, contudo, é uma opção que não agrada à população por motivos de segurança.

“É uma zona que temos muito medo. Quando os velhotes forem receber a reforma, podem assaltá-los. Já aqui [no posto do Monte de Caparica] a GNR tem que estar cá umas horas porque eles andam sempre a ver os velhotes a receber a reforma e já foram muitos assaltados, quanto mais agora naquele sítio que é muito escondido”, referiu Manuel Palmeira.

Também a moradora Iolanda Santos, de 43 anos, mencionou que “é complicado para quem não é daquela zona, ter que lá entrar”.

Para a população, a possibilidade de consultar o serviço postal em postos de freguesias próximas, como a Sobreda, também traz inconvenientes porque implica a utilização de transportes públicos.

“Aqui os transportes são muito debilitados e fracos. Agora os velhotes têm os passes dos 20 euros e isso foi muito bom, mas de qualquer forma alguns velhotes não têm mobilidade para ir para tão longe e sair dos carros com aquelas bengalas”, defendeu Manuel Palmeira.

Além disso, Iolanda Santos alertou que se se tiver de ir buscar uma carta registada a outra freguesia “o custo vai aumentar muito”.

Foi por todos estes motivos que a Junta de Freguesia da União das Freguesias da Caparica e Trafaria convocou hoje esta concentração, afirmando que vão “usar todos os meios para impedir que isto aconteça”.

“Esta luta vem desde 2013 quando começou a privatização dos CTT e nós sempre fomos exigindo, mantendo-nos firmes nesta posição de que queremos que o posto volte a funcionar aqui”, sublinhou a presidente da junta de freguesia, Teresa Coelho (CDU).

Na semana passada, a União de Freguesias da Caparica e Trafaria lançou uma petição contra o encerramento do posto, a qual já conta com as “assinatura suficientes para ser entregue à comissão parlamentar”, no entanto, vão prosseguir com o objetivo de chegar às 4.000 “para ser discutida em plenário”.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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MATOSINHOS: ESCOLA GONÇALVES ZARCO EVACUADA DEVIDO A QUEDA DE ÁRVORE

A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.

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A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.

Em declarações à Lusa, fonte das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP do Porto disse que uma árvore caiu sobre a vedação daquela escola e provocou danos em viaturas estacionadas.

Segundo a fonte, não há vítimas, mas, uma vez que a escola é rodeada por árvores, foi decidido evacuar o estabelecimento de ensino como medida de precaução.

Ainda em Matosinhos, cerca das 08:20, uma árvore caiu sobre a linha do metro, junto à estação de Pedro Hispano, obrigando à interrupção da circulação até cerca das 08:40.

Neste concelho, há ainda a registar inundações, nomeadamente da via pública, e a queda de telhas sobre viaturas estacionadas.

No concelho do Porto, além de inundações, registou-se a queda de um telhado, na rua Silva Porto, na freguesia da Paranhos, que obrigou ao corte da via durante os trabalhos de remoção.

Neste caso, registaram-se também danos numa viatura estacionada.

A circulação na Linha ferroviária de Guimarães, entre as estações de Santo Tirso e Guimarães, encontra-se suspensa devido à queda de uma árvore, divulgou a empresa de transporte.

Numa nota na sua página oficial do Facebook, publicada pelas 09:30, a CP — Comboios de Portugal alerta para a situação ocorrida, sem dar mais pormenores.

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