ECONOMIA & FINANÇAS
PENSIONISTAS CONSIDERAM ‘INDIGNOS’ AUMENTOS PARA 2020
A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!) considera “indigno” aumentos de pensões “de dois ou três euros mensais” e exige que a atualização das pensões em 2020 seja feita pelos mesmos padrões a aplicar aos trabalhadores.
A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!) considera “indigno” aumentos de pensões “de dois ou três euros mensais” e exige que a atualização das pensões em 2020 seja feita pelos mesmos padrões a aplicar aos trabalhadores.
Numa reação ao valor provisório da taxa de inflação em novembro, conhecido na passada sexta-feira, a Apre! refere que os indicadores “apontam para aumentos irrisórios das reformas até aos €877”, em 2020.
“Em Portugal, onde mais de um milhão de pensionistas recebem uma pensão abaixo do limiar da pobreza, é indigno que se proceda a aumentos de dois ou três euros mensais”, referiu este domingo a associação, em comunicado. Para a Apre! é “indigno e atentatório dos direitos humanos” que se aceitem “aumentos tão insignificantes para as pessoas de tão baixos recursos”.
A associação afirma que “pugnará por aumentos significativos para os aposentados, pensionistas e reformados, pelo menos, segundo os mesmos padrões a aplicar para os trabalhadores no ativo para 2020”. Recorde-se que em 2020 o salário mínimo nacional terá uma aumento de cerca de 5,5%, avançando dos atuais €600 para os €635 já a partir de janeiro.
A maioria das pensões vai aumentar apenas 0,7% em janeiro de 2020, menos de metade da subida deste ano, segundo cálculos com base na estimativa rápida dos valores da inflação de novembro publicados na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
A inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, referente a novembro foi estimada em 0,24%, o que permite definir a atualização automática das pensões no próximo ano, em conjunto com a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos.
Assim, as pensões até dois Indexantes de Apoios Sociais (IAS), ou seja, até aos €877,6 brutos, no qual se inclui a maioria dos pensionistas, aumentam 0,7%. Em 2019 o aumento foi de 1,6% para estes pensionistas. Por sua vez, as pensões entre duas e seis vezes o valor do IAS (€877,6 e €2.632,8 brutos) serão atualizadas em 0,2% (o valor da inflação média dos últimos 12 meses, excluindo a habitação, arredondado a uma casa decimal). As pensões superiores a seis vezes o IAS e até €5.265,6 (12 IAS) não serão alvo de alteração, porque a fórmula de atualização determina que ao valor da inflação são retirados 0,25 pontos percentuais. Acima dos 12 IAS também não haverá qualquer aumento.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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