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VILA REAL: A DOCE TRADIÇÃO DE ‘DAR O PITO’ MARCA FESTAS DE SANTA LUZIA

A tradição do pito, que se cumpre hoje em Vila Real, representa um negócio extra para as mulheres que vendem o doce típico de massa e abóbora e atrai muitos populares ao recinto da capela de Santa Luzia.

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A tradição do pito, que se cumpre hoje em Vila Real, representa um negócio extra para as mulheres que vendem o doce típico de massa e abóbora e atrai muitos populares ao recinto da capela de Santa Luzia.

Uma tarja onde se lê: “Aqui nasceu a tradição pitos de Santa Luzia” chama a atenção para a rua que sobe à capela, na localidade de Vila Nova, numa das entradas da cidade de Vila Real.

Lá em cima, algumas mulheres ocupam stands com bancadas recheadas deste doce típico que protagoniza uma tradição popular que se repete todos os anos: a rapariga oferece hoje o pito ao rapaz que, em fevereiro, retribui com a gancha.

E nem a chuva ou o frio afasta os clientes, muitos homens e mulheres.

“Estou aqui a vender o pito. Já há mais de 40 anos que venho aqui”, afirmou à agência Lusa Augusta Silva, 70 anos.

Contou que aprendeu a receita com a sogra. “Fazíamos a meias, eu dava o trabalho e ela dava os ingredientes e esticávamos a farinha com uma garrafa de vidro, pois não tínhamos rolo na altura”, referiu.

Para o dia de Santa Luzia, Augusta Silva fez à volta de 1.000 pitos. Hoje é o dia principal, mas já na quinta-feira “saíram mais de 20 dúzias de casa”.

“Estou aqui pela tradição. Este ano já não era para fazer, mas o bichinho anda cá”, salientou.

Um dos clientes de Augusta foi Albino Guicho, 60 anos, que disse que todos os anos vem visitar a capela e buscar “os pitinhos” para a família e amigos.

“Ainda sou do tempo em que isto era uma festa enorme”, lembrou.

O pito, com recheio de doce de abóbora e cobertura de massa de farinha, tem o formato de uma espécie de penso antigo que se colocava na vista. Santa Luzia é a padroeira dos doentes com problemas de olhos.

Esta tradição começou por ser religiosa e acabou, com o passar do tempo, por ter um cariz popular e são mulheres e homens de todas as idades que aderem à brincadeira.

“Damos a esmola à santinha e compramos o pito. O pito é para o meu homem, tem de ser, e depois é ele que me dá a gancha no São Brás”, afirmou Piedade Brás, 67 anos.

Ao lado, o marido Manuel Ferreira, de 63 anos, disse, entre sorrisos, que gosta do doce.

Maria José Seixas, 42 anos, é cozinheira num restaurante e aproveita as horas livres para ganhar um dinheiro extra. Para estes dias fez à volta de “1.500 pitos”.

“Aproveito, no dia de Santa Luzia, faço sempre uns pitinhos e há já quase 20 anos que venho. Aprendi com os meus avós. A tradição era fazer-se todos os anos e, para não deixar cair a tradição, comecei a fazer também como eles”, referiu.

É “mais um extra” que Maria José faz, com “muito sacrifício, mas que vale a pena”.

Durante este mês recebe encomendas e aproveita as horas livres para cozinhar o doce, tudo de forma manual, desde o estender a massa, cortar e fazer o recheio com as abóboras da própria horta.

Festividades em Honra de Santa Luzia, em Vila Real.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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