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ARTE & CULTURA

MADONNA CANCELA CONCERTO DE HOJE EM LISBOA

A cantora Madonna cancelou mais um concerto em Lisboa, marcado para hoje, “devido a dores associadas a uma lesão”, anunciou a promotora Everything is New nas redes sociais.

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A cantora Madonna cancelou mais um concerto em Lisboa, marcado para hoje, “devido a dores associadas a uma lesão”, anunciou a promotora Everything is New nas redes sociais.

“Lamentamos informar que Madonna não poderá atuar esta noite devido a dores associadas a uma lesão. Assim sendo, o concerto Madame X marcado para esta noite, dia 22 de janeiro, no Coliseu de Lisboa está cancelado”, lê-se numa publicação na página oficial da promotora.

O oitavo e último concerto da cantora no Coliseu de Lisboa, agendado para quinta-feira, mantém-se, garante a empresa.

Madonna já tinha cancelado, no domingo, o concerto previsto para aquele dia por precisar de descansar. Na altura, na conta de Instagram da cantora, foi partilhado um pedido de desculpas pelo cancelamento e uma despedida “até terça-feira”.

“Muito obrigado mais uma vez, Lisboa! Desculpem por ter de cancelar hoje, mas tenho de ouvir o meu corpo e descansar!!”, indicava a mensagem.

De acordo com a Everything is New,o reembolso dos bilhetes do concerto de hoje “deverá ser solicitado no ponto de venda onde foram adquiridos, a partir do dia 24 de janeiro [sexta-feira] às 13:00”. Os bilhetes comprados online “receberão indicação de reembolso via e-mail”.

A digressão “Madame X” chegou à Europa no passado dia 12, com 37 concertos em Lisboa, Londres e Paris agendados até ao final de março, depois de ter passado por palcos nos Estados Unidos, onde houve problemas de produção no arranque e cancelamentos no final por lesão da cantora.

Além do jovem guitarrista português Gaspar Varela, bisneto de Celeste Rodrigues – fadista de quem a artista norte-americana é admiradora -, a digressão conta ainda com a trompetista portuguesa Jessica Pina, os percussionistas Carlos Mil-Homens e Miroca Paris e o grupo feminino cabo-verdiano Batukadeiras.

Tanto o novo álbum como esta digressão são assumidamente influenciados, criativamente, pela vivência de Madonna em Lisboa nos últimos anos, onde contactou com a cultura lusófona e latina.

Feito com a colaboração do produtor francês Mirwais, o álbum “Madame X” inclui colaborações com a cantora brasileira Anitta e o músico colombiano Maluma.

Nos concertos “Madame X”, que decorrem em salas mais pequenas e intimistas, Madonna desenhou um alinhamento que inclui alguns temas novos, como “God Control” e “I Rise”, mas também material antigo com “Express Yourself”, interpretado ‘a capella’, “American Life” e “Papa don’t preach”.

A primeira vez que Madonna atuou em Portugal foi em 2004, quando fechou em Lisboa a “Re-Invention Tour”. No ano seguinte atuou em Lisboa na cerimónia dos prémios europeus de música da MTV, tendo regressado à capital em 2008. Em 2012 atuou no Estádio Cidade de Coimbra.

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PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

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O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

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PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

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A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

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