NACIONAL
CORONAVÍRUS: DOIS MILITARES DA GNR INFETADOS E TRÊS SOB SUSPEITA
A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou hoje que tem dois militares infetados com o novo coronavírus, três com suspeitas de terem o vírus, 57 em quarentena e 77 em avaliação.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou hoje que tem dois militares infetados com o novo coronavírus, três com suspeitas de terem o vírus, 57 em quarentena e 77 em avaliação.
“Os militares da Guarda, com tranquilidade e serenidade, procurarão manter ininterruptamente a sua capacidade operacional, adaptando-se à nova realidade, e procurando ir ao encontro das necessidades dos portugueses. Infelizmente, e porque o vírus não escolhe profissões, idades ou géneros, contamos neste momento com dois militares infetados, três com suspeita de infeção, 57 em quarentena e 77 em avaliação”, refere aquela corporação, em comunicado.
A GNR indica que teve de “ajustar o seu funcionamento e as suas rotinas” nos últimos dias para manter uma capacidade de resposta às necessidades do país para fazer face à pandemia do Covid-19.
No que diz respeito à segurança e vigilância do país, a GNR avança que mais de 500 militares monitorizam movimentos e controlam fronteiras diariamente.
Segundo esta força de segurança, foi criado um reforço das cadeias logísticas em prol da autossuficiência do dispositivo operacional, bem como canalizadas todas as valências policiais no apoio à população, nomeadamente no suporte à primeira linha da saúde, na proteção de áreas e no apoio à população idosa, sobretudo a que vive sozinha e isolada.
A GNR sublinha que o Centro Clínico da GNR tem prestado “apoio diferenciado” aos militares no desempenho das suas tarefas policiais, designadamente no esclarecimento dos procedimentos a adotar no contacto com pessoas suspeitas de estarem infetadas com Covid-19, na distribuição de mais de 28 mil kits de equipamento de proteção individual, na criação de uma sala de situação que monitoriza e apoia, 24 horas por dia, os militares com sintomas de doença com o objetivo de “garantir, a todo o tempo, uma maximização do nível de operacionalidade do efetivo da Guarda”.
No âmbito operacional e além da resolução das várias ocorrências do dia-a-dia pelas patrulhas do dispositivo, os militares da GNR têm desenvolvido “uma série de ações, através das diferentes valências policiais e especialidades, no sentido de contribuir para a resolução dos problemas que o país e a sua população enfrentam, destacando-se a realização diária de mais de 1.800 patrulhas, nas quais têm sido percorridos uma média diária superior a 120.000 quilómetros”, refere o comunicado.
A GNR indica também que a Unidade de Controlo Costeiro tem garantido a vigilância de portos e de todos os pontos de entrada no país por via marítima, a Unidade de Ação Fiscal tem reforçado o controlo da fronteira terrestre, através de meios diferenciados, no que diz respeito a passagens não autorizadas e a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro tem apoiado o dispositivo territorial e de trânsito, na monitorização de movimentos e no controlo de fronteiras, bem como participado na garantia de cerca sanitária.
A GNR mantém ainda preparada a sua especialidade NRBQ (Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico) para proceder à descontaminação de materiais e espaços, sempre que lhe seja solicitado, assim como a Unidade de Intervenção está preposicionado com os seus meios para dar uma resposta à necessidade de uma imediata projeção e intervenção em qualquer ponto do país, seja para garantia da ordem pública, para efetuar escoltas de segurança ou proteção de pontos críticos.
Segundo o último boletim epidemiológico da DGS, Portugal tinha 785 casos confirmados de Covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
NACIONAL
ELEIÇÕES EUROPEIAS: UM TERÇO NÃO VAI VOTAR POR FALTA DE INFORMAÇÃO
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
De acordo com um inquérito realizado entre 18 e 21 de março pela Euroconsumers, organização europeia de defesa do consumidor, e que abrangeu 1003 portugueses, 56% dos portugueses sentiam-se ainda mal informados sobre os programas eleitorais dos grupos políticos com assento no Parlamento Europeu.
Cerca de um terço dos inquiridos não pretende ir votar e justifica a ausência de informação disponível como um dos principais motivos, pode ler-se num comunicado divulgado nesta segunda-feira pela DECO PROteste, que faz parte desta entidade europeia.
“A decisão sobre o partido a votar é tomada com base na informação dos programas eleitorais (41%) ou seguindo a cor política que apoiam ao nível nacional”, apontam os resultados do inquérito realizado no âmbito das eleições ao PE.
As eleições para o PE decorrem entre 6 e 9 de junho nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).
Sobre a função e o modo de funcionamento da UE, apenas 24% dos portugueses mostram estar bem informados, face a 19% que revelaram um desconhecimento generalizado acerca da UE.
“As dúvidas mais marcantes relacionam-se com o modo como o número de deputados do PE é determinado e como são eleitos, a rotatividade entre países da presidência do Conselho Europeu e a forma de aprovação das diretivas”, destaca a Euroconsumers.
Entre os quatro países envolvidos no inquérito — Bélgica, Espanha, Itália e Portugal — os portugueses são os que avaliam mais positivamente a atuação da UE nos últimos cinco anos (39% em Portugal, face a 26% de média nos quatro países analisados).
Em especial elogiam a atuação durante a pandemia de Covid-19, cuja gestão 68% dos inquiridos portugueses consideram positiva, pode ler-se no comunicado.
“Em termos médios, nos quatro países, quando questionados sobre esta matéria em concreto, apenas 26% dos inquiridos avaliam positivamente a atividade global da UE nos últimos cinco anos, enquanto 34% a avaliam de forma negativa”, destaca a Euroconsumers.
Entre os aspetos mais criticados em Portugal sobre a atuação da UE estão a inflação e o custo de vida (73% avaliam negativamente em Portugal face a 65% em média nos quatro países), a imigração (52%; 63%), a guerra Israel/Palestina (45%; 53%) e a guerra na Ucrânia (36%;45%).
Já as maiores preocupações futuras dos inquiridos em Portugal, em que a confiança na UE é baixa, são a inflação e o aumento do custo de vida (71%, face a 64%, em média, do total dos 4 países), a guerra na Ucrânia (60%; 47%), uma possível nova guerra mundial (56%; 45%), o conflito entre Israel e a Palestina (51%; 40%) e as alterações climáticas (49%; 45%), sublinha a entidade europeia de defesa de consumidores na nota de imprensa.
O inquérito revela ainda que, sobre as ações que a UE tem vindo a tomar, os portugueses destacam como temas muito importantes a exigência que aquela tem feito às redes sociais para a proteção dos menores (80%), assim como medidas de cibersegurança mais restritivas que protegem os aparelhos conectados à Internet (76%).
“Os portugueses reconhecem a ação da UE em temas como as redes sociais, a abolição de taxas de roaming e a implementação de limites mais baixos nas emissões de Co2 pelos automóveis. No entanto, sentem que a informação é reduzida”, realça este organismo.
Já 83% dos portugueses (80% em média nos quatro países analisados) consideram que a UE deve ter sempre em conta o impacto das medidas que toma nas gerações futuras.
NACIONAL
CASO EDP: MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE NOVE ANOS DE PRISÃO PARA MANUEL PINHO
O Ministério Público (MP) pediu hoje uma pena não inferior a nove anos de prisão para o ex-ministro da Economia Manuel Pinho no julgamento do caso EDP, no qual responde em tribunal por corrupção passiva, fraude e branqueamento.
O Ministério Público (MP) pediu hoje uma pena não inferior a nove anos de prisão para o ex-ministro da Economia Manuel Pinho no julgamento do caso EDP, no qual responde em tribunal por corrupção passiva, fraude e branqueamento.
“O que é relevante do nosso ponto de vista nestes crimes: a censura criminal. Não são crimes de impulso, são crimes ponderados. Neste caso é relevante uma pena que tem de garantir a censurabilidade e que o crime não compensa”, afirmou o procurador Rui Batista, no final das alegações finais no julgamento no Juízo Central Criminal de Lisboa.
Para o procurador, “uma pena final não inferior a nove anos de prisão será adequada à censura dos crimes”.
Para o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, o MP pediu seis a sete anos de pena de prisão efetiva, enquanto para a mulher do ex-governante, Alexandra Pinho, foi defendida a aplicação de uma pena de quatro anos, suspensa na execução.
Durante cerca de quatro horas, o magistrado do MP recuperou os argumentos da acusação e passou em revista a prova produzida ao longo de cerca de sete meses de julgamento, considerando ter ficado provada a existência de um “acordo corruptivo” entre Ricardo Salgado e Manuel Pinho para que este último atuasse em defesa dos interesses do Grupo Espírito Santo (GES) enquanto estivesse no exercício de funções públicas.
Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, está a ser julgado no caso EDP por corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal.
A sua mulher, Alexandra Pinho, responde por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido -, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.
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