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NACIONAL

NUMA SEMANA DISPARARAM AS QUEIXAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – CORONAVÍRUS

A linha telefónica e o e-mail para pedidos de ajuda em situação de violência doméstica receberam 40 contactos na última semana, desde a declaração de estado de emergência, adiantou o Governo, sublinhando que estes dados não incluem queixas à polícia.

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A linha telefónica e o e-mail para pedidos de ajuda em situação de violência doméstica receberam 40 contactos na última semana, desde a declaração de estado de emergência, adiantou o Governo, sublinhando que estes dados não incluem queixas à polícia.

Ficou hoje disponível um novo número para envio de ‘SMS’ a pedir ajuda em caso de violência doméstica, um novo instrumento de apoio que pretende “contornar limitações” da linha telefónica e do e-mail já existentes, como o facto de muitas mulheres não terem acesso a email ou um telefonema poder colocar as mulheres “numa situação de alguma vulnerabilidade” se viverem com o agressor e não tiverem liberdade para falar abertamente, disse à Lusa a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro.

Mas através destes canais habituais da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) já chegaram 40 pedidos de ajuda ou de informação desde 19 de março, adiantou a governante, sublinhando que no que diz respeito ao período abrangido pelo estado de emergência, decretado para fazer face à pandemia de covid-19, continua a aguardar os dados já pedidos ao Ministério da Administração Interna (MAI) sobre denúncias à PSP e GNR.

Rosa Monteiro, que disse ter ela própria recebido um pedido de ajuda que encaminhou para as entidades competentes, resultando na retirada de casa de uma mulher e da filha, disse também que será feito um acompanhamento semanal dos pedidos da CIG.

O novo número para envio de ‘SMS’, 3060, é “uma generosidade” da Fundação Vodafone, que respondeu numa semana a um pedido da secretária de Estado para montar mais esta plataforma de apoio às vítimas, mas a sua continuidade para além do período de emergência não está garantida, dependendo também do que venha a ser o recurso a este número.

O acesso à informação é neste momento uma preocupação, tendo sido montada uma rede de parcerias com farmácias, supermercados, postos de combustível, entre outros serviços, para distribuir informação e eventualmente prestar apoio, se necessário.

Sobre as estatísticas da violência doméstica hoje divulgadas referentes aos últimos meses de 2019, que revelam um aumento de denúncias face a 2018, Rosa Monteiro considerou que são o reflexo de “mais informação e do apelo à denúncia”.

“Este é um dado que vemos de forma positiva, ou seja, o que se pretende é que aumente o número de denúncias, significa que há maior confiança no sistema e maior capacidade de mobilização das próprias vítimas e de perceber que devem procurar ajuda”, disse.

Considerou também positivo o aumento das medidas de coação e também de vítimas com teleassistência, um dispositivo que funciona como “botão de pânico”, permitindo pedir ajuda remotamente.

Rosa Monteiro referiu ainda que abrem na próxima semana duas novas casas-abrigo criadas especificamente para dar resposta ao período de emergência que o país atravessa e que vão representar um acréscimo de 100 vagas na atual rede de acolhimento.

A secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade referiu que os dois edifícios “de grande capacidade” estiveram esta semana a ser preparados para o acolhimento em colaboração com os municípios onde se localizam e com organizações com experiência neste tipo de trabalho.

Até quarta-feira apenas restavam 20 vagas na rede existente e foi a perceção de que ela se poderia esgotar rapidamente que levou a avançar com o pedido para a criação de mais 100 vagas, adiantou Rosa Monteiro, explicando que os planos de contingência em vigor têm também um impacto na capacidade instalada.

“As instituições devem ter planos de contingência que incluem espaços de isolamento para quem chega de novo. Isso desde logo reduz o que era o número de vagas global, que eram cerca de 800”, disse, referindo que as mulheres fazem nas instituições o seu período de isolamento profilático e que está a ser coordenado com o Ministério da Saúde a possibilidade de serem realizados testes de despiste à covid-19 às vítimas à entrada para os abrigos.

“Estamos a solicitar apoio tecnológico para que as crianças possam manter as suas rotinas letivas e educativas. Todas as casas têm, mas estamos a reforçar”, adiantou ainda.

As forças policiais receberam em 2019 um total de 29.473 participações de crimes de violência doméstica, tendo o número de denúncias no último trimestre do ano passado crescido 11,5% face ao período homólogo de 2018.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados de covid-19 foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Até às 00:00 de hoje, estavam registadas 76 mortes e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos da doença provocada pelo novo coronavírus em relação a quinta-feira.

Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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