ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: COSTA PEDIU A BANCO DE PORTUGAL PARA ESTAR ATENTO AOS CRÉDITOS
O primeiro-ministro adiantou hoje ter pedido ao Banco de Portugal que “esteja atento” à utilização dos créditos com garantias de Estado, salientando que é o momento de a “banca retribuir” o “enorme esforço” dos portugueses.
O primeiro-ministro adiantou hoje ter pedido ao Banco de Portugal que “esteja atento” à utilização dos créditos com garantias de Estado, salientando que é o momento de a “banca retribuir” o “enorme esforço” dos portugueses.
Em entrevista ao programa “Você na Tv”, da TVI, António Costa afirmou que “a banca tem de ter mesmo uma função diferente daquela que habitualmente tem” e que este é “o momento de a banca retribuir ao país o enorme esforço que o país fez para recuperar a banca”.
“Eu acho que os bancos têm vindo a ser sensibilizados. Ainda nesta semana o senhor Presidente da República reuniu-se com os presidentes dos cinco maiores bancos para os procurar sensibilizar, eu próprio já pedi ao Banco de Portugal para que esteja atento, designadamente à forma como estão a ser utilizados estes créditos com garantias de Estado”, adiantou.
Na ótica do primeiro-ministro, “deve haver supervisão relativamente a isso”.
De acordo com o chefe de Governo, também o executivo tem estado atento às queixas que vai recebendo e “se estão a ser cumpridas as condições com base nas quais” foram concedidas as “garantias de Estado aos bancos”.
Durante a entrevista, conduzida por Manuel Luís Goucha mas que contou também com perguntas de telespetadores, António Costa disse a um emigrante que as moratórias dos créditos à habitação podem ser pedidas através da internet e que não lhe “consta que seja restrita a moratória a quem seja residente em Portugal.
“Não há nenhuma razão para que assim seja”, acrescentou.
O chefe de Governo disse também esperar que “a austeridade não entre na vida dos portugueses”, porque, “independentemente da terapia de há 10 anos, a doença é completamente diferente” agora.
“Temos um problema de saúde que atingiu a economia”, afirmou, considerando que a solução passa por “controlar a pandemia para não afetar a economia, e depois tratar a economia” para que “não afete as finanças do Estado”.
Questionado sobre os efeitos que já se fazem sentir, nomeadamente através de despedimentos e da redução do rendimento das famílias, o primeiro-ministro frisou que “é imoral haver despedimentos ilegais, como é ilegal especular o preço” de materiais como o álcool em gel ou das máscaras.
Portugal regista hoje 435 mortos associados à covid-19, mais 26 do que na quinta-feira, e 15.472 infetados (mais 1.516) indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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