A autarquia de Mirandela vai atribuir incentivos financeiros à criação de postos de trabalho permanentes no concelho. O programa chama-se “Emprego Já”, já tem o regulamento aprovado, e está à disposição dos empresários locais. Prevê a atribuição de mil euros por cada posto de trabalho criado, com um contrato mínimo de três anos.

Para este apoio financeiro, são elegíveis os desempregados inscritos no centro de emprego há pelo menos três meses consecutivos.

A verba será atribuída em duas tranches. Os primeiros 500 euros serão entregues no dia da assinatura do contrato e o restante, ao fim de um ano.

“Já há vários empresários interessados”, refere o presidente da Câmara António Branco, avançando que para este primeiro ano de arranque da iniciativa “o município disponibiliza uma verba de 50 mil euros”.

O autarca espera depois poder aumentar a dotação orçamental desta medida, considerada “um sinal positivo na promoção da criação de emprego”.

O “Emprego Já” prevê ainda uma majoração de 20% do valor do apoio financeiro, no caso de contratação de desempregados que se encontrem inscritos no IEFP, há pelo menos 12 meses consecutivos ou de jovens à procura do primeiro emprego, com idade inferior a 30 anos ou com idade igual ou superior a 55 anos.

Estas medidas fazem parte da estratégia delineada pelo Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedor (GAEE) que, “no ano de 2015, conseguiu, com vários programas e medidas promover o emprego de 64 pessoas”, realça o autarca.

A Iniciativa “Emprego Já” junta-se a outros mecanismos para a promoção da criação de emprego e dinamização económica, como é o caso do regulamento de incentivo ao comércio tradicional e do regulamento de apoio a iniciativas empresariais económicas de interesse municipal.

São medidas, como explica o presidente, António Branco para “revitalizar o comércio tradicional em áreas mais deficitárias, destinadas essencialmente a micro-empresas, e para combater os programas ocupacionais de desempregados com estímulos à contratação a longo prazo”.

A taxa de desemprego no concelho de Mirandela continua a ser das mais altas de Portugal, na ordem dos 13%, com mais de 2.100 desempregados inscritos no centro de emprego de um concelho com pouco mais de 23 mil habitantes.