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LUA DE JÚPITER PODE TER VIDA

A NASA (Agência Espacial Norte-Americana) já havia afirmado que Europa, uma das luas de Júpiter, era o lugar mais provável de ter vida fora da Terra. Agora, um estudo comprova que o balanço químico dos oceanos do satélite é muito parecido com o da Terra. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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LUA DE JÚPITER PODE TER VIDA

A NASA (Agência Espacial Norte-Americana) já havia afirmado que Europa, uma das luas de Júpiter, era o lugar mais provável de ter vida fora da Terra. Agora, um estudo comprova que o balanço químico dos oceanos do satélite é muito parecido com o da Terra.

A pesquisa mostra que é possível que exista hidrogénio e oxigénio suficientes para a formação de vida por lá, ainda que não exista actividade vulcânica na lua de Júpiter. Já era sabido que Europa tem outros elementos favoráveis à vida como dióxido de carbono, água oxigenada e enxofre.

«A Europa é encoberta por uma camada de gelo relativamente fina, possui um oceano [líquido sob o gelo] em contacto com rochas no fundo, é geologicamente activa e bombardeada por radiações que criam oxidantes e formam, ao se misturar com a água, uma energia ideal para a vida», afirmou Robert Pappalardo, cientista da NASA em 2013.

O estudo, publicado pela revista Geophysical Research Letters, descobriu que a produção de oxigénio tanto na Terra quanto em Europa é cerca de dez vezes maior do que a produção de hidrogénio.
Na Terra, os nossos oceanos produzem hidrogénio e calor quando a água salgada do mar penetra nas fissuras da crosta terrestre e reage com os minerais. O objectivo dos cientistas agora é saber se essa reacção também acontece no satélite de Júpiter.
Europa também possui fissuras na sua crosta e elas são cinco vezes maiores do que as da Terra: cerca de 25 quilómetros de profundidade.

A ESA (Agência Espacial Europeia) assinou um contrato de 350 milhões de euros com a Airbus Defence and Space para construir Juice, uma sonda que vai estudar Júpiter e as suas luas congeladas em 2020.
Segundo Elizabeth Robinson, chefe do sector financeiro da NASA, o ambiente com muita radiação que predomina em volta de Júpiter e a distância da Terra serão os grandes desafios para este projecto.

Quando a NASA enviou a sonda Galileu para Júpiter, em 1989, foram necessários seis anos para que a sonda chegasse ao quinto planeta do Sistema Solar. Outras sondas já passaram perto de Europa, especialmente a Galileu, mas nenhuma se concentrou especificamente na lua, que é uma das dezenas que orbitam Júpiter.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

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Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

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ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

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Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

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