NACIONAL
AGOSTO FOI O QUINTO MAIS QUENTE COM SECA A ATINGIR 97% DO PAÍS
O mês de agosto foi o quinto mais quente em Portugal continental desde 1931, tendo-se verificado duas ondas de calor e um aumento da situação de seca ao atingir 97% do território, revelou hoje o IPMA.

O mês de agosto foi o quinto mais quente em Portugal continental desde 1931, tendo-se verificado duas ondas de calor e um aumento da situação de seca ao atingir 97% do território, revelou hoje o IPMA.
O boletim climático do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que o mês de agosto em Portugal continental se classificou como extremamente quente em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação, tendo sido o quinto mais quente desde 1931, depois de 2003, 2018, 1949 e 2010.
Segundo o IPMA, durante o mês foram ultrapassados os máximos de agosto da temperatura máxima em 20 estações, tendo sido ultrapassados os máximos históricos em sete estações, e verificou-se a ocorrência de duas ondas de calor que abrangeu as regiões do Vale do Tejo, interior Norte e Centro e região Sul.
O boletim destaca os dias 06 e 07, 22 e 23 com valores muito elevados da temperatura máxima e mínima do ar, registando-se a 22 e 23, respetivamente, o quinto e sextos dias mais quentes dos últimos 15 anos em Portugal continental.
O IPMA indica também que, durante o mês de agosto, não ocorreu precipitação em grande parte do território, exceto na região do Minho, em particular nos dias 18 e 19, com valores diários superiores a 40 milímetros.
O documento salienta igualmente a diminuição dos valores de percentagem de água no solo em todo o território, sendo mais significativo nas regiões do Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
De acordo com o IPMA, estas regiões têm valores de percentagem de água no solo inferiores a 10%, sendo que em muitos locais “o teor de água no solo está ao nível do ponto de emurchecimento permanente”.
O boletim frisa igualmente que, no fim do mês de agosto, se verificou um aumento da intensidade da seca meteorológica em quase todo o território do continente, destacando-se os distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro com um aumento da área em seca extrema.
Segundo o documento, a 31 de agosto 97% do território estava em seca meteorológica, dos quais 46% nas classes de seca severa e extrema.
O IPMA dá ainda conta da situação meteorológica a nível global, referindo que “o mês de agosto de 2023 foi o mais quente já registado e o mais quente do que todos os outros meses, com exceção de julho de 2023”, tendo ocorrido ondas de calor em várias regiões do Hemisfério Norte, incluindo o sul da Europa, o sul dos Estados Unidos e o Japão.
“Verificaram-se temperaturas do ar acima da média climatológica na maior parte da Europa, desatacando-se o sul da Europa com ocorrência de ondas de calor em Portugal, França e Itália. Milão registou a sua temperatura média diária mais quente desde 1763. O calor no sul da Europa estendeu-se até ao Norte de África/Magrebe, com Marrocos a registar uma temperatura superior a 50.4°C pela primeira vez”, escreve o IPMA.
O documento refere que a Turquia, Europa Oriental e uma área sobre o Mar de Kara estiveram também com temperaturas muito acima da média, enquanto uma área centrada no sul da Escandinávia, incluindo os Países Baixos e o sul do Reino Unido, registou temperaturas próximas ou abaixo da média.
Em relação à precipitação na Europa, o IPMA indica que se verificaram condições mais húmidas do que a média numa grande parte da Europa Central e da Escandinávia, com ocorrência de chuvas fortes que levaram a inundações, mas, por outro lado, registaram-se condições mais secas que a média na Península Ibérica, no sul de França, na Islândia e em grande parte da Europa Oriental, incluindo o sul dos Balcãs.
O IPMA destaca ainda a ocorrência em agosto de incêndios florestais na França, Grécia, Itália e Portugal.

DESTAQUE
ESTUDO: 68% DOS JOVENS FORAM VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, concluiu que 68% dos adolescentes portugueses, entre os 12 e 18 anos, foram vítimas de comportamentos agressivos em contexto escolar.

Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, concluiu que 68% dos adolescentes portugueses, entre os 12 e 18 anos, foram vítimas de comportamentos agressivos em contexto escolar.
Os comportamentos de vitimação mais reportados foram em 92% dos casos de natureza psicológica (piadas agressivas, ignorar, culpar, mentir ou enganar), seguindo-se os de natureza física (pontapés, beliscar ou arranhar, ferir “a brincar”) com 82% e os de controlo (controlar ou proibir e ‘stalking’ [perseguir]) com 62%, referiu a UTAD, em comunicado enviado à Lusa.
Também se verificaram comportamentos associados ao ‘cyberbullying’ (assédio virtual) e de partilha de imagens íntimas sem consentimento (‘sexting’) com uma prevalência de 58%, sublinhou.
Embora a frequência seja inferior, o estudo demonstrou ainda que 35% dos adolescentes sofreram comportamentos tendencialmente mais graves (ameaças com objetos ou armas e lesões corporais graves) e 6% suportaram comportamentos de natureza sexual (relação forçada).
A investigação apurou ainda que 64% dos jovens assumiram já ter praticado algum ato violento para com um colega de escola.
“Os atos de agressão, quer sejam perpetrados ou recebidos, acontecem de uma forma transversal em todos os anos de escolaridade e em ambos os sexos. Estes dados foram recolhidos em 61 estabelecimentos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário”, afirmou o investigador da UTAD, Ricardo Barroso, citado na nota de informação.
Estes dados foram recolhidos entre 2018 e 2022, no âmbito do PREVINT, um programa de prevenção da violência interpessoal implementado em mais de uma centena de escolas, abrangendo cerca de 20.000 estudantes.
Dos 7.139 jovens inquiridos, de ambos os sexos e com idades entre os 12 e 18 anos, 68% (4.837) revelaram ter sido vítima de algum comportamento de agressão e 64% (4.634) assumiram já ter praticado algum ato violento para com um colega de escola.
“Verificámos que são dados que se mantêm constantes ao longo dos anos e, embora em termos sociais se valorize mais o facto de existir violência física, uma prevalência tão elevada de violência psicológica é algo que nos preocupa, uma vez que esta tende a estar na base do sofrimento psicológico elevado dos adolescentes. A existência de trabalhos de prevenção e de intervenção junto dos adolescentes é tão crucial como junto dos pais/tutores e dos profissionais que trabalham em contexto escolar”, adiantou o investigador da UTAD.
DESTAQUE
MARCELO NÃO COMENTA “EM CONCRETO” MAS LAMENTA GREVE NA RÁDIO TSF
O Presidente da República não quer comentar o “problema concreto” que levou à greve de quarta-feira na TSF, mas lamenta a situação desta rádio, salientando a importância da liberdade de imprensa para a democracia.

O Presidente da República não quer comentar o “problema concreto” que levou à greve de quarta-feira na TSF, mas lamenta a situação desta rádio, salientando a importância da liberdade de imprensa para a democracia.
“Afetivamente, soube disso e tive pena, porque eu colaborei com a TSF muitos anos e naturalmente tive pena, por ser uma referência importante na rádio portuguesa”, declarou o chefe de Estado, em resposta a perguntas dos jornalistas, em Nova Iorque.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava à entrada da missão permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas (ONU) ao fim do dia de quarta-feira em Nova Iorque, ressalvou: “Quanto ao problema concreto, isso não me pronuncio, não me devo pronunciar e não me vou pronunciar”.
“Agora quanto ao problema em geral, ouço até de chefes de Estado e chefes de Governo de outros países, sobretudo democráticos, obviamente, que as democracias são mais fracas quando a comunicação social está mais fraca”, acrescentou.
Questionado sobre a greve de 24 horas dos trabalhadores da TSF, o chefe de Estado começou por considerar que as dificuldades económicas e financeiras da comunicação social são “um problema universal grave e que também chega a Portugal”.
“Quando a comunicação social está mal económica e financeiramente, é difícil que esteja bem do ponto de vista de cumprir a sua missão, é mais difícil”, observou.
O Presidente da República defendeu que a liberdade de imprensa “é fundamental” e “tão importante em democracia, quando as democracias já são tão poucas, que vale a pena preservá-lo”.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que não muda de opinião sobre esta matéria “conforme seja titular de um órgão de soberania ou não”.
“Acho que a liberdade de informação que deve superar as queixas, os queixumes, os agravos, as sensibilidades que as pessoas possam ter. Nunca fui defensor que responsáveis políticos recorressem a meios jurisdicionais ou outros quando está em causa o exercício, goste-se ou não se goste, da liberdade de imprensa”, referiu, em seguida.
A greve dos trabalhadores da TSF foi em protesto contra a administração do grupo Global Media, que acusam de desrespeito por atraso no pagamento dos salários e meses sem resposta sobre ajustes salariais para fazer face à inflação.
Segundo o porta-voz dos trabalhadores da TSF, Filipe Santa-Bárbara, outro motivo para esta greve de 24 horas foi a destituição do anterior diretor de informação, Domingos de Andrade, sem explicações e a nomeação de Rui Gomes, sem cumprir a auscultação do Conselho de Redação.
A ligação de Marcelo Rebelo de Sousa à comunicação social vem dos seus tempos de juventude.
Esteve esteve na criação do Expresso, ainda antes do 25 de Abril, e na década de 1980, lançou outro jornal, o Semanário.
Antes de ter programas de comentário aos domingos na televisão, na TVI e na RTP,foi comentador na rádio e ganhou notoriedade com o programa Exame da TSF em que atribuía notas aos protagonistas em análise.
Enquanto Presidente da República, tem expressado preocupação com as dificuldades económica financeiras da comunicação social em Portugal, realçando a importância de um jornalismo livre e forte para a democracia.
Em janeiro de 2017, foi ao 4.º Congresso dos Jornalistas pedir-lhes que não desanimem e sejam “um anti-poder”.
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