REGIÕES
SETÚBAL: AUTARCA PEDE ‘LEI DA ROLHA’ SOBRE CASO DE REFUGIADOS UCRANIANOS
A Câmara de Setúbal foi hoje oficialmente informada do início das diligências para apurar eventuais falhas na receção de refugiados ucranianos, revelou o presidente do município, André Martins, apelando a que se evite falar do assunto publicamente.

A Câmara de Setúbal foi hoje oficialmente informada do início das diligências para apurar eventuais falhas na receção de refugiados ucranianos, revelou o presidente do município, André Martins, apelando a que se evite falar do assunto publicamente.
“Face à comunicação que já hoje recebemos […] entendemos que a partir deste momento, até à conclusão destas diligências, deveremos evitar voltar a comentar publicamente este assunto”, disse André Martins no início da sessão pública de câmara, que decorreu esta tarde.
A posição do presidente da Câmara de Setúbal foi anunciada na sequência da decisão do Governo de ordenar uma investigação ao município pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e uma sindicância a realizar pela Inspeção-Geral de Finanças, face às denúncias de alegadas irregularidades no acolhimento de refugiados ucranianos, que foram recebidos na autarquia sadina por cidadãos de origem russa.
Incrédulo com o repto do presidente do município, o vereador do PSD Fernando Negrão lembrou que o acolhimento de refugiados no município é uma matéria que vai ser objeto de uma ampla discussão pública, designadamente na Assembleia da República, e defendeu que a discussão também deve ser feita na Câmara Municipal de Setúbal.
Fernando Negrão deixou um conjunto de perguntas ao presidente do município sobre a associação de imigrantes que fez a receção de centenas de refugiados ucranianos, sobre o conhecimento que a autarquia tinha dessa associação, questionando também se a associação fotocopiou documentos e se estava ligada a entidades estrangeiras, designadamente à Rússia.
O autarca do PSD perguntou igualmente por que razão a atual maioria CDU não se apercebeu que “não fazia sentido cidadãos russos acolherem cidadãos ucranianos, em tempo de guerra entre os dois países”, mas não obteve respostas.
À margem da sessão pública de câmara, o vereador do PS Fernando José disse aos jornalistas que a receção aos refugiados ucranianos “é uma grande trapalhada”, mas reiterou que, por enquanto, não há motivos para exigir a demissão do presidente do município sadino.
“Neste momento, e não havendo processos concluídos, cabe ao presidente da autarquia responder se tem ou não tem condições para continuar neste momento”, disse o autarca socialista, que também remeteu uma reavaliação de todo o processo, por parte do PS, para depois de concluídas as investigações hoje anunciadas.
Confrontado com a possibilidade de os eleitos sociais-democratas em Setúbal renunciarem aos mandatos autárquicos, hipótese que está a ser ponderada, mas não terá a concordância do vereador Fernando Negrão, Fernando José admitiu que os eleitos socialistas ver-se-iam obrigados a seguir pelo mesmo caminho.
Caso todos os vereadores do PSD concretizassem a sua renúncia ao mandato, explicou, “aquilo que iria acontecer é que os vereadores do Partido Socialista iriam ficar sozinhos com os vereadores do PCP […] e haveria uma inversão dos resultados das últimas eleições autárquicas”, em que a CDU perdeu a maioria absoluta, e uma “falta de representatividade” do executivo camarário.
“Se essa situação se vier a concretizar, obviamente que os vereadores do PS, com a sua comissão política, se irão reunir, nas 24 horas seguintes, para tomar uma decisão que acho que é óbvia para todos os setubalenses”, salientou o autarca socialista.
O semanário Expresso noticiou na sexta-feira que ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin, que fotocopiaram documentos dos refugiados da guerra iniciada em 24 de fevereiro com a invasão militar russa da Ucrânia.
Segundo o jornal, pelo menos 160 refugiados ucranianos já teriam sido recebidos pelo russo Igor Khashin, membro da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo) e antigo presidente da Casa da Rússia e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e pela mulher, Yulia Khashin, funcionária do município.
Ainda de acordo com o Expresso, a Edintsvo foi subsidiada desde 2005 até março passado pela Câmara de Setúbal, e Igor Kashin e Yulia Khashin terão também questionado os refugiados sobre os familiares que ficaram na Ucrânia.

REGIÕES
MACEDO DE CAVALEIROS: ATAQUE DE TOURO CAUSA A MORTE DE UM IDOSO
Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.

Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.
De acordo com a fonte, o incidente ocorreu por volta da hora de almoço na exploração de animais de que a vítima era proprietária em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.
O idoso foi atacado por um touro e ficou gravemente ferido, tendo sido transferido para o hospital de Bragança, onde viria a morrer algumas horas depois, segundo ainda a fonte da corporação dos bombeiros voluntários de Macedo de Cavaleiros.
Além dos bombeiros, acorreram ao local também a equipa de emergência médica e o helicóptero do INEM, que transportou a vítima para Bragança.
REGIÕES
AFONSO HENRIQUES TERÁ ESTÁTUA EM ZAMORA (ESPANHA, PRÓXIMO DE BRAGANÇA)
Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.

Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.
“Afonso Henriques é uma figura emblemática que não só é reconhecido em Portugal, como muito acarinhada em Espanha, nomeadamente em Zamora onde ele próprio se foi armar cavaleiro, aos 14 anos. Por isso, nós e os espanhóis estamos umbilicalmente ligados por factos históricos do seu percurso e é isso que vamos celebrar”, explica Abel Cardoso, autor do projeto da estátua e vice-presidente da Grã Ordem Afonsina.
Em declarações à Lusa, revelou que o monumento, talhado pelo escultor vimaranense Dinis Ribeiro, pesa cerca de 15 toneladas e tem quase seis metros e meio de altura, sendo uma caracterização de Afonso Henriques com 14 anos, agarrado a uma espada, refletindo a sua investidura como cavaleiro, um momento histórico documentado.
“Será uma escultura que irá recrear o preciso momento que antecedeu o gesto da sua própria investidura como cavaleiro. Quando a sua tomada de consciência se torna absoluta e cuja profundidade terá contornos irreversíveis na história dessa nação preste a emergir, Portugal”, explica o autor do projeto.
Abel Cardoso anuncia uma estátua “quase do tamanho” do adolescente que segura a espada de guerra a duas mãos, “não só devido peso da peça em si, mas também como sinal de alguém que, por força indómita, antevê no reflexo desta longa lâmina o seu futuro e se prende a ele sem hesitação reclamando-o seu como por direito”.
“Uma figura do jovem infante, adolescente, mas esclarecido. De rosto miúdo, porém determinado que na cidade de Zamora, no Pentecostes de 1125, se prepara para ajoelhar como criança para posteriormente se erguer enquanto homem”, exalta.
A investidura de D. Afonso Henriques como cavaleiro é um facto histórico tradicionalmente assinalado na cidade espanhola no dia de Pentecostes de cada ano, com manifestações promovidas pelo Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora, uma associação que envolve mais 26 municípios limítrofes.
A ideia da estátua de Afonso Henriques foi partilhada pela Grã Ordem Afonsina com vários organismos espanhóis que “logo acolheram o projeto”, nomeadamente a Fundación Rei Afonso Henriques, o Cabido da Catedral de Zamora, a autarquia local e o Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora e Municípios Limítrofes.
“Esta iniciativa será um marco importante no desenvolvimento das relações de amizade e cooperação entre entidades e coletividades portuguesas e espanholas interessadas em aprofundar o conhecimento histórico sobre o primeiro Rei de Portugal, em especial aquelas que se situam em locais que foram palco dos principais factos históricos por ele protagonizados”, sublinha Abel Cardoso.
Além da estátua, que será “única de um monarca português em Espanha”, está prevista a celebração litúrgica na Catedral de Zamora, que poderá a vir a ter transmissão online, e uma peça de teatro de recriação histórica dedicada a Afonso Henriques.
“Pretendemos levar uma réplica da espada de D. Afonso Henriques, que faz parte do espólio do Museu Militar do Porto, para ser benzida durante a celebração”, acrescenta o responsável, que gostava de a ver novamente exposta em Guimarães.
Criada em Guimarães, o berço da nacionalidade, a Grã Ordem Afonsina foi constituída em 2019 “com o único propósito de estudo e divulgação do património material e imaterial de D. Afonso Henriques”, juntando atualmente cerca de 100 membros.
A estátua em Zamora “permite o culto a uma figura que outrora nos dividiu, mas que hoje pode ser entendido como elo fundamental de ligação entre portugueses e espanhóis”, concluiu.
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