REGIÕES
BRAGANÇA “DEBATE” ALTERAÇÕES NA DATA DA FEIRA DAS CANTARINHAS
A Câmara de Bragança lançou, na terça-feira, uma sondagem nas redes sociais para mudar a data da tradicional Feira das Cantarinhas, também conhecida como a Feira do 03 de maio, para o primeiro fim de semana do mês.
A Câmara de Bragança lançou, na terça-feira, uma sondagem nas redes sociais para mudar a data da tradicional Feira das Cantarinhas, também conhecida como a Feira do 03 de maio, para o primeiro fim de semana do mês.
“Mas quem se lembrou desta ideia?” é um dos comentários ao anúncio da autarquia, entre os quais há quem sugira ironicamente que se mude tudo, inclusive o Natal, mas também quem defenda a alteração para o fim de semana por haver maior disponibilidade por parte de eventuais visitantes.
A secular Feira das Cantarinhas decorre anualmente entre 01 e 03 de maio e é o mais antigo certame de Bragança, motivo de atração à cidade pelas típicas cântaras de barro e para os agricultores comprarem o renovo para semearem as novas colheitas.
A Câmara de Bragança publicou, na terça-feira, na página oficial da Internet e na rede social Facebook uma nota em que se dirige ao “senhor munícipe” a perguntar-lhe a opinião: “se, em vez de se realizar nos dias 01, 02 e 03 de maio, passe a realizar-se sempre no primeiro fim de semana de maio (sexta, sábado e domingo)?”
Num breve texto explicativo, é indicado que “o município de Bragança e a ACISB (Associação Comercial) pretendem dinamizar e potenciar a realização da Feira das Cantarinhas, que se realiza nos dias 01, 02 e 03 de maio, independentemente do dia de semana correspondente”.
Refere a nota municipal que a ideia é tornar a feira “mais atrativa e capaz de uma maior dinamização do comércio”.
Alega ainda a autarquia que “tem-se verificado que sempre que se realiza durante a semana (segunda a quinta-feira), o número de visitantes e munícipes que visita a Feira das Cantarinhas é menor do que quando se realiza de sexta a domingo”.
Nesse sentido, pergunta se em vez da data de sempre, o evento deve passar a realizar-se no primeiro fim de semana de maio.
Na página oficial do município na Internet, até às 10:00 de hoje, ganhava a proposta de mudança da data com o “sim” a obter 66,8% dos votos e o “Não” 33,3%.
Na página do município na rede social Facebook, há reações de “tristeza”, “fúria”, mas ganham claramente os “gostos” com os comentários a argumentarem em todos os sentidos.
“Quem se lembrou desta ideia?”, é a pergunta de Maria Amelia Gonçalves, enquanto outros como Paulo Gonçalves defendem que “mais importante que alterar os dias em que o evento se realiza seria a reestruturação do mesmo, há muitos anos que nada de novo oferece”.
Há quem concorde com alteração para o primeiro fim de semana de maio, como Carla Fernandes, para quem “além de facilitar a quem trabalha é também uma forma de dar a conhecer a nossa tradição, principalmente ao país vizinho que todos os fins de semana nos visitam”.
Os defensores da tradição, como Yolanda Pereira, argumentam que “se deve manter” nos dias 01, 02 e 03 de maio e alerta que “é por estas e por outras que este país está a ficar sem tradições nenhumas”.
Entre os comentários sobressaem os que contrariam a lógica da polémica com o humor, como Maria João Maia que sugere: “vamos mudar o Natal para o último fim de semana de Dezembro, dá mais jeito e já agora o Carnaval calhar a uma terça feira também é uma tradição muito fraca, devíamos mudar para a véspera de fim de semana!”.
REGIÕES
IPMA: REGIÃO NORTE EM ALERTA AMARELO DEVIDO À PREVISÃO DE NEVE
Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os avisos amarelos (terceiro mais grave de uma escala de quatro) para os oito distritos vigoram entre as 21h00 de hoje e as 09h00 de sábado, 27 de abril, segundo informou o IPMA.
O IPMA alerta para previsões de queda de neve acima dos 1.100 metros ou 1.200 metros, consoante o distrito, prevendo-se também acumulação de neve a variar entre os cinco centímetros e os 10 centímetros.
A acumulação de neve e a previsível formação de gelo levam o IPMA a avisar para os possíveis condicionamentos como estradas cortadas, danos em estruturas ou árvores e dificuldades de abastecimentos.
REGIÕES
AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)
O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.
O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.
Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.
Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.
O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.
Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.
Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.
Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.
Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.
“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.
O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.
Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.
No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.
Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.
Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.
Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.
“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.
Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.
“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.
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