INTERNACIONAL
BREXIT: 47 ANOS DEPOIS, O SONHO DE CHURCHILL ACABOU
O “casamento” de 47 anos entre o Reino Unido e a União Europeia chegou hoje ao fim e, para que o “divórcio” não seja inteiramente litigioso, segue-se um período de transição que vigorará até 31 de dezembro.
O “casamento” de 47 anos entre o Reino Unido e a União Europeia chegou hoje ao fim e, para que o “divórcio” não seja inteiramente litigioso, segue-se um período de transição que vigorará até 31 de dezembro.
Foi a 01 de janeiro de 1973 que o Reino Unido aderiu à então Comunidade Económica Europeia, mas num referendo realizado em junho de 2016, a maioria dos britânicos preferiu sair do bloco.
O período de transição começa a contar a partir de agora e vai até 31 de dezembro de 2020, durante o qual o Reino Unido continua a respeitar as normas europeias a fazer parte do mercado único europeu.
Designado oficialmente por Período de Implementação, mantém na prática o Reino Unido dentro do mercado único, estando obrigado a respeitar as regras europeias, mas sem estar representado nas instituições de Bruxelas nem participar nas decisões.
O objetivo é evitar uma mudança repentina, dando tempo a que empresas e cidadãos se adaptem.
As negociações, oficialmente, só deverão começar em março, e os termos ficaram definidos na declaração política que acompanha o Acordo de Saída negociado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje, num discurso para marcar a saída do Reino Unido da União Europeia, querer que este seja “o começo de uma nova era de cooperação” com a UE.
“Queremos que este seja o começo de uma nova era de cooperação amistosa entre a UE e um Reino Unido enérgico. Um Reino Unido que é simultaneamente uma grande potência europeia e verdadeiramente global no nosso alcance e ambições”, salientou.
Num discurso à nação, gravado antecipadamente, Boris Johnson quais passar a mensagem de que o país tem uma oportunidade única para se desenvolver termos económicos, mas também sociais.
“Quando olho para o potencial deste país esperando para ser soltado, sei que podemos transformar esta oportunidade num sucesso impressionante. E quaisquer que sejam os solavancos na estrada à frente, eu sei que teremos sucesso”, afirmou.
O Reino Unido sai formalmente da UE hoje às 23:00 horas (locais e GMT, meia-noite em Bruxelas), concluindo um processo que foi desencadeado pelo referendo de 2016, quando 52% dos eleitores britânicos votaram a favor do ‘Brexit’.
Para marcar a ocasião, foi projetada na parede exterior do edifício da residência oficial do primeiro-ministro, em Downing Street, uma instalação luminosa, incluindo um relógio em contagem decrescente até às 23:00 (locais e GMT, meia-noite em Bruxelas), a hora oficial da saída da UE.
Os edifícios governamentais na zona de Westminster também foram iluminados e bandeiras nacionais içadas em redor da Praça do Parlamento.
O dia também foi marcado pela entrada em circulação de uma edição especial de três milhões de moedas de 50 pence, com a inscrição “Paz, prosperidade e amizade com todas as nações”, e uma reunião do governo fora de Londres, em Sunderland, no norte da Inglaterra.
Consumada a saída da UE, segue-se o período de transição que começa a contar a partir deste sábado e vai até 31 de dezembro de 2020, durante o qual o Reino Unido continua a respeitar as normas europeias a fazer parte do mercado único europeu.
Designado oficialmente por Período de Implementação, mantém na prática o Reino Unido dentro do mercado único, estando obrigado a respeitar as regras europeias, mas sem estar representado nas instituições de Bruxelas nem participar nas decisões.
O objetivo é evitar uma mudança repentina, dando tempo a que empresas e cidadãos se adaptem.
As negociações, oficialmente, só deverão começar em março, e os termos ficaram definidos na declaração política que acompanha o Acordo de Saída negociado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.
INTERNACIONAL
POR TODO O MUNDO 20% DOS ALIMENTOS PRODUZIDOS SÃO DESPERDIÇADOS
O mundo desperdiçou cerca de um quinto dos alimentos produzidos globalmente em 2022, ou seja, 1.050 milhões de toneladas de comida, avançou hoje um relatório das Nações Unidas, referindo que 60% deste desperdício foi feito por famílias.
O mundo desperdiçou cerca de um quinto dos alimentos produzidos globalmente em 2022, ou seja, 1.050 milhões de toneladas de comida, avançou hoje um relatório das Nações Unidas, referindo que 60% deste desperdício foi feito por famílias.
De acordo com o Relatório do Índice de Desperdício Alimentar do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA), cada pessoa desperdiçou 79 quilos de alimentos naquele ano.
O número significa que, do total de alimentos desperdiçados, 60% (631 milhões de toneladas) provieram de famílias, enquanto 28% foram da responsabilidade de serviços alimentares e 12% do retalho, sublinhou o documento hoje divulgado.
“Num ano em que um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar, cada lar deitou fora o equivalente a mil milhões de refeições por dia, ou seja, 1,3 refeições diárias para pessoas afetadas pela fome no mundo”, apontou a análise.
O desperdício alimentar, alerta o PNUMA, gera entre 8% e 10% das emissões globais de gases com efeito de estufa, o que é quase cinco vezes mais do que as emissões totais do setor da aviação.
A situação continua a prejudicar a economia global e a alimentar as alterações climáticas, além de representar um grave prejuízo para a natureza e um aumento da poluição.
“O desperdício alimentar é uma tragédia global. Milhões de pessoas passam fome devido ao desperdício alimentar em todo o mundo”, afirmou a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, na apresentação do relatório.
Um problema que, lembram os investigadores, não é apenas dos países ricos.
“É um problema global”, defendeu o coautor do relatório e diretor da organização britânica de resíduos WRAP, Richard Swannel.
Os autores do relatório garantiram que as diferenças no desperdício alimentar ‘per capita’ dos agregados familiares entre países de rendimento elevado e países de rendimento mais baixo eram surpreendentemente pequenas.
“Os dados são realmente claros neste ponto: este é um problema mundial que todos nós poderíamos resolver amanhã, seja para poupar dinheiro ou para reduzir o impacto ambiental”, sublinhou ainda Swannel.
A análise das Nações Unidas, publicada numa altura em que as crises alimentares se aprofundam em várias regiões, como na Faixa de Gaza ou Sudão, visa acompanhar o progresso dos países para atingir o objetivo de reduzir para metade o desperdício alimentar até 2030.
De acordo com os investigadores, atualmente apenas quatro países do G20 (as 20 economias mais ricas e emergentes) – Austrália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia (UE) – têm possibilidade de cumprir o objetivo até daqui a seis anos.
No último relatório publicado, referente a 2021, o PNUMA concluía que se tinha desperdiçado 17% dos alimentos produzidos nesse ano em todo o mundo, ou seja, 1.030 milhões de toneladas de comida.
No entanto, os autores do estudo alertaram que as comparações não devem ser feitas diretamente entre valores dos dois anos, já que o número de países que reportaram dados quase duplicou.
INTERNACIONAL
TRIBUNAL EUROPEU CONDENA PORTUGAL A INDEMNIZAR O ECONOMISTA PEDRO ARROJA
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) condenou o Estado português a pagar 10.000 euros a Pedro Arroja por violação da liberdade de expressão, no processo em que o economista foi condenado por difamar o eurodeputado Paulo Rangel.
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) condenou o Estado português a pagar 10.000 euros a Pedro Arroja por violação da liberdade de expressão, no processo em que o economista foi condenado por difamar o eurodeputado Paulo Rangel.
A decisão do TEDH, hoje divulgada, ordena a reabertura do processo e reverte totalmente o acórdão do Tribunal da Relação do Porto (TRP) que, em março de 2019, agravou a pena aplicada pelo Tribunal de Matosinhos (primeira instância) a Arroja, condenando-o também a pagar 10.000 euros a Rangel, por difamação.
Em causa estiveram comentários que Pedro Arroja produziu em 25 de maio de 2015 no Porto Canal a propósito de um trabalho jurídico sobre a construção da futura ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto, que levaram o tribunal de primeira instância a condená-lo, em 12 de junho de 2018, por ofensas à sociedade de advogados a que Paulo Rangel estava ligado (multa de 4.000 euros e indemnização de 5.000 euros), mas a ilibá-lo da imputação de difamação agravada ao próprio eurodeputado.
Após recursos das partes, o TRP decidiu que o arguido também deveria ser condenado por difamação agravada a Paulo Rangel, com multa de 5.000 euros.
Em cúmulo jurídico, o TRP fixou a penalização ao economista numa multa global de 7.000 euros, mantendo a indemnização de 5.000 euros à sociedade de advogados, acrescentando-se outra de 10.000 euros a Paulo Rangel.
“O TEDH ordenou a reabertura do processo, aliás prevista no Código de Processo Civil português. Dessa forma, o eurodeputado Paulo Rangel e a sociedade de advogados de que ele era diretor vão ter de devolver tudo o que receberam ilegalmente. O Estado vai ter de devolver tudo o que recebeu de custas e multas e apagar no registo criminal as respetivas condenações”, explicou à Lusa o advogado de Pedro Arroja.
Jorge Alves deixa ainda uma crítica aos tribunais portugueses.
“É estranho que os tribunais nacionais continuem a violar a Convenção Europeia dos Direitos do Homem de forma grosseira, causando danos morais e materiais às sociedades e pessoas e nada aconteça aos juízes respetivos, Aliás, ainda são promovidos”, acusou o advogado.
No programa do Porto Canal de 25 de maio de 2015, Pedro Arroja acusou Paulo Rangel e a sociedade de advogados, onde trabalhava na ocasião, de contribuírem para a paralisação da obra do Joãozinho, financiada por mecenato.
O então comentador falou em “promiscuidade entre política e negócios”, sublinhando que Paulo Rangel era disso um “exemplo acabado” porque é político e estava à frente de uma sociedade de advogados.
“Como políticos andam certamente a angariar clientes para a sua sociedade de advogados – clientes sobretudo do Estado, Hospital São João, câmaras municipais, ministérios disto e ministérios daquilo. Quando produzem um documento jurídico, a questão que se põe é se esse documento é um documento profissional ou, pelo contrário, é um documento político para compensar a mão que lhe dá de comer”, questionou, nessa ocasião.
-
MAGAZINE3 semanas atrás
PORQUE SE COMEMORA O DIA DA MULHER ?
-
DESPORTO DIRETO3 semanas atrás
DIRETO: FC AROUCA X SPORTING CP (18:00)
-
DESPORTO DIRETO4 semanas atrás
DIRETO: FC PORTO X SL BENFICA (20:30)
-
DESPORTO3 semanas atrás
FC AROUCA X SPORTING CP: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS
-
REGIÕES2 semanas atrás
BRAGANÇA: TRIBUNAL DA RELAÇÃO MANDA “REPETIR” ACÓRDÃO DO CASO DE BUTOLISMO
-
DESPORTO2 semanas atrás
LIGA DOS CAMPEÕES: SÉRGIO CONCEIÇÃO QUER “SURPREENDER” O ARSENAL EM LONDRES
-
DESPORTO2 semanas atrás
FC PORTO DEFENDE VANTAGEM DE 1-0 SOBRE ARSENAL NA CORRIDA AOS “QUARTOS”
-
INTERNACIONAL2 semanas atrás
JOE BIDEN “ALERTA” PAPA FRANCISCO: “A PAZ DEPENDE DE MOSCOVO”