REGIÕES
CARETOS DE PODENCE ESPERAM TORNAR-SE HOJE PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE
Os Caretos de Podence aguardam para hoje a decisão da UNESCO sobre a candidatura dos tradicionais mascarados do Nordeste Transmontano a Património Imaterial da Humanidade.

Os Caretos de Podence aguardam para hoje a decisão da UNESCO sobre a candidatura dos tradicionais mascarados do Nordeste Transmontano a Património Imaterial da Humanidade.
O Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) começou a analisar, na quarta-feira, a lista de 42 nomeações de todo o mundo, entre as quais se encontra a candidatura do Carnaval de Podence das Festas de Inverno transmontanas.
De acordo com informação disponibilizada pela UNESCO, a candidatura portuguesa será a 30.ª de uma lista de 42, a ser analisada e votada, o que deverá acontecer durante a tarde de hoje, manhã em Bogotá, e quarto dia de trabalhos do Comité Internacional da UNESCO, já depois da aprovação das classificações da Morna, de Cabo Verde, e do Complexo Cultural do Bumba Meu Boi, no Brasil.
Hoje é, assim, o “dia D”, como se refere a esta data o presidente da Associação dos Caretos de Podence, António Carneiro, o responsável do processo de revitalização da tradição dos mascarados na aldeia de Podence, concelho de Macedo de Cavaleiros, e da candidatura a Património da Humanidade.
António Carneiro faz parte da comitiva que se encontra em Bogotá, na Colômbia, onde decorre, até sábado, a reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO, que irá anunciar a decisão sobre a candidatura de Podence.
As “Festas de Inverno Carnaval de Podence” constituem a única candidatura selecionada pelo Governo português para representar Portugal nesta que é a 14.ª reunião do comité.
A candidatura dos Caretos de Podence a Património Cultural Imaterial da Humanidade foi considerada “exemplar” pelo organismo das Nações Unidas que tutela as manifestações culturais consideradas como Património Imaterial da Humanidade.
Cabe, no entanto, ao comité independente, constituído por diversos países, a decisão de entrada na lista onde já constam o Fado, o Cante Alentejano, a Dieta Mediterrânica, a Falcoaria e os chamados “Bonecos de Estremoz”.
A candidatura portuguesa foi apresentada em março de 2018 e o promotor foi o Município de Macedo de Cavaleiros, em parceria com a Associação dos Caretos de Podence. O processo desta candidatura foi iniciado em 2014, com uma equipa técnica científica liderada por Patrícia Cordeiro.
Três anos depois, esta tradição foi reconhecida pelo Governo português com o estatuto de Património Cultural Imaterial de Portugal. No mesmo ano, em 2017, o plenário da Assembleia da República, por unanimidade, deu um voto de saudação ao Carnaval dos Caretos.
Os mais emblemáticos mascarados das tradições transmontanas têm representado Portugal em eventos internacionais com presença em dez países.
Já foram também distinguidos pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) com a emissão de uma moeda da “Etnografia Portuguesa” dedicada aos Caretos de Podence.
Os Caretos de Podence marcam a folia de Carnaval no Nordeste Transmontano com coloridos e farfalhudos fatos, máscaras de ferro ou lata, chocalhos à cintura e um pau para amparar as tropelias.
Em toda a região de Trás-os-Montes há Caretos, todavia os de Podence distinguem-se dos restantes pelo chocalho, daí o nome da festa ser “Entrudo Chocalheiro”.
É apontado como “o mais genuíno carnaval português”, sem samba, ao ritmo da tradição.
As ruidosas manifestações dos Caretos atraem, durante quatro dias, à aldeia de Podence com cerca de 180 habitantes, milhares de curiosos portugueses e estrangeiros.
Os Caretos de Podence são dos mais mediáticos da região e já inspiraram vários documentários sobre estas festas, o mais antigo dos quais de 1976, da autoria de Noémia Delgado, com o título “Máscaras”.
Apenas alguns dias antes do início da reunião do comité da UNESCO, na Colômbia, a banda portuguesa Quinta do Bill divulgou uma canção que criou para os Caretos de Podence e que serve de hino na caminhada para Património da Humanidade.
“Olhem os Caretos” é o título da canção com letra de Sebastião Antunes e oferecida aos tradicionais mascarados do concelho de Macedo de Cavaleiros e que mostra do que são capazes estes rapazes do “mistério de Podence”, por detrás das máscaras.

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BOTICAS: PROVIDÊNCIA CAUTELAR QUER TRAVAR MINA EM TERRENOS BALDIOS
A Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso, em Boticas, está a ultimar uma providência cautelar para travar a entrada da Savannah Resources em terrenos que alegam que são baldios e de particulares, foi hoje anunciado.

A Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso, em Boticas, está a ultimar uma providência cautelar para travar a entrada da Savannah Resources em terrenos que alegam que são baldios e de particulares, foi hoje anunciado.
“Estamos a tratar de uma providência cautelar para que os trabalhos estejam parados nessas áreas até que haja uma decisão do tribunal”, afirmou hoje Aida Fernandes, presidente da Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso, concelho de Boticas, que falava aos jornalistas no final de mais uma ação de protesto contra as minas na região do Barroso.
Uma caravana de cerca de uma centena de carros partiu hoje de Morgada e seguiu para a Borralha, aldeias de Montalegre, passando depois por Dornelas e terminando em Covas do Barroso, já em Boticas, para pedir a suspensão e rescisão de todos os contratos de exploração mineira.
Em Covas, há duas semanas que populares se organizam diariamente em turnos para vigiar as máquinas da empresa Savannah, a concessionária da mina de lítio do Barroso, que acusam de querer “entrar à força em terrenos baldios e de privados”.
Aida Fernandes disse que a providência cautelar dará entrada em breve em tribunal e explicou que visa terrenos que estão já em litígio em tribunal devido a uma queixa anterior “por usurpação” porque a “área que foi registada é superior à real área dos terrenos”.
“Terrenos que toda a comunidade conhece e esses terrenos foram expandidos para cima do baldio. Nós não compactuámos, não aceitamos e temos processos em tribunal que estão a decorrer”, salientou Fernandes.
E continuou: – “Nós estamos a defender o nosso terreno, o nosso território e eles estão a querer invadir terrenos que não lhe pertencem e nós achamos que é uma usurpação de terreno baldio. Estamos já há duas semanas a defender a nossa terra”.
A ação judicial já interposta em tribunal há alguns meses foi apresentada pela Comunidade de Baldios de Covas do Barroso contra a Savannah e particulares e visa a restituição de terrenos alegadamente “usurpados” pela empresa.
Recentemente foi também feito um apelo ao MP para que “investigue a usurpação de terrenos baldios e privados através do uso abusivo do BUPI (a nova plataforma digital que permite o mapeamento de terrenos) e de registos fraudulentos que favorecem a mineradora e o projeto em causa”.
A empresa afirmou à agência Lusa no dia 20 de novembro que “é totalmente falso que a Savannah esteja a usurpar terras para concretizar o projeto” e garantiu que todas as atividades que desenvolve “respeitam a lei e são divulgadas publicamente”.
A concessionária da mina de lítio do Barroso, que obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio, referiu que os “trabalhos de sondagem em curso estão localizados em propriedades para as quais a empresa obteve acesso legal para trabalhar”.
“Até à data, os proprietários venderam, ou concordaram vender, 90 propriedades à Savannah”, garantiu ainda.
A mina do Barroso faz parte da operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro, O processo visa as concessões de exploração de lítio de Boticas e de Montalegre, ambos em Vila Real; um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um ‘data center’ na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.
Este foi o primeiro projeto de lítio em Portugal que obteve uma DIA favorável, embora condicionada à concretização de medidas de compensação e mitigação.
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MAIA: AUTARQUIA APROVOU O MAIOR ORÇAMENTO DE SEMPRE COM 153 MILHÕES
A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, aprovou para 2024 o “maior orçamento de sempre” com o valor de 153,28 milhões de euros, sendo a maioria daquele valor para as funções sociais.

A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, aprovou para 2024 o “maior orçamento de sempre” com o valor de 153,28 milhões de euros, sendo a maioria daquele valor para as funções sociais.
O documento, aprovado em reunião extraordinária na quinta-feira ao final do dia e que contou com o voto contra do PS, conta com mais 20, 51 milhões de euros (15,4%) do que em 2023, uma subida que a autarquia explica com os “encargos com as transferências de competências e ao investimento em empreendimentos comparticipados pelo Portugal 2030” e com os fundos do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR).
Em declarações à Lusa, o líder do PS no executivo, Francisco Vieira de Carvalho, explicou o voto contra com o aumento de impostos que o documento acarreta.
“Havia uma enorme margem para baixar os impostos, o que não foi feito. Por exemplo, no IMI, a redução que é feita é absorvida pelo aumento do valor das casas o que vai resultar num aumento do valor cobrado”, apontou.
Em comunicado, a autarquia salienta, no domínio dos impostos e taxas, a “descida sustentada” do IMI para 0,355 %, quando a taxa máxima aplicável é de 0,45 %, deixando com esta redução a autarquia de receber 5,5 milhões de euros, mantendo-se o IMI Familiar”, uma dedução de 140 euros no valor a pagar daquele imposto para as famílias com três ou mais dependentes a cargo.
Quanto à Derrama, o texto salienta “uma nova diminuição” de 50% da taxa para sujeitos passivos com volume de negócios inferior a 150 mil euros, passando de 0,2% para 0,1%, em relação à taxa que vigorou no ano de 2023.
“No âmbito dos benefícios fiscais, permanecem também em vigor as medidas adotadas em anos anteriores no sentido de incentivar os privados a investir na reabilitação urbana, designadamente nos prédios urbanos situados nas doze áreas de reabilitação urbana (ARU) já aprovadas, estando em curso a aprovação de mais onze ARU´s que vão permitir estender o acesso aos benefícios fiscais a um número muito significativo de maiatos”, enumera o texto.
Para 2024, a Câmara da Maia prevê um nível de investimento na ordem dos 54,5 milhões de euros (36 %) “é bem expressivo”.
Segundo o autarca, “a Maia fez um percurso notável de consolidação das suas finanças”, nomeadamente no que diz respeito “à dívida de médio e longo prazo que se encontra num patamar sem dimensão expressiva tendo em conta o orçamento municipal e as receitas que lhe são inerentes”.
As funções sociais, Educação, Saúde, Ação Social e Habitação, são as áreas que absorvem a “maior fatia” do orçamento, num total de 77,8 milhões de euros (50,8%), destacando-se a Habitação Social, que irá receber 11,85 milhões de euros.
Para os Transportes e Comunicações destinam-se 19,65 milhões (13%), sendo que a Rede Viária absorve 12,98 milhões e à Mobilidade Sustentável o documento prevê alocar 2,23 milhões de euros para intervenções urbanas de “Modos Suaves”.
“Só é possível pois o quadro financeiro em que nos movemos é extremamente saudável, sendo que a dívida total situa-se em níveis particularmente baixos, originando baixos encargos, libertando, assim, meios financeiros para investimento”, refere no texto o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago.
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